103 - Álcool nas Veias

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- Alícia on-

A música estrondava pelas caixas de som, percorrendo toda sala de estar, as luzes fortes nos meus olhos estavam me deixando ainda mais ansiosa do que eu já estava, inqueita desde que soube o nome do amigo do Tae. E a Mallya também. Antes ela parecia totalmente interessada em dar atenção ao Tae, e agora tanto eu quanto ela temos que ficar disfarçando e nos contendo para não pegar o Tailer e o arrastar até algum lugar mais reservado onde possamos interroga-lo.
Terminei de tomar o resto de bebida que havia no meu copo, e o álcool desceu queimando a minha garganta, e com a quantidade que eu tinha tomado, já podia sentir a energia nas minhas veias, me dando um misto de coragem e me atissando. Mark estava lindo em seus jeans despojados e sua camiseta cinza. Estava sexi, as luzes quando percorriam seu corpo pareciam pegar nos pontos certos pra me provocar, iluminando de diversas cores a boca dele, os músculos quando se flexionavam toda vez em que ele me colocava contra parede e roubava um beijo meu. Eu já havia o arranhado algumas vezes, e por mais que estivesse gostando da brincadeira pocessiva de Mark ficar me agarrando pra deixar claro que eu estava com ele, e apenas ele. Eu estava ansiosa para interrogar o Tailer.
- Eu vou... - Comecei a dizer e fiz uma pausa para respirar fundo quando senti os dentes afiados de Mark mordendo a minha orelha - Pegar mais bebida... - Comentei e cravei as unhas no ombro dele quando senti ele passar a língua sobre a pele que havia mordido. Meu corpo estava quente, eu estava com calor mesmo com o ar condicionado vindo direto na minha direção.
- Eu posso pegar pra você... - Sussurrou ele com a voz rouca contra o meu pescoço e eu mordi os lábios pra não gemer, eu precisava de mais bebida, e precisava de uma bem gelada.
- Eu não quero você passeando solto... tem muitas meninas aqui, e elas ficam te olhando... Te desejando... Quero você no meu campo de visão - Avisei e me aproximei para morder os lábios dele, mas ele segurou meu queixo e mordeu os meus.
- Se demorar muito, eu vou atrás de você. - Alertou Mark com um olhar pocessivo, e eu abri um sorriso malicioso. E então roubei um beijo dele, antes de sair de seus braços e agarrar o pulso da Mallya e logo em seguida o do Tailer.
- Vem com a gente? Pegar bebida? - Perguntei mirando com a cabeça o copo vazio na mão dele e ele assentiu, nos acompanhando. G Dragon pareceu querer vir junto, mas pelo olhar que a Mallya lançou a ele, ele entendeu que agora não era a hora.

Ao invés de pegar um copo como uma pessoa educada faria, eu e a Mallya logo pegamos cada uma uma garrafa de vinho, enquanto Tailer enchia seu copo com mais vodka. Meus pensamentos rodavam pela minha cabeça em um turbilhão, pensar que havia a possibilidade do Tailer saber algo sobre o que realmente aconteceu me deixava mais ansiosa ainda.
- E então, você e o Tae são amigos a bastante tempo? - Perguntei contendo linha ansiedade e Tailer me encarou por alguns instantes para identificar quem fez a pergunta.
- Há seis anos. - Respondeu voltando a atenção para o copo cheio, e então devolveu a garrafa na mesa. Eu sei que deveria me manter calma, mas era tanta coisa pra minha cabeça assimilar que eu estava perdendo a razão, as últimas semanas haviam me tirado do sério. A Mallya ficando cada vez mais triste e procurando a casa onde a mãe a deu a luz. O povo começando a se revoltar porque a polícia da cidade não consegue pegar o Gap Dong. Atacaram o carro da minha mãe seis vezes. Tacando flores amarradas em pedras durante a madrugada. E eu fiquei de mãos atadas praticamente, sem saber o que fazer, que nem o meu pai.
- E ele sempre te ajuda em noites de lua cheia? - Desta vez foi a Mallya que perguntou, eu estava perturbada demais para ter conseguido formular outra pergunta, e Tailer olhou para ela de soslaio, pelas atitudes dele eu já estava percebendo que ele estava tomando cuidado com o que falava, deve saber que somos investigadoras.
- Sempre. E eu sei o que vocês querem. - Respondeu Tailer, sendo direto, e então se voltou pra nós duas com os braços cruzados, os músculos delineados ficaram mais evidentes - Eu não vou falar nada! - Meu sangue ferveu quando ele terminou de falar, os olhos verdes dele pareciam soltar faíscas, eu não tinha bebido tanto, mas tinha álcool suficiente no meu sangue pra que eu pudesse sentir que estava perdendo meu controle, é sempre assim, ou no 8 ou no 80, e agora estou me sentindo nas alturas, queimando.
- Queremos fazer apenas algumas perguntas, responde pra gente e você sai tranquilo. - Declarei e Tailer revirou os olhos.
- Como se fosse tão fácil! - Ironizou e então se aproximou de mim, perto o bastante para que tanto eu quanto a Mallya ao meu lado ouvisse suas palavras com clareza - Como vocês tem coragem de ficar ao lado do Tae, sendo que estão tentando esfaquea-lo pelas costas? Vocês deviam estar procurando prender o Gap Dong e não acusar um inocente. - Disse ríspido, e eu senti meu corpo todo enrijecer.

PRISON IWhere stories live. Discover now