24/01/2019 (Continuação)

349 27 3
                                    


Alcançamos o abrigo em tempo recorde e saímos de lá mais rápido do que entramos. Catamos as mochilas e tudo o que podíamos as pressas e nos embrenhamos no matagal próximo. A idéia não era se esconder ali, mas sim usar as árvores e a vegetação como cobertura pra nossa fuga. Seria muito mais difícil despistá-los em campo aberto, ainda mais que muito provavelmente aqueles infelizes devem estar em carros.

Nós continuamos correndo o máximo possível para nos afastar daquela região das proximidades do abrigo, pois com certeza lá seria o primeiro lugar que procurariam. Fomos o mais rápido que nossas pernas permitam mas após algum tempo tivemos que diminuir o ritmo por conta do cansaço e do terreno irregular.

Ainda assim continuamos nos afastando e tentando manter uma distância cada vez maior em relação aos nossos prováveis perseguidores. Não tínhamos como saber quantos podiam estar ao nosso encalço e por isso mesmo não cabia a nós vacilar.

Zumbis esporadicamente cruzavam nosso caminho mas conseguimos ser mais rápidos do que suas capacidades de percepção. A quantidade não tão elevada deles também facilitava o avanço sem mais interrupções.

Caminhamos em meio à floresta com Frank à frente guiando nossos passos, ele conhecia aquele lugar muito melhor do que eu e pelo que disse não demoraria muitos para alcançamos a borda da mata.

Nossa caminhada seguia firme em meio as arvores e sempre com a atenção redobrada e com isso conseguimos perceber a aproximação de alguns zumbis vindos em meio à vegetação. Aceleramos o passo para tentar contorná-los mas logo percebemos que aqueles zumbis eram os primeiros desgarrados de um grande bando que vinha logo atrás.

Por um momento cheguei a pensar que ainda fosse aquele bando do qual eu e Barbara fugimos há um tempo e na verdade é bem provável que fossem. Por saber de quantos zumbis se tratavam chamei a atenção de Frank e avisei que tínhamos que desviar nossa rota para sairmos dali inteiros.

Mudamos de direção para conseguir contornar o avanço do bando e conseguir nos afastar tanto dos nossos perseguidores como dos zumbis que acabaram de aparecer. Fizemos isso e continuamos caminhando até o cair da noite quando decidimos parar para descansar.

Descansamos a noite revezando em turno de vigia. Eu dormi primeiro enquanto Frank ficou de olho e no meio da noite trocamos de posto. Pouco depois de assumir meu turno de vigia eu achei que deveria dar uma volta pelo local para conferir se o bando de zumbis não estava próximo de nos alcançar.

Em meio a minha caminhada noturna me deparei com algo que não esperava encontrar. Depois de alguns minutos de caminhada topei com um carro parado em meio a alguns árvores ao lado de uma pequena estrada de terra que cruza a mata. Pelo que pude ver aquele carro não havia sido abandonado, mas sim deixado ali para ser recuperado logo.

Eu não podia dar certeza mas a primeira coisa que veio a minha cabeça foi que aquele carro pertencia aos homens de quem fugíamos e ao conferir que nenhum deles estava espreitando por ali voltei até Frank para chamá-lo e voltamos para checar mais uma vez o carro.

O carro estava trancado e dava pra ver pouca coisa dentro dele por conta da falta de luz e do fumê nos vidros. Ficamos atentos as redondezas enquanto conferíamos tudo e pelo menos até então mais ninguém aparecera.

Eu sugeri a idéia de quebrarmos o vidro e usarmos aquele carro para sair dali, mas Frank teve outra idéia.

- Você quer apenas fugir ou prefere dar um troco neles?

- Nem preciso te responder isso, mas como faremos?

- É simples, espera só um momento. – Frank disse e saiu de volta para mata.

Diário de Um SobreviventeTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang