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KATRINA

Obviamente não poderíamos fazer nada ali, então com enorme dificuldade e pesar, conseguimos nos separar, trocamos olhares cúmplices, e ele sorriu de maneira sacana.

Matheus dirigiu feito um louco, ganharia centenas de multas pelos incontáveis sinais que ele ultrapassou, mas nada importava naquele momento.

-Minha casa... –Ele falou ao entrarmos em uma rua comercial, idêntica a rua da casa de sua irmã.

Não disse nada, mas sorri, sorri por ter ganhado a confiança dele a esse ponto, Matheus era muito inacessível, não se permitia que ninguém entrasse em seu mundo, mas eu estava quase... Infelizmente não poderia chegar ainda mais longe...

Aquela seria nossa despedida, nossa última vez.

Pietro querendo ou não, participava de seu ciclo social, assim como Henrique que era seu irmão, cada vez que nos encontrássemos teria piadinhas, provocações e consequentemente pancadaria.

Eu não queria isso, não queria que o irritassem por minha causa, eu faria o que julgava ser o mais correto.

Me afastar terminantemente! Pediria para Kenedy me ajudar com isso, faria “algo” pra reconquistar sua confiança, e obviamente ele me ajudaria.

Mas eu iria deixar isso pra depois, ou melhor... Para amanhã.

Minha atenção tinha dono no momento, assim como meu corpo... E chamava-se Matheus.

Matheus adentrou com o carro em sua casa com pressa, quando desligou seu carro, lançou-me um olhar que fez com que meu corpo todo estremecesse, sai do carro rapidamente, mas o loiro foi mais rápido, abraçou-me por trás, enfiando seu rosto em meu pescoço onde distribuiu beijos e mais beijos, fechei meus olhos ao sentir tal caricia, mas Matheus era imprevisível, quando eu pensava que ele iria fazer isso, ele fazia aquilo.

Arrastou-me até o capô ainda quente do carro onde deitou-me de bruços, sorri em resposta.

Suas mãos alcançaram o fecho lateral do vestido, e rapidamente ele o agarrou, o descendo devagar até conseguir fazer com que o vestido ficasse largo em meu gosto, ele então ergueu meu corpo e retirou meu vestido, dessa vez com pressa, assim que fez, deitou meu corpo novamente no capô.

Matheus voltou a deitar-se sobre o meu corpo, prensando-me no carro, só então com começou a beijar minhas costas nuas, causando-me arrepios inconstantes.

Ele beijava-me com cautela, meu corpo tremia com tal aproximação.

Quando afastou-se do meu corpo, não conseguia vê-lo com clareza, mas sabia que observava-me atentamente, e eu gostava disso, gostava de saber que ele gostava do que via, gostava de saber que eu era do seu agrado.

Ele alisou minha cintura, fazendo um caminho totalmente tortuoso, e quando enfim chegou a minha coxa, sorri ao saber o que estava prestes a acontecer, porque meu corpo implorava por isso.

Foi então que ele virou-me bruscamente, as luzes ali não eram tão claras como uma normal, mas eu conseguia ver seu rosto perfeitamente. Ele me beijou de uma forma indescritível, com urgência... Sua mão alisava calorosamente meu corpo.

Quando sua boca se distanciou de da minha, ergui a cabeça procurando por mais, ele se curvou dando-me um beijo casto nos lábios. Quando tomou certa distancia de mim, ergueu os braços e tirou rapidamente a própria camisa, eu sorri admirando seu corpo, que em questão de minutos estaria se perdendo no meu.

Para minha infelicidade, ele também tinha pressa e isso impedia muita coisa de acontecer... Eu podia sentir de longe o quanto ele tinha pressa, o quanto ele queria suprir sua necessidade.

Então foi questão de minutos para ele agir como o bruto que sempre foi, ele deitou seu corpo sobre o meu e escorregou as mãos pela lateral do meu corpo, fazendo com que minha calcinha fosse com ele, e em nenhum momento ele cortava o contato visual comigo, fazendo com que eu ficasse ligada a ele.

Sentir o calor de seu corpo se misturando com o meu me deixava completamente febril, contive minhas mãos ao lado de meu corpo, esperando por suas ações.

-Você se perde fácil... –Ele sussurrou em meu ouvido.

Virei o rosto para provocá-lo, mas o que não foi uma boa idéia, soltei o ar abruptamente ao sentir sua investida certeira fazendo com que meu corpo escorregasse, ele então segurou minha cintura firmemente, fazendo-me ficar parada, ali, no limite que ele mesmo havia estipulado.

Ele realmente não estava para brincadeiras naquele momento, segurou meu rosto e o virou, fazendo com que eu o encarasse fixamente.

–Olha pra mim! –Ele ordenou. Assim fiz.

EVAWhere stories live. Discover now