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KATRINA

Todos responderam um saudoso e notável "boa noite", ofereci um dos meus melhores sorrisos e debrucei-me sobre a mesa.

-Como estão? –Perguntei sem ter o menor interesse, mas infelizmente tive que me fazer de curiosa.

-Melhor agora. –Um cara branco, com traços orientais e cabelos pra lá de escuros respondeu. –Trabalha aqui? –Perguntou com um sorriso sacana.

-Aparentemente. -Sorri forçado e mexi em algumas mechas loiras do meu cabelo que pairavam pelo rosto.

-Nunca havia te visto aqui... –Um outro falou.

-Estou de passagem. –Sorri. –Digamos que sou tipo uma presença vip. –Pesquei arrancando sorrisos dos demais garotos.

-Opa! –Um dos garotos falou enquanto esfregava uma mão na outra. –Então com certeza eu vou querer aproveitar. –Ele falou com uma cara mais maliciosa impossível.

-Perfeito! –Respondi. –Posso?! –Perguntei enquanto segurava um dos copos sobre a mesa e levanto até minha boca.

-Sinta-se a vontade, princesa. –Sorri em resposta e bebi o líquido azulado que desceu queimando pela minha garganta, o gosto não era dos melhores, mas com certeza iria ajudar-me a agüentar tal situação.

-Quero outro... Quem se oferece? –Perguntei olhando para os meninos.

Obviamente, bebida não faltou naquela mesa, e entanto fiquei na companhia deles, todos os meus pedidos feito à eles foram atendidos, mas claro, tudo teve seu preço, mãos salientes não faltaram em meu corpo, eu era tocada constantemente, falavam besteiras ao meu ouvido.

-E então? –Um deles perguntou puxando meu braço delicadamente até ele. -Vem aqui, loirinha... -Ele passou o braço pelo meu corpo e fez com que eu senta-se em colo.

-O que? –Perguntei enquanto tomava outro gole da minha bebida.

Aquele era o meu quarto copo, eu não estava bêbada, mas sentia uma leve tontura e meu corpo estava meio mole, eu já distribuía sorrisos pra todos.

–Vou querer outra, ok? –Ele concordou sorrindo.

-O que você quiser! –Sorri em agradecimento e virei para ele.

-Qual o seu nome? –Ele sorriu.

-Gabriel. –Assenti.

Obviamente esse não era o nome dele, mas não me importei, era direito dele falar o nome ou não.

–E o seu?

-Katrina. –Ele me encarou e depois sorriu, com certeza ele também pensava que esse não era meu nome.

-Bonito nome... -Ele falou. –Katrina. –Ele repetiu.

-Isso, Katrina. –Falei.

-Repete... -Ele pediu, eu estranhei, mas não me importei.

-Katrina. –Falei sorrindo. –Isso é um fetiche?! –Perguntei rindo e ele sorriu.

Ele segurou meu queixo e beijou-me com selvageria, sua língua percorria cada centímetro da minha boca, o cheiro do perfume dele me deixava ainda mais envolvida ao seu toque, suas mãos apertavam meu corpo fazendo com que nossos corpos se unissem de uma forma quente, minhas mãos passeavam hora por seu cabelo, hora por sua nuca.

Eu já sentia sua ereção entre minhas pernas, e não medi esforços para provocá-lo, comecei a me movimentar seu colo, não me importando com as pessoas em nossa volta, aquilo como minha vó dizia era um "antro da perdição", então que se dane a censura!

Ele puxou minha cintura e uma das suas mãos subiu pela minha coxa nua, subindo consequentemente o vestido junto, segurei sua mão e o impedi de fazer o que estava prestes a fazer.

Finalizei o beijo com uma mordida em seu lábio inferior e o encarei.

-Ei, bonitinho... –Abaixei meu vestido. –Se quiser, já sabe... Tem que pagar. –Falei e ele sorriu de forma bem sacana.

-Tudo bem, Katrina. –Ele enfiou a mão no bolso da calça, revelando em seguida a sua carteira, enquanto ele procurava pelo dinheiro vi o brilho prata da sua aliança. Ops, outro infiel! Já sei o que fazer com esses.

–Qual o seu preço? –Ele perguntou e eu dei os ombros.

-Quanto você acha que eu mereço?! –Perguntei fingindo inocência e ele sorriu.

Tirou algumas cédulas de cem reais e as dobrou, enfiando-as em meu decote, dando um beijo pra lá te tentador em meu pescoço.

–Vem. –Sai de seu colo e peguei em sua mão, o puxando para o fundo da boate, onde existiam os quartos. Ele olhou para os amigos e lançou um sorriso cúmplice, se gabando pela conquista que acabará de fazer... Típico filhinho de papai que vive entediado, e sai com os outros amigos idiotas em busca de adrenalina...

Bom, isso é, até se meter em uma briga de bar ou pegar uma doença venérea de alguma prostituta.

–Ei, Kenedy. –Falei ao me aproximar dele. –Quero uma chave. –Mostrei minha mão, ele me olhou sem demonstrar reação, não parecia satisfeito e nem insatisfeito com minha rapidez.

Ele entregou-me uma chave com um chaveiro que indicava o número do quarto.

–Obrigada, queridinho. –Pisquei e voltei a arrastar o menino, indo pelo amplo corredor e chegando até a porta de número "12".

EVAWhere stories live. Discover now