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KATRINA

Henrique retribuiu o empurrão a altura...

Pronto! A briga estava armada.

De ofensa a empurrão, minutos depois os dois estavam atracados no chão, rolavam aquele gramado verde e tentavam ganhar o controle sob o outro.

Os dois irmãos distribuíam socos e mais socos no rosto do outro, Henrique apanhou muito mais.

Os amigos riam da situação e davam pilha pra briga, incentivavam de maneira errada.

Pietro ria da situação, e eu o olhava enojada.

-MATHEUS, PARA! –Gritei enquanto tentava puxá-lo pela camisa, mas de nada adiantou. –PARA COM ISSO!

-SEGURA ELA AÍ! –Um dos garotos gritou ao ver que eu estava tentando apartar a briga.

Pietro se aproximou de mim e agarrou-me por trás, tirando-me do chão, comecei a espernear, distribui cotoveladas em seu corpo mais de nada adiantou.

-Daquela vez você correu... –Ele sussurrou em meu ouvido. –Agora não tem pra onde fugir. –Aquela velha e conhecida sensação de desespero tomou conta de mim.

-ME SOLTA, PIETRO! –Gritei ao sentir sua mão tocar minha coxa. –PARA! –Berrei.

Matheus pareceu despertar daquela briga, se afastou do Henrique, que estava ofegante e debilitado demais para continuar, trocaram algumas ofensas, não estava interessada para saber quais foram.

-Solta ela! –Matheus falou de forma dura enquanto se aproximava, Pietro disfarçou, mas resistiu por alguns instantes, mas acabou soltando-me, afastei-me apressadamente dele, contornando o carro e indo para o outro lado.

-Ela é minha irmã. –Ele falou tentando justificar-se.

-Ela é maior de idade e pelo visto quer distancia de você. –Ele se aproximou de Pietro, ficando há poucos centímetros de distancia, e o encarou de uma forma pra lá de ameaçadora. –Então é melhor ficar longe. –Ele falou calmamente. Pietro virou o rosto, me encarando, sorriu e deu os ombros.

-Relaxa, Matheus... –Ele ergueu as mãos em defesa. –Não vou atrapalhar mais ainda a noite de vocês. –Ele acenou pra mim. –Até outro dia, Katri... –Engoli o choro e limpei as lagrimas que desciam, escutei seu riso.

-Entra no carro, Katrina. –Matheus falou enquanto apertava o alarme, destravando as portas.

Ele nem precisou falar duas vezes, praticamente joguei meu corpo no banco do passageiro e esperei enquanto ele fazia o mesmo.

Através da janela vi que os amigos do Henrique o amparavam, e quando conseguiram, voltaram rapidamente para a festa no fundo da casa, Pietro os acompanhou.

Então só depois Matheus entrou no carro, ele não trocou nem sequer um olhar comigo, apenas esmurrou com força o volante, seu peito arfava, parecia estar irritado, então não me atrevi falar nada.

Ficamos em silêncio por uns cinco minutos, sua cabeça estava baixa.

–Você... Você está bem? –Ele perguntou, erguendo enfim sua cabeça.

-Acho que sim... –Falei em um tom baixo, ele não disse nada, apenas assentiu. –Já você não pode dizer o mesmo... –Falei enquanto tocava o canto de sua boca, ele recuou no principio, fazendo com que eu abaixasse a mão.

-Não é a primeira vez que isso acontece... –Ele falou. –Além disso, ele ficou bem pior. –Ele lançou-me um sorrisinho, sorri brevemente e voltei a tocar seu rosto.

-Está tudo bem? –Perguntei e ele assentiu, alisei o pequeno corte em seu maxilar, ele não recuou dessa vez, apenas ficou me encarando.

Suspirei e tomei então coragem, inclinei meu corpo e juntei nossos lábios, o beijando com veracidade, de maneira intensa, ele não me conteve, retribuiu de imediato meu gesto, segurando meu corpo e puxando-me para ele.

Suas mãos agarraram meu corpo de forma possessiva, fazendo-me suspirar, ele sorriu ao ver minha entrega.

EVAWhere stories live. Discover now