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KATRINA

-Pode olhar... –Ele falou num tom zombeteiro. -Levanta. -Bufei e obedeci.

Fiquei de pé a sua frente, ele me encarou por alguns segundos, depois se aproximou de mim, acabando com qualquer espaço que existia entre nós. Ele me encarava e eu o encarava de volta, o quarto era silencioso e eu juro que podia escutar os seus batimentos.

Uma de suas mãos tocaram o meu pescoço e eu senti um arrepio, como se uma corrente elétrica atravessasse o meu corpo, sua mão acariciou brevemente minhas costas, fechei meus olhos ao pensar que ele iria me beijar, mas não foi assim que aconteceu, ele apenas subiu sua mão e puxou o elástico que prendia meu cabelo, fazendo com que eles caíssem como uma cascata pelos meus ombros.

Abri meus olhos e o encarei, ele tocou o meu rosto e depois suas mãos desceram até meus ombros, levantei as mãos e ele tirou o meu cropped, jogando pelo quarto, suas mãos seguraram os meus ombros que agora estavam nus, sua mão quente poderia me fazer em combustão, eu nunca havia me sentido assim, nunca ninguém mexeu comigo dessa forma, não apenas com um único toque.

Ele desceu um das alças do meu sutiã e beijou meu ombro, eu fechei os olhos e suspirei, repetiu o processo com o outro ombro e finalmente seus dedos encontraram o fecho, ele abriu e em segundos o sutiã estava em meus pés, quando abri meus olhos novamente, vi que ele me encarava fixamente, depois seu olhar desceu até o meu corpo.

Envolvi minhas mãos ao redor de seu pescoço, mas ele hesitou ao ver minha intenção, se afastando poucos centímetros de mim, o olhei confusa.

-Não. –Ele falou. –Não me beije. –Ele falou e eu não pude esconder minha cara de paisagem com seu pedido no mínimo estranho. –Isso aqui é só sexo, eu não quero afeto, não quero carinho... Não aja como se eu fosse algo pra você. Somos completos estranhos e fazemos isso pelo nosso próprio prazer... Isso tudo é casual, não há nada além do prazer que eu quero ter. –Passei a mão pelo rosto, não por impaciência ou algo assim, mas por frustração, no fundo ele tinha razão... Mas eu queria poder sentir o seu gosto, tocar seu corpo...

-Tudo bem... –Murmurei contrariada.

Ele voltou a se aproximar, dessa fez um abaixei a cabeça e esperei pela sua reação.

Suas mãos desceram pela lateral do meu corpo, ele encontrou o zíper da minha saia e desceu, logo minha saia estavam aos meus pés, ele me ergueu como se eu fosse uma boneca de pano e me atirou brutalmente na cama, soltei o ar com o impacto e fechei meus olhos.

Eu não gostava das coisas desse jeito, eu não gostava de ser tratada com brutalidade... Eu gostava de ser tocava com carinho, com paixão... E era tudo o que ele não fazia.

Ele deitou sobre mim, eu ainda estava com a calcinha e ele apenas de calça, mas não foi um problema para o senhor mandão, pois logo escutei um estralo e percebi que já estava completamente nua.

Seu corpo era quente, o meu devia estar mais ainda, ele me tocava como igual, quer dizer, não tinha nenhuma caricia cautelosa ou coisa assim.

Ele apertava meu corpo sem se preocupar se ia deixar marcas ou não, fiquei incomodada a tal ponto que decidi não demonstrar nada, quer dizer, permanecer imóvel, isso o deixaria irritado e tudo acabaria mais rápido, pelo menos era o que queria acreditar.

Ele se ajoelhou na cama, e eu virei o rosto, encarando tudo, absolutamente tudo mesmo, menos ele. Sentia a cama ser movimentada, eu ainda não tinha olhando novamente para ele, mas quando senti seu corpo cair sobre o meu, já sabia o que viria em poucos segundos, e assim como eu imaginava, aconteceu.

Em um movimento brusco e certeiro, senti ele me invadir por completo, gemi involuntariamente, não por prazer, e sim por dor, pois não estava “pronta” para recebê-lo. Ele ficou alguns segundos parados, talvez esperando que eu me acostumasse, mas logo ele começou a se movimentar.

-Olha pra mim! –Ele ordenou e assim eu fiz, virei e encarei aquele olhar azulado que tanto me irritava no momento.

O encarei com todo o cinismo que existia em mim, eu mordi meu lábio e tentei ao máximo não mostrar reação, não demonstrar o que eu estava sentindo.

Ao entender o que eu estava fazendo, ele também me desafiou, começou a estocar em mim com mais pressa.

–Se mexe! –Ele rosnou mais eu não obedeci. Apenas sorri de canto e tentava pensar na coisa mais broxante que eu poderia pensar, tentando ao máximo demonstrar o que ele me causava, que no fundo eu estava gostando.

Talvez eu fosse masoquista ou coisa assim por gostar de um contato assim, mas sem ter a intenção, eu gostava.

EVAUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum