PRISON I

179 - Conflitos de Pensamento

- Mallya on-

  - Boa alguma coisa dorminhoca... - Taehyung sussurrou no meu pescoço com a voz rouca, e eu me remexi na cama arrepiando enquanto abraçava o seu corpo. Estava tão quentinho debaixo das cobertas que eu estava morrendo de preguiça de abrir os olhos, mesmo já tendo acordado. Só começei a despertar quando senti que Taehyung estava tirando seu rosto de seu esconderijo no meu pescoço.
  - Hum... - Murmurei sonolenta com a falta do calor dele, enquanto abria um olho, apenas para admirar a beleza de Taehyung, que estava lindo com o cabelo todo bagunçado - Que horas são? - Perguntei manhosa, já puxando ele mais pra perto pra voltar a dormir, e Taehyung estendeu o braço até a cabeceira da cama e pegou meu celular que estava lá.
  - São cinco da tarde. - Disse e eu aninhei meu rosto em seu peito.
  - Vamos comer alguma coisa? Ou vamos continuar dormindo? - Perguntei e Taehyung passou seus braços ao redor de meu tronco, me puxando pra perto.
  - As duas opções me parecem tão tentadoras... - Respondeu ele e então me segurando, ele se sentou na cama e me puxou pro seu colo - Mas eu acho que seria bom tomar um banho antes, pra despertar melhor. - Disse ele com as mãos na minha cintura e eu abri um sorriso malicioso.
  - E você vai tomar junto comigo...? - O provoquei, e Taehyung abriu um sorriso malicioso levando suas mãos até o cós da minha calça do pijama.

- Alícia on-

  Ainda que minha cabeça estivesse explodindo de tanta dor, eu abri os olhos, ainda estava me sentindo sonolenta, e um pouco cansada, mas estava bem melhor do que me lembrava, agora nenhuma parte do meu corpo doía, só a minha cabeça. Que parecia que ia explodir.
  A primeira coisa que fiz depois de abrir os olhos, foi tentar assimilar onde eu estava, era o meu quarto. E a minha cama, e eu não estava sozinha. E assim que me mechi, ameaçando tentar me levantar fui segurada e impedida de sair da cama.
  - Pensei que duraria mais algumas horas. - Lamentou Mark sonolento atrás de mim, os lábios roçando na minha nuca e eu pude sentir seu coração batendo contra as minhas costas, que estavam coladas em seu peito praticamente.
  - Quanto tempo eu perdi? - Perguntei irritada e empurrei o braço de Mark pro lado, o fazendo me soltar, porém quando fui me levantar ele me segurou e se levantou sobre mim, matendo meus pulsos presos sobre a minha cabeça.
  - Eu já pedi desculpas Jagi. - Falou ele entristecido e então se abaixou, beijando meu rosto, - Você sabe que por ser teimosa demais me obrigou a fazer aquilo... - Minhas bochechas, e trilhando beijos pelo meu rosto, até chegar na minha boca. Eu queria, estava desejando aquele beijo. Eu conseguia sentir a eletricidade se espalhando pelo meu corpo inteiro por causa da ansiedade. O desejo de envolver a cintura dele entre as minhas pernas e começar a beija-lo devastadoramente. Mas no último instante, quando os seus lábios estavam relando nos meus eu virei o rosto pro lado.
  - Estou com dor de cabeça, não quero. - Falei e Mark me soltou, parando com tudo que fazia e acariciou meu rosto.
  - Deve ser por causa das doses excessivas de calmante que eu te dei. - Ponderou ele pensativo, eu não falei mais nada, apenas cruzei os braços e me deitei de lado. Escutei ele soltar um suspiro e então acrescentou - Vou buscar remédio e um pouco de comida pra você se alimentar. - E com um beijo dado na minha testa, ele desceu da cama, e em questão de segundos Mark havia saído do quarto também.
  Esperei até ele sair do corredor, escutando atentamente seus passos, até ele ir pra escada, e então comecei a correria. Caçei meu celular pelo quarto até encontra-lo na estante, depois troquei de roupa e peguei minha arma, um casaco e o capacete da moto do BamBam. Por último mandei mensagem pro Jung Kook pegar a moto e me esperar na frente de casa.
  Fui pra sacada, e procurei localizar Jung Kook na escuridão da noite, eram onze horas, eu havia dormido pra caramba. Quando encontrei o Kook, ele estava perto da garagem, o que significa que eu teria de pular a sacada, e admito que eu tinha um pouco de medo de altura, e mesmo assim pulei a grade de segurança e com cuidado desci pela sacada, até pular no chão do quintal, aliviada quando a altura acabou.
  Assim que atingi o chão comecei a correr, atravessei o gramado que estava no caminho da garagem e fui pra moto.
  - Seu namorado não vai me matar não né? - Perguntou Jung Kook quando eu estava colocando o capacete, e eu subi na moto negando com a cabeça.
  - Posso garantir que não, agora sobe. - Falei e Kook assentiu, subindo na parte de trás da moto. Sendo assim, dei partida, e acelerei tudo que podia.

  Com meia hora eu já havia comprado remédio pra dor de cabeça na farmácia, jantado com o Kook num bar que ficava no caminho, e já havia chegado ao meu destino, o cemitério. A exata região onde a alcatéia dos Fenrir passou pra fugir. E meu pensamento e objetivo principal agora, era recontruir o caminho que os lobos tomaram, até encontrar a toca deles, o lugar onde estavam se escondendo, pra poder vigia-los, encontrar o Gap Dong e mata-lo de uma vez por todas.