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KATRINA

Senti um forte arrepio tomar conta do meu corpo, fechei meus olhos com força quando uma onda forte de calafrios atravessou meu corpo.

-Matheus... –Murmurei estarrecida ao chegar em meu ápice.

Matheus então se ergueu, ficando de frente a mim, seu sorriso sádico o deixava ainda mais irresistível, seu corpo se deitou sobre o meu, e seus lábios tomaram o meu com urgência, fazendo com que eu sentisse todos os gostos possíveis.

Era bobagem negar... Matheus havia acabado de roubar meu ultimo fio de sanidade.

Minhas pernas ainda tremiam, minhas mãos seguravam seu pescoço em uma infantil atitude de não deixá-lo sair, Matheus então, ergueu meu corpo, fazendo com que sua pele quente se chocasse com a minha, que naquele momento estava gelada e suada... Comparado a quando levamos um grande susto, sabe? Ficamos tremendo, e nossa pele fica tão gelada que é quase mórbido... Mas Matheus com certeza acharia uma maneira de me deixar pra lá de febril, isso era uma certeza.

Entre beijos, apertões e chupões, ele enfim me levou ao segundo andar, não dava tempo de olhar em volta, pois ele estava sedento por uma coisa... Uma coisa que de qualquer forma teria que suprir todas as suas necessidades.

Tinha uma grande king size branca no centro do quarto, a luz era baixa, e eu estava literalmente no céu. Matheus deitou meu corpo no centro da cama, tinha pouca iluminação ali, mas eu sentia seu olhar vigiar-me com cautela, com desejo.

Ele terminou de tirar suas roupas, senti o colchão sofrer uma leve pressão, e logo senti o corpo do Matheus deitar sobre o meu, com certa cautela para não colocar seu peso todo sobre mim. Ele então, tirou um pouco de cabelo que cobria minha orelha.

-Gosto do seu cheiro... –Ele murmurou com uma voz rouca. –Gosto do seu sabor. –Ele falou.

Posso dizer, que naquele momento, minha alma já não estava mais em meu corpo.

Matheus voltou a me encarar, e naquele olhar eu podia ver tudo... No seu olhar havia desejo, havia luxuria, e muito, muito tesão... E posso dizer, que eram sensações recíprocas.

Separei minhas pernas, para enfim recebê-lo, Matheus sorriu de maneira sacana ao ver minha urgência, ele então segurou minha cintura de uma maneira possessiva, abraçando meu corpo de uma maneira inexplicável, e foi segundos tortuosos para enfim, senti-lo verdadeiramente e por completo dentro de mim, agora sim, posso dizer, que estava no verdadeiro céu, em um céu completamente único. Seu membro invadiu meu corpo lentamente, sem pressa alguma, ele distribuía beijos castos em meus lábios enquanto observava atentamente minha expressão. Depois de um tempo, ele aumentou o ritmo é claro, mas não deixava de ser bom para mim, ver o quanto eu lhe dava prazer era ótimo, eu o desejava, e ele também me desejava. Ficamos assim por algum tempo, até que ele finamente chegou em seu ápice, com um gemido viril em meu ouvido, que consequentemente me levou para o meu segundo ápice daquela noite.

Matheus voltou a me beijar, e dessa vez, eu podia sentir algo em seu beijo, algo além de simplesmente apreço. Foram meses de desejos reprimidos descontados naquela noite, tantos momentos, que eu nem posso dizer com clareza quando peguei no sono, mas posso afirmar, que adormeci em seus braços.

Levantei no meio da noite, uma sensação estranha tomou conta do meu peito, e percebi o que fez com que aquilo nascesse, olhei para um relógio eletrônico que ficava na cabeceira, o relógio marcava 03:05hrs, levantei abruptamente pensando no quanto estaria encrencada, Kenedy me mataria.

Olhei para o lado, e vi que Matheus dormia de maneira serena, o lençol não cobria seu abdômen, deixando uma visão privilegiada para mim. Sua expressão era tão calma, nem parecia ser aquele loiro arrogante que despejava seu veneno toda vez que me encontrava...

Um sorriso escapou entre meus lábios, toquei meu rosto e sorri outra vez ao pensar naquela noite.

Aquilo foi como se fosse minha primeira vez, foi uma coisa recíproca, onde nos dois aproveitamos.

Mas como todo conto que se preze, não havia só passarinhos e fada madrinhas, havia uma carrasco... Vulgo, Kenedy. Balancei a cabeça e tentei afastar aquele pensamento, eu ficaria ali.

Ali com Matheus... Já estava encrencada, então eu aproveitaria minhas horas de “felizes para sempre”, voltei a deitar, mas dessa vez, aproximei meu corpo do Matheus, e fiquei assistindo sua calmaria até pegar novamente no sono.

EVAWhere stories live. Discover now