2 - Floresta ou Shopping?

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- Mallya on-

  - Batizado como livro das sombras, esse livro pode se adequar a qualquer idioma, ele é mágico e se a rainha desejar que seja inglês ou português, ele se converte para que elas possam lê-lo. - Explicou Jung Kook e eu coloquei o potinho de sorvete em cima da mesa ao lado de Huoyan que se distraía olhando de um lado para o outro acompanhando os movimentos do rabo de Suguinha.
  - E você sabe onde a gente pode encontrar ele? - Perguntei enfim, todos estavam adiando essa pergunta, eram tantas coisas pra saber sovre esse livro, porém a localização que é o mais importante. Lá no fundo eu ainda tinha esperança de que ele soubesse, ou pelo menos confirmasse minhas suspeitas, e pela cara da Alícia quando ela parou de devorar seu cereal e se atentou a conversa ela também estava pensando nisso.
  - Na floresta das almas. Ninguém que entra lá consegue sair, então basicamente o livro se perdeu pra todo o sempre. - Respondeu Jimin enquanto cutucava um bolinho de arroz com um hashi e eu peguei meu potinho de sorvete outra vez, isso afirmava. Então minhas suspeitas estão certas, o livro e a casa onde eu nasci estão naquela floresta.
  - Ele está dentro da casa? - Perguntou a Alícia parando de comer pois já havia acabado e então Jung Kook se prontificou em responder, como se estivesse atendendo a uma ordem, porém muito sutil. Acho que quase ninguém havia percebido essa mudança de comportamento a não ser eu e o Mark. E o Mark, que estava dando leite para o Suguinha, não parecia muito satisfeito com isso.
  - Provávelmente sim, mas reforçando o que Jimin disse, não há como recupera-lo. Aquela floresta é maldita, infestada de demônios, sem contar pelas criaturas que comem carne humana e os fantasmas, os lobos selvagens... O livro não tem como ser resgatado. Vocês morreriam se tentasse pegá-lo. - Afirmou Jung Kook com convicção e a Alícia olhou pra mim, me lançando um olhar travesso e esperto. Foi suficiente para nos entendermos que não importava quão perigoso fosse, iríamos atrás pois sabíamos nos cuidar.
  - Mas me explica uma coisa então, - Pedi mandando mais sorvete de chocomenta pra dentro da boca enquanto Tae acariciava meus cabelos, estava tão bom o carinho que por um momento parei para apreciar e depois continuei o que estava dizendo - Se a floresta é tão perigosa e não tem como sair de lá e blá, blá, blá, então como você saiu de lá Jimin? - Perguntei olhando desafiadoramente para o rapaz e ele correspondeu meu olhar com um mais severo, como se entendesse de mais coisa do que eu sabia no momento.
  - Eu atravessei um portal para chegar à floresta, porém eu não passei muito tempo lá e logo sai, tecnicamente eu não "entrei" na floresta, eu me joguei nela através de outra dimensão, por isso eu consegui sair. - Explicou Jimin e eu larguei meu sorvete de novo, e me inclinei com os cotovelos na mesa enquanto refletia. Eu nasci lá, e consegui sair, de alguma forma eu entrei naquela floresta enquanto morava na barriga da minha mãe, e eu consegui sair.
  - Por que então a Mallya foi tirada de lá? - Perguntou a Alícia adiantada e Jung Kook suspirou.
  - Vocês vão insistir mesmo nisso? - Indagou preocupado e Mark e Tae ficaram tensos, já dava pra sacar que os pensamentos das nossas intenções estavam passando por suas mentes, eles já haviam percebido que os questionamentos que estávamos fazendo não era por curiosidade e sim por análises.
  - Já chega dessa palhaçada gente. - GDragon interviu se pronunciando pela primeira vez desde que acordou, nem fazia tanto tempo assim. Mas foi suficiente para prestarmos atenção aos demais do grupo que tomavam café conosco aparentemente ensonados ou famintos, ou então entediados, uns até com ressaca...
  - E o que propõe então? - Perguntou Jaebum coçando a nuca enquanto franzia o cenho, esse era um dos que estavam de ressaca.
  - Por que não saímos? Deve ter algo legal pra fazer nessa cidade. - Disse GDragon e BamBam que estava faminto devorando donuts e um lanche quase do tamanho de um tablet levantou a cabeça.
  - Vai ter uma balada amanhã a noite no Museu Amaldiçoado. - Comentou, e eu busquei na cabeça que lugar era aquele e o porquê do nome, bem no fim lembrei que era um nome metafórico de uma boate que ficava no porão do museu da cidade. Não era amaldiçoado de verdade e os organizadores eram adolescentes populares do Colégio.
  - E...? - Perguntei e BamBam revirou os olhos e parou de comer para me encarar indignado.
  - Podemos ir pro shopping, vamos passear e comprar roupas pra ir pra boate amanhã. É uma ideia pra ocupar a manhã. - Falou BamBam como se fosse óbvio e eu arqueei a sobrancelha, Huoyan pareceu ter gostado da ideia pois pulou no meu colo grasnando, e ele só faz isso quando quer passear.
  - Eu vou. - Se manifestou Tae e eu assenti concordando também.
  - Eu gostei da ideia. - Disseram Mark e Alícia e os demais já começaram a concordar, enfim iríamos pro shopping após o café da manhã. E eu estava pensando seriamente no que comprar, já fazia um tempinho que eu não ia numa boate.

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