156 - Melhor Opção

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  Depois de fazer toda minha higiene matinal e tomar um banho eu me encorajei a sair da parte superior da casa e descer para cozinha. Memso relutando, eu estava sentindo falta da minha mãe, e eu não sei se gatos são muito perceptivos quanto a sentimentos de seus donos, mas estou tendo sérios problemas com o meu hoje. Ele além de estar com os olhos azuis, azul escuro tipo o mar a noite, está andando pra todo lado, como se estivesse me perseguindo.
  - Bom dia. - Disse BamBam assim que eu entrei na cozinha e logo depois Tailer, GDragon, e Mark me deram bom dia.
  - Bom dia. - Disse também e quando ocupei a cadeira ao lado de Mark a Mallya chegou na cozinha, com um dragãozinho bem arisco empoleirado em seu ombro, e ele parecia sismado com o cabelo dela. O que será que deu nos bichos de estimação hoje? Carência? Desespero? Fúria? Enquanto eu me indagava pegando uma maça pra comer chuveu bom dia de novo. E então começamos a tomar café da manhã, todos aparentemente desanimados para ir a escola. Isso é confuso, se todo mundo odeia, por que somos obrigados a ir para aquele inferno??

  Quando cheguei na escola, a Mallya havia obtido sucesso em fazer o dragãozinho dormir para poder coloca-lo na bolsa e eu consegui por meu gatinho na mochila pra ele dormir, e por um milagre ele quietou, porque passou o caminho todo da escola impaciente dentro do carro. Até tentei deixa-lo em casa, mas ele grudou em mim de forma que não me deixou escolhas a não ser trazê-lo.
  Quando chegamos diante dos portões da escola, e eu vi os alunos entrando eu travei, me lembrando das fantasmas e de várias coisas que aconteceram ali, o que levou a Mallya ter que colocar a mão no meu ombro pra me fazer ver aquela escola de outra maneira, por que eu literalmente estava vendo os portões do inferno. BamBam sabia que não ia ser fácil voltar pra escola e encarar a realidade e os boatos maldosos, não depois de tudo que houve, e eu nunca fui covarde, sempre enfrentei meus problemas de frente, mas minha mãe era o meu ponto fraco, era a única que fez de tudo desde que eu fui diagnosticada com psicopatia, que lutou por mim quando meu pai queria me internar numa clínica psiquiátrica aos cinco anos de idade, ela que me criou com todo o amor do mundo e me ensinou que fazer mal pras pessoas era errado, que eu não deveria matar nem machucar as pessoas ao meu redor, e agora ela estava morta por alguém que tem os mesmo transtornos que eu. Alguém que pela minha incompetência eu deixei escapar pelas minhas mãos levando a vida da minha mãe.
  - Você está bem Alícia? - Perguntou meu irmão ao vir ver por que eu tinha parado de andar e eu me desapeguei do meu lado emocional, meus sentimentos eram inúteis pra mim, sempre foram, quem sabe se eu não me libertasse mais eu poderia ter impedido o que aconteceu.
  - Estou, pode ficar tranquilo, eu não vou fugir. - Avisei e passei por BamBam junto com a Mallya, e então fomos para os portões, com os meninos e o Jaebum que havia chegado a pouco tempo vindo logo atrás.

  Ao entrarmos na escola o pessoal começou, uns apontando discretamente, outros fazendo comentários, e boa parte falando que eu e BamBam éramos os filhos da última vítima do Gap Dong, e dizendo até que minha mãe morreu por incompetência do meu pai. Ignorei os comentário e coloquei meus fones de ouvido, eu precisava chegar ao corredor dos armários, eu precisava ficar sozinha com a Mallya para falarmos sobre o caso, eu precisava me destrair. Quando chegamos nas escadas BamBam e Jaebum foram para suas salas com GDragon e Tailer e Mark foi pra nossa sala e eu percebendo que a barra finalmente estava limpa do olhar acusatório dos alunos resolvi tirar os meus fones.
  Depois da dispersão do nosso grupo, eu e a Mallya fomos o mais rápido possível para o corredor dos armários. E eu percebi que ela estava sentindo falta do Tae desde que pisamos no corredor, ele sempre estava por perto, e não gostava muito do corredor dos armários, então era fácil se acostumar com a presença dele, e sentir falta na ausência. Precisamos tirar o Tae da cadeia logo.
  - Mark disse que conseguiu as coisas, hoje a noite já dá pra por o esquema em prática. - Falei me referindo a surpresa indesejada que meu pai receberia e vi a Mallya abrir um sorriso.
  - Estou ansiosa pras três da manhã. - Confirmou ela de que iríamos naquele horário pra realizar o plano, e então abri meu armário e começei a fuçar nas coisas que estavam lá e possívelmente pudessem ser úteis hoje.
  - E aí, vamos pra floresta agora ou esperamos pra ir depois da escola? - Perguntei e ela abriu um sorriso travesso.
  - As primeiras duas aulas são importantes... Mas a terceira é de educação física. - Comentou ela e eu abri um sorriso percebendo que já havia um tempo na agenda para disposição de matar aula.

Vai ter tiro a tarde toda!😄😄😄

PRISON IWhere stories live. Discover now