PRISON I

145 - Culpa do Dragão

  - Huoyan! - Mallya gritou chamando o dragão então nós duas saímos correndo atrás do bichinho, muito rápido por sinal, que estava correndo na direção dos meninos, escutamos sons de espanto vindo dos nossos pais atrás de nós e mesmo assim fomos atrás do dragãozinho ignorando as coisas ao redor, porém eu mal tive tempo de ir ajudar a Mallya e fui pega pelo braço e obrigada a parar, quando me voltei pra pessoa já pensando que tinha sido meu pai que me segurou com receio do pequeno dragão me surpreendi ao ver Mark, que estava me olhando preocupado, mas seu foco não parecia ser o dragão e sim o meu braço, cotovelo especificamente. Como o Mark surgiu tão rápido?
  - Alguém te machucou. - Ele ressaltou e foi quando percebi que meu cotovelo estava sangrando, não tinha apenas um simples cortinho ali, tinha um corte. Como um dragão, pequeno daquele jeito, e ainda por cima dentro de uma bolsa conseguiu fazer um corte daquele porte?? Me indaguei confusa e Mark começou a me puxar pra fora da sala, mas meu pai bloqueou o caminho.
  - De onde surgiu aquele... Aquele ser que parece um lagarto e que futuramente vai cuspir fogo??! - Indagou ele furioso e percebi que Mark ficou tenso e se retraiu ficando sério.
  - A Alícia está machucada, preciso levar ela pra algum lugar onde tenha um kit médico. - Alertou Mark impaciente e meu pai cruzou os braços.
  - Ninguém vai sair daqui. - Avisou Wonho e começou a nos fazer entrar de uma vez na sala, até que todos entrassem, e então meu pai fechou a porta.
  - Me explica o que está acontecendo Alícia. - Meu pai exigiu perdendo a paciência e eu coçei os olhos, começando a sentir uma ardência no cotovelo.
  - Eu... - Comecei a dizer e a Mallya apareceu ao meu lado irritada interrompendo o que eu ia dizer.
  - Ele se enfiou embaixo da estante e não quer sair de lá. - Comunicou e GDragon e Tailer que tinham se levantado nos encararam confusos.
  - Aquilo era um Dragão de verdade? - Perguntou Tailer e eu coçei os olhos num impulso nervoso, a ardência no meu cotovelo estava aumentando. Coloquei a mão pra ver se parava de doer, mas ao tira-la do corte ela estava cheia de sangue.
  - Mas que droga! - Bufei e então Mark se aproximou de mim.
  - Isso vai inflamar, temos que cuidar disso primeiro antes de qualquer coisa. - Avisou Mark e a Mallya me pegou pelo braço, ficando preocupada.
  - Essa não. Por que você não me avisou que ele tinha te machucado? - Perguntou Mallya, mas eu não estava mais conseguindo responder, estava ficando nervosa, tinha muita coisa acontecendo ao mesmo tempo, meu coração estava disparando, acelerando muito.
  - Calma, calma, um de cada vez. - Pedi e então me afastei deles, colocando a mão novamente no corte pra tentar estancar o sangue. Foi quando meu pai percebeu a gravidade do meu ferimento, mas eu já estava sem paciência nenhuma pra lidar com a atitude dele, então me afastei praticamente fugindo de seu cuidado.
  Fui até a estante onde haviam várias pastas e fichas criminais e então me abaixei, a Mallya veio até mim e se abaixou ao meu lado. Estava escuro embaixo do armário e ela teve que pegar a lanterna do celular pra gente encontrar o dragão.
  - Olha ele ali. - Falei ao avistar o pequeno dragão branco grasnando pra mim. - Que gracinha. - Comentei abrindo um leve sorriso e a Mallya pois a mão embaixo do armário até alcançar ele, e então o tirou de lá.
  Meu corte ainda estava latejando, e ardendo quando eu me voltei para os demais presentes na sala, a Mallya estava sentada ao meu lado mantendo o dragão no colo, e eu estava encostando as costas na estante enquanto abria um pequeno sorriso irônico.
  - E aí, quem vai ser o primeiro a começar a dar sermões? - Caçoei, mais para me distrair da dor do que por realmente me importar, eu provávelmente ia ignorar boa parte das reclamações, mas ao invés de começarem a gritar de raiva, todos ficaram quietos, e Mark veio até mim, se sentando ao meu lado no chão.
  - Vem cá, me deixa ver isso. - Pediu ele, se referindo ao corte e eu me aproximei dele, mostrando meu cotovelo esquerdo. Pensei que Mark faria qualquer coisa, mas o que ele fez me surpreendeu. Ele tirou a jaqueta de couro, rasgou um pedaço da manga da camisa que estava vestindo e usou o tecido pra enfaixar meu machucado, sendo muito cuidadoso para não me fazer sentir dor enquanto fazia o curativo.
  - Eu não esperava por essa. - Admiti e Mark levantou os olhos do que fazia para me fitar por um breve instante.
  - Toma mais cuidado Jagi. - Pediu ele e então me soltou, a ardência tinha diminuído.
  E então ele começou a rasgar mais um pedaço de tecido da manga da camisa para fazer um curativo em si. Mas eu resolvi ajudar, então fiz o curativo dele, no cotovelo esquerdo. Ainda me parecia estranho que ele tivesse as mesmas coisas que aconteciam comigo. Tinha um corte em seu cotovelo esquerdo, igual o meu corte. Eu fiz seu curativo, e quando acabei, eu, a Mallya e o Mark nos voltamos para os demais, e destacando meu pai, ele era o que mais estava bravo pelo visto.
  - Alguém pode por favor me explicar o que está acontecendo aqui?? - Exigiu ele e eu e a Mallya engolimos em seco.
  - Então...