05/07/2018

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São 7h30m da manhã e hoje como previsto faremos a segunda incursão, o grupo que fará a patrulha será o mesmo, eu, meu pai e meu tio, vamos com nosso carro de novo, só que sairemos mais bem armados desta vez, meu pai está com a 765 e Edinho com o revolver. Levaremos conosco também o facão que está comigo e 4 coquetéis molotov já preparados, temos bolsas e levamos água e comida para três dias caso algo dê errado, além de um radio comunicador.

Tem 15 zumbis espalhados pela rua, não usaremos mais o pedaço de carne sairemos rapidamente e só.

São 4h da tarde chegamos há alguns minutos, todos já estavam preocupados com nós, mas estamos bem, aliás muito mais do que bem. Pela primeira vez encontramos sobreviventes, foi a melhor sensação do mundo.

Assim que sairmos os zumbis correram atrás do carro, mas nem chegaram perto. Seguimos o plano de ir ao mesmo bairro da primeira vez, mas encontramos poucas coisas, muito menos do que o necessário, decidimos então ir a outro bairro um pouco mais longe. Atropelamos alguns zumbis no caminho, não gastamos nenhuma munição, só colocamos o carro a prova. Assim que chegamos no bairro fomos direto a um super mercado, as portas estavam trancadas mas usamos o carro como aríete para empurrá - las. Tinha muita coisa bloqueando ela e conseguimos abrir apenas uma fenda entre a lateral da porta de aço e a parede, meu pai ficou dentro do carro e eu e Edinho entramos com as armas em punho, primeiro ele e eu o segui, assim que entramos fomos cercados por 5 pessoas, todas armadas com pistolas e espingardas, nos mandaram baixar as armas mas não acatamos, nos encaramos por um tempo e eu e meu tio acabamos abaixando as armas, afinal estávamos em menor número.

Um homem que parecia ser o líder deles pediu as nossas armas e nos mandou ir embora, novamente não acatamos a proposta e expliquei a nossa situação, disse das duas crianças e dos dois idosos, além da minha mãe que estava grávida, falei que só queríamos alguns alimentos e que não sabíamos que tinha gente lá dentro, ele abaixou a arma e os outros fizeram o mesmo, perguntou se tinha mais alguém com nós e Edinho falou do meu pai que estava no carro, fui chamá-lo e todos nós entramos.

Lá dentro tinha um grupo de 30 pessoas, estavam tão surpresos quanto nós, fomos em fila única até o escritório do supermercado. Nos apresentamos e o nome dele é Wendell, tem 31 anos e é policial federal, conversamos durante algumas horas no escritório falamos também com as outras pessoas que estavam lá dentro, elas estavam contentes em saber que tinham mais sobreviventes. Completamos a mala do carro com suprimentos oferecidos pelo Wendell e deixamos um radio comunicador para que possamos nos comunicar.

Despedimo-nos do grupo e partimos, vasculhamos uma oficina e pegamos óleo e um pé de cabra, fomos a um posto de gasolina que ainda não estava seco e completamos o tanque do carro e por último passamos numa loja de materiais de construção onde pegamos mais barras de ferro e ripas. Vários zumbis se aproximaram do carro tanto enquanto estávamos andando e enquanto estávamos parados e lá foram embora mais algumas munições, preservamos as balas da 765 e atiramos apenas com a 38, jogamos os 4 coquetéis num grupo de zumbis que vimos enquanto estávamos voltando, tinha uns 50 deles na nossa frente, atropelamos vários e eu joguei os coquetéis com o meu tio em cima deles pela janela, não pegou em todos mas boa parte ficou queimando estirados na rua.

Quando chegamos a nossa rua havia poucos, pois todos saíram correndo atrás do carro quando saímos, assim que chegamos ao portão meu pai buzinou e Kleber abriu o portão para entrarmos.

Todos ainda estão eufóricos com a noticia dos sobreviventes e nem tiramos as coisas de dentro do carro ainda.


Diário de Um SobreviventeHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin