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KATRINA

-Você é deliciosa... -Ele murmurou. -Em todos os sentidos. -Ele falou com aquela voz rouca que tanto me causava combustão, mas no momento só me irritava.

Contrariada, desiludida e surpresa por tamanho descaso, saltei da pia no qual estava sentada e curvei-me para recolher minhas roupas, mas ele segurou-me pelo braço e puxou-me ao seu encontro.

-O quê? -Ele perguntou de maneira cínica. -Esse foi seu castigo, Katrina... E se considere com sorte. -Ele piscou e eu revirei os olhos.

-Vai se ferrar, Matheus! -Falei irritada e tentei me desvencilhar, mas ele segurou-me ainda mais forte. -Me solta! -Rosnei, ele entrou aproximou sua boca da minha orelha.

-Agora é a minha vez de ficar satisfeito... -Ele murmurou e voltou a me encarar.

Ele atravessou o banheiro comigo e me pressionou contra um vidro que ficava no fundo no banheiro.

Rapidamente desapontou sua calça e voltou a me beijar, corresponder ou não, agora já não era opção.

Conseguia sentir a pressão de seu membro em minha cintura, foi então que ousei fazer algo para provavelmente irritá-lo.

Segurei em sua camisa e a puxei brutalmente, fazendo os botões voarem pelo chão, ele olhou-me como se eu tivesse aprontado algo muito ruim, mas fui surpreendida por um sorriso cúmplice.

-Resolveremos isso depois... -Ele sussurrou.

Fiz com que ele se livrasse de sua camisa, ou de pelo menos o que havia sobrado dela, admirei seu abdômen por alguns segundos, e até distribui alguns beijos pelo mesmo, Matheus me olhava com curiosidade.

-Acho que já chega de enrolação! -Ele falou com seu velho tom de voz e sua expressão mal humorada, como se houvesse voltado ao seu estado normal.

Foi então que senti ele entrar em mim, sem aviso prévio ou coisa assim, arqueei minhas costas e gemi com a dor passageira. Ele ficou alguns segundos parado, mas logo começou a se mover, pouco a pouco foi aumentando o ritmo, segurou-me possivelmente pela cintura e continuou com seu trabalho.

Minutos depois ele já estocava de maneira frenética, tirando-me inúmeros gemidos.

Ele fazia isso tão rápido e forte que meus pés saiam do chão, ele também parecia estar satisfeito, pois murmurava coisas vagas, de difícil entendido...

Quer dizer, eu entendia alguns...

As ofensas oferecidas a mim.

Aquilo se repetiu por inúmeras vezes, até que senti seu corpo enrijecer, ele apertou meu quadril e aumentou novamente a velocidade das estocadas, foi então que ele afundou o rosto em meu pescoço soltando um som que mais parecia um rosnado.

Ele perecia exausto e desligado do mundo por alguns minutos, tanto que pousou todo o seu corpo sob o meu.

Senti imediatamente o meu corpo adormecer, mas tê-lo tão próximo dessa forma parecia tão encantador, tanto que ousei envolver meus braços ao redor de seu corpo, ele se moveu, parecendo notar esse meu gesto, mas não fez nada, ficou estático ali enquanto recuperava seu fôlego.

Quando se restabeleceu, se separou do meu corpo e saiu de mim, deixando-me com inexplicável vazio.

Senti o ligamento de meu joelho sumir, e se ele não tivesse me segurado prontamente, com certeza eu teria ido ao chão.

-Você está bem? -Ele perguntou enquanto segurava meu rosto e me encarava.

-Sim... -Murmurei. -Minhas pernas ficaram dormentes... Só isso. -Expliquei.

Ele não disse nada, apenas pegou-me no colo e colocou-me sentada na pia novamente.

Ainda estávamos nus, então aproveitei esse momento glorioso para avaliar seu corpo com ainda mais atenção.

Ele percebeu que eu o olhava e sorriu.

-Gosta do que vê? -Rapidamente abaixei minha cabeça e encarei minhas mãos.

Escutei seu riso em seguida.

-Não seja convencido. -Desdenhei.

Ele balançou a cabeça ainda rindo e segurou uma das toalhas que haviam ali, depois ligou a água e a molhou.
Primeiro ele a passou em seu rosto, natural, estávamos totalmente acabados. Mas depois ele aproximou-se de mim e passou a toalha por meu rosto, depois fez o mesmo em minha nuca e repetiu o processo por todo meu corpo, como se eu fosse uma criancinha na hora do banho.

Desci da pia e recolhi minhas roupas, as colocando em seguida.

Quando finalmente terminei, virei e encarei Matheus, que olhava para seu reflexo totalmente desolado, também poderá, eu havia rasgado sua camisa e não tinha possibilidades de disfarçar tamanho feito.

-Não posso voltar pra lá assim. -Ele falou de maneira rude.

-Qual é? -Falei segurando o riso. -Te fiz um enorme favor... Aquilo ali estava muito tedioso! -Ele revirou os olhos e passou por mim, mas antes de abrir a porta, me olhou. -Eu vou embora, você vai ir comigo ou ficar aqui?

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