62 - Criatura Marinha

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  - Você fala? - Perguntei em expectativa olhando dentro dos olhos brilhantes da criatura e ela sorriu docemente colocando sua mão em meu rosto.
  - Você é igual a sua mãe. - Disse ela e fiquei séria de repente, ela conheceu a minha mãe? O que ela sabe sobre minha mãe? Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa que fosse alguém gritou.
  - Mallya! - Era Tae, batendo suas asas negras com fúria, tomado de preocupação enquanto vinha na minha direção. A sereia se assustou ao vê-lo. Pareceu ficar contra ele e então me soltou. Comigo ela ainda estava gentil, e em seus últimos momentos ao meu lado ela se curvou na água, como se estivesse se curvando, mas eu não entendi pra quem sendo que só havia eu e ela na água, e então ela mergulhou, me deixando assistir enquanto sua cauda batia na água indo pra baixo, e logo depois os braços de Tae me alcançaram e ele me tirou da água, me tateando o rosto e os braços, me analisando inteira enquanto tomava altitude.
  - Você está bem? Você se machucou Mallya?? - Indagava ele preocupado, o vento gelado rebatia contra o meu corpo, mas eu ainda não conseguia responder, eu queria ver a sereia, mas ela não estava mais a vista. Havia ido embora pro fundo do mar, ou sei lá onde ela possa ter ido.
  - Eu estou bem Tae, - Falei para acalma-lo e o abraçei apertado, sentindo seu corpo tenso relaxar contra o meu.
  - Eu pensei que tinha te perdido, eu não conseguia mais te encontrar. - Desabafou ele me abraçando apertado. Eu me limitei em continuar parada. De onde será que a sereia conhecia minha mãe?

  Voltamos pra casa num vôo tranquilo depois daquilo que aconteceu, entramos na minha casa pela sacada do meu quarto. Eu fui tomar um banho quente pra não pegar um resfriado, e Tae foi logo depois, eu peguei algumas roupas emprestadas do Jaebum pro Tae vestir. E então fomos pra minha cama. Nos deitamos calmamente e eu me cobri, mesmo com Tae do meu lado, eu não conseguia parar de pensar naquela sereia, o que será que ela sabia sobre a minha mãe? E por que logo agora ela surgiu pra me falar isso, eu sei que eu estava em cima do mar e tals, mas ela estava seguindo eu e o Tae, ou melhor dizendo me seguindo, o que ela queria exatamente? Será que ela realmemte sabia alguma coisa ou estaca só dizendo isso por que pretendia me fazer ser o jantar? Se bem que em nenhum momento ela foi agressiva, e ela até me ajudou a voltar çra superfície. O que será que ela realmente queria?
  - Por que está tão tensa? - Sussurrou Tae no meu ouvido e eu abri um meio sorriso.
  - Não é nada demais. - Respondi e me encolhi debaixo das cobertas. Tae estava abraçado comigo, e pelo visto dormiriamos de conchinha.
  - Quer que eu tire essa tensão? - Perguntou ele e eu me virei na cama, o encarando com um olhar provocativo. Mesmo com a pouca iluminação no quarto pelo fato das luzes estarem apagadas ainda dava pra enxergar o rosto dele perfeitamente.
  - E como você pretende fazer isso? - Indaguei num tom provocador e Tae me puxou pros seus braços, escondeu sua cabeça no meu ombro e logo depois comecei a sentir beijos molhados sendo distribuídos pelo meu pescoço, até mesmo mordidas.
  - Assim está mais relaxada? - Perguntou Tae e passou sua língua na minha pele, meu corpo todo estremeceu.
  - Desse jeito eu não vou conseguir dormir. - Respondi e Tae parou o que estava fazendo e me deu um selinho.
  - Então vou apenas te acariciar. - Disse ele e continuou me segurando, só que agora afagando meus cabelos e em pouco tempo eu acabei caindo no sono.

- Alícia on-

  - Ai meu santo Kook é o capiroto que veio puxar meu pé! - Disparei assustada e me encolhi colidindo com o peito de Mark, quase beijei ele sem querer e ainda por cima quase o chutei da cama por impulso, ele me encarou surpreso e então me segurou, eu estava tremendo de medo. E eu teria ficado vermelha por ter me aproximado tanto de Mark como tinha acontecido agora, mas o meu medo não me deixou pensar em outras coisas.
  - Calma, o que foi? - Indagou ele preocupado e eu depois de engolir em seco, pensando em me afastar dele mas sem o fazer, apontei para os pés da cama.
  - Tem alguma coisa ali. Eu pensei que era o meu travesseiro mas a coisa me arranhou. - Sussurrei com medo e Mark se sentou na cama, eu suspirei de alívio por ele ter se afastado e logo depois eu me sentei também, Mark puxou o cobertor e escutamos um miado. Na mesma hora eu me senti uma idiota por ter ficado tão assustada.
  Mark levou as mãos até o pé da cama e pegou a criaturinha pequena e preta no colo.
  - O capiroto é bem fofo não acha? - Indagou Mark caçoando e eu bufei coçando os olhos num impulso nervoso.
  - É que eu esqueci que tinha um gato! - Respondi rindo involuntariamente e Mark abriu um sorriso de lado.

PRISON IWhere stories live. Discover now