164 - Liberdade

433 66 10
                                    

- Alícia on-

  - Eu podia jurar que você era lobisomem, então na verdade o que você é? - Perguntei eufórica enquanto Jung Kook me arrastava pra fora da igreja, meu gato que estava tão calminho durante toda ação na ponte agora parecia ter acordado, e ficava miando para que eu tirasse ele de dentro da bolsa, logo ao meu lado Jimin, ainda sem camisa, arrastava a Mallya que estava chamando um táxi pelo celular.
  - Sou um ser mitológico, vivente no reino das Ninfas. E não posso falar mais nada além disso. - Disse Jung Kook ainda me arrastando e quando chegamos no asfalto eu escapei das mãos dele, abrindo a bolsa para poder tirar o gatinho de lá antes que ele começasse a arranhar as coisas.
  - o que quer dizer com isso? Que você é um... - Eu até ia dizer mas parecia tão ridículo pronunciar a palavra daquela maneira que eu comecei a rir, e o gatinho ainda não parava de miar, com um olhar vascilante de quem acabou de acordar, acho que o nome desse bichinho devia ser Suga, ele ama dormir, e parece que só sabe fazer isso... Kkkk
  Bem no fim foi a Mallya quem completou o que eu estava dizendo assim que desligou o celular.
  - Esperai... Você quer dizer que é um Ninfo? - Perguntou ela e eu e a Mallya começamos a cair na risada. Não por maldade, mas por que eu pensei que boa parte das ninfas era mulheres e eu não sei como intitular uma ninfa homem, então supostamente deve ser Ninfo... Kkkkkk
  Caímos na risada outra vez, apoiando uma na outra, e rindo tudo que podia até não aguentarmos mais e começar a sentir dores na barriga de tanto gargalhar. E acho que uma parcela dessas dores devia ser de fome, já estava na hora do almoço, isso significava comida e abertura ao processo de liberdade do Tae. Que meu pai vai ter que obedecer, afinal lei é lei. E temos como provar que o Tae é inocente.
  Quando paramos de rir, Jimin estava com os braços cruzados e um sorriso travesso no rosto, enquanto Jung Kook parecia entediado.
  - Até que enfim! - Exclamou Jung Kook ao ver o táxi começar a se aproximar e assim que o carro parou ele abriu a porta - Vão entrar ou preferem continuar rindo? - Indagou ele impaciente e eu mostrei a língua pra ele enquanto puxava a Mallya comigo pra dentro do carro, Jimin veio conosco atrás e Jung Kook foi na frente no banco do passageiro. Até estranhei que o taxista não reclamou que havia um homem sem camisa no carro, tudo que ele fez foi perguntar o destino, que a Mallya se prontificou em afirmar ser a delegacia. E assim seguimos rumo ao precesso de libertação do anjo caído. Afinal ele merece a liberdade.

  Com meia hora eu já havia comido duas barras de chocolate, arranjado duas discussões com meu pai, e quase batido no Jung Kook quando ele ameaçou contar pro meu pai por onde eu e a Mallya estávamos andando, por sorte fechamos a boca dele a tempo antes do Wonho escutar o que ele queria tanto dizer.
  Mark ainda estava sumido, não faço ideia de onde se meteu, e também não atende o celular. Mas eu não liguei muito pra ele, só umas cinco ou vinte vezes. Eu acho...
  - Consegui as imagens. - Me avisou Mallya saindo da sala de visitas e vindo até mim no corredor, eu estava na porta do escritório do Wonho, meu pai estava lá com algumas papeladas para o Tae assinar, caso provassemos que ele era inocente. E provamos. A Mallya fez questão de levar as imagens da câmera que estavam em seu tablet para entregar nas mãos dele. E ele viu, e o Wonho fez uma análise nas filmagens pelo seu computador e não encontrou nenhum sinal de que as filmagens foram violadas, ou seja, era tudo real, com hora e data pra eles verem que é impossível o Tae ter cometido o quarto assassinato sendo que estava em outro lugar, e além das provas implantadas, e dos depoimentos das testemunhas que tomaram mais duas horas do nosso tempo, finalmente conseguimos chegar a um acordo, favorável para o Tae.

  - Vamos fazer o seguinte pai. - Falei jogando a papelada em cima da mesa na direção dele quando estávamos todos reunidos na mesa da sala de visitas, e o Tae estava desalgemado de novo por que quebrou as pulseiras de prata quando a Mallya foi falar com ele. Nem imagino o por que dele ter quebrado as algemas... - Já passou as 24 quatros horas que a lei te dá pra prender um suspeito, te demos testemunhas e provas reais de que o indivíduo em questão é inocente. Então você solta ele e ninguém te processa por ter permitido que espancassem um inocente e ter mantido ele preso mais que o horário permitido por lei. - Falei com um sorriso vitorioso e meu pai bufou, ficando vermelho de raiva. A Mallya parecia se divertir enquanto segurava a mão do Tae e assistia meu pai perdendo o jogo.
  - Pois bem. - Disse meu pai e pegou a caneta na mesa e a papelada e colocou na frente do Tae pra ele assinar - Lembre-se, você está sendo investigado, então nem pense em sair da cidade. - Alertou mei pai, e ele e Wonho sairam da sala, enquanto Jung Kook soltava as algemas do Tae. Ele estava livre.

PRISON IOnde histórias criam vida. Descubra agora