111 - Suspeito da Polícia

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  - Bem, tudo indica que a próxima rosa será a branca, mas... Além de analisar quais são os possíveis locais e vítimas desta vez, vamos também analisar se realmente os fatos batem. - Esclareci a Taehyung e ele fez uma careta.
  - Ainda tentando pegar o Gap-Idiota-Dong? - Perguntou ele e desta vez a Mallya respondeu já que eu estava indo pegar o notebook no sofá.
  - Sim Tae. - Confirmou ela bocejando enquanto pegava algumas papeladas impressas pra analisar.
  Assim que voltei pra mesa, coloquei o notebook perto da Mallya e me sentei na sua direção, porém do outro lado da mesa.
  - Vai nos ajudar Tae? - Perguntei e ele negou com a cabeça após alguns instantes pensativo.
  - Eu vou preparar o café da manhã pra vocês duas isso sim, - Falou se levantando da cadeira ao lado de Mallya - Ainda nem são oito horas da manhã direito e vocês já estão trabalhando no caso sem nem mesmo comer nada.
  - É a ansiedade. - Comentei coçando os olhos e então peguei alguns papéis impressos na mesa, que continham os significados de várias flores, e informações sobre as vítimas do Gap Dong.
  - Eu não entendo, mas vou deixar vocês trabalharem. - Finalisou Tae e então deu um beijo no topo da cabeça da Mallya - Já que não me dou bem na cozinhas que não estou acostumado, vou sair e comprar algo legal de comer e algo pra beber também, e então eu volto. - Avisou e saiu, acenei pra ele e a Mallya também e depois ele saiu.
  - Aqui está as informações da Polícia, imprimi tudo quando acordei. - Informou Mallya e então me passou outras folhas, e eu deixei as que tinha pego antes de lado e começei a analisar as que ela me deu.
Nem dez passou e eu já estava levantando a cabeça pra olhar pra ela, reconhecendo no rosto de Mallya a mesma indignação e preocupação que eu sentia.
  - Isso não é nada bom. - Soltei e então coloquei os papéis na mesa - Isso não é nada bom mesmo.
  - Eu não acredito que eles já consideram o Tae um suspeito! Que ódio! - Bufou Mallya cruzando os braços ao redor do busto e eu coçei os olhos num impulso nervoso. Nos papéis haviam associações do Tae com as vítimas, infelizmente ele tinha algum tipo de relação com as três. E uma relação bem ruim. A primeira vítima era amiga dele, porém eles brigaram no fim do ano passado (ela foi assassinada 18 de janeiro), e nunca mais se falaram. A segunda vítima era garçonete do restaurante que ele frequentava com bastante frequência, e certo dia (duas semanas antes dela ser assassinada em 7 de fevereiro), ela derramou café quente em cima dele, foi um acidente, eles discutiram e o Tae nunca mais pois os pés lá. Já a terceira, bem... Ela era a namorada do melhor amigo dele, e o Tae era o mensageiro do casal já que as famílias de ambos se odiavam o Tae era o meio termo pra socorre-los. O pior é que ele discutiu com ela também um tempo depois do término do namoro. Outra informação, foi o Tae quem deu os objetos para as vítimas. Os exatos objetos que foram utilizados pelo Gap Dong para estragular as vítimas.
  - Droga! - Bufei e peguei uma das folhas na mão, só pra depois coloca-la novamente na mesa irritada.
  - São apenas provas circunstanciais, não significam nada relevante, mas mesmo assim a polícia está o considerando um suspeito... - Comentou Mallya e eu alinhei os papéis diante de mim na mesa, pensando. Até minha mente me trazer a imagem do tênis na mente.
  - Não é só isso, eles também encontraram uma pegada no porão que a gente encontrou na casa abandonada atrás da escola. - Mencionei e entreguei uma das folhas que estavam comigo pra ela. A folha que continha uma foto com uma pegada de tênis no sangue seco perto do jardim das rosas que mudavam de cor.
  - Temos que destruir a prova. - Mallya afirmou e então levantou os olhos do papel para me encarar - A gente sabe que o Tae é inocente, precisamos destruir todas as provas contra ele. - Disse e eu suspirei sentindo meu máxilar enrijecer.
  - E rápido. - Concordei e então me levantei da mesa começando a juntar os papéis para poder guarda-los, mas de repente um barulho estridente de vidro quebrando invadiu o silêncio. Meu corpo ficou tenso. Eu conhecia aquele barulho, uma janela, mais uma janela quebrando. Que nem a janela de ontem. Mallya olhou pra mim e ficou séria, trocamos olhares preocupados apenas escutando a respiração uma da outra, tensas e então saímos da mesa abandonando os papéis e indo ver o que havia acontecido na sala já que era de lá que vinha o barulho. Entramos no corredor, ele estava um pouco mal iluminado, mesmo as oito da manhã a casa nunca foi muito clara, engoli em seco o medo que quis se instalar em mim e fui andando até chegar na sala, quando encontramos a janela da frente quebrada e uma pedra com um bilhete e uma rosa vermelha amarrada eu tive certeza do que se tratava. Mais um pra coleção.
  Me aproximei da pedra, e a peguei na mãos para ler o bilhete engolindo em seco mais uma vez.

"Com seus tantos segredos ainda não revelados, você será a próxima..."

  E então eu derrubei a pedra assim que senti o espinho da rosa vermelha me machucar.

PRISON IWhere stories live. Discover now