PRISON II

98 - Coração de Fogo

- Mallya on-

  - Eu não sei mais o que fazer. - Sussurrei exasperada enquanto jogava meu corpo cansado em cima da cama, e senti Tae se aproximar. Estava transitando pelo quarto, e pelo jeito que estava rígido eu conseguia sentir a tensão querendo crescer naquele quarto.
  Havíamos passado o dia inteiro correndo atrás daquele cara, e depois que ele desapareceu, fomos atrás das pistas. E mesmo assim não tivemos nenhum sinal dele. Nem um sequer. A última vez que o vi ele estava pulando o portão, e então correu e sumiu naquele bairro desfavorecido para mim nunca mais o encontrar. Se é que isso não é impossível.
  Estava ficando tão nervosa que acho que se pusesse as mãos nele agora ao invés de interroga-lo eu iria era socar a cara dele até deixar o rapaz inconsciente.
  - Ei Mally... - Tae agachou na frente da cama, de frente para mim - Vai tomar um banho quente, deixa que eu peço comida aqui pro quarto. Vamos jantar e vou fazer uma massagem em você pra descansar esses seus nervos tabom. - Tae tentou ser gentil, mas eu enfiei as mãos nos cabelos e comecei a negar. Não era muito justo, ele estava exausto, era a vez dele descansar um pouco.
  - Toma banho primeiro Tae, eu vou já já. - Me sentei na cama e levantei a cabeça para mostrar que estava tudo bem e meus olhos caíram direto em cima da sua boca quando o encarei, quase automático, como se fosse de propósito ele mordeu o lábio.
  - Sozinho? - Tae perguntou e eu levantei mais a cabeça, agora olhando em seus olhos.
  - O-o que você quer dizer... - Ele me impediu de terminar a frase sutilmente se abaixando e colocando os braços ao meu redor na cama, estava me cercando, e me deixando bem de frente para o seu corpo. Por um instante pude sentir o calor subindo pelo corpo. Como aquele homem tinha tanto efeito sobre mim?
  Porém durou pouco da parte de Tae, que logo notou que havia se perdido e ficou alarmado.
  - Desculpa eu, - Tae se afastou de repente, recuando alguns passos pra trás - Eu não quis te pressionar e nem desrespeitar, eu só... Não sabia onde estava com a cabeça. - Ele parecia preocupado com a minha falta de reação de um jeito, que eu não hesitei no que estava prestes a fazer. Eu estava desejando. Meu corpo parecia sentir a necessidade do toque dele, e tudo que eu mais queria era sentir aquela boca na minha de um jeito que só ele sabia fazer.
  - Eu sei a onde estava sua cabeça. - Argumentei levantando de encontro com ele, e roubei seus lábios num beijo. Na mesma hora Tae passou as mãos no meu quadril, me puxando junto do corpo, e dominou meus lábios.
  Do jeito que sua boce se elevou, dominando a minha, me fez ceder e abrir passagem pra sua língua imediatamente. E ela escorregou para dentro da minha boca, passeando e se encontrando com a minha, tão suavemente, que quando Tae desceu as mãos pra minha bunda e apertou, eu deixei escapar um gemido. Era gostoso. Eu tinha que admitir que ele tinha efeito demais sobre mim. Mais até do que eu mesma conseguia entender.
  - Tae... - Suspirei quando ele desceu os lábios pelo meu queixo e foi pro pescoço, mal me deu tempo de tomar ar e já estava enlaçando minhas pernas na sua cintura, foi tão natural subir em seu colo que eu não me importei se sentiria vergonha, só consegui sentir ele. A boca dele voltando pra minha, suas mãos apalpando meu corpo, me direcionando pra cama.
  Caímos no colchão, ele em cima de mim, e eu só conseguia pensar no quanto estava ficando cada vez mais sensível ao seu toque. Cada vez mais quente.
  Não precisava pedir, ele sabia exatamente onde tocar pra me fazer perder a cabeça.
  Tomando meus lábios e descendo as mãos pelas minhas coxas em apertos firmes, seu corpo estava tão colado no meu que eu pude sentir sua ereção pressionando minha região íntima.
  Tae foi descendo, desabotoando minha camiseta devagar, enquanto espalhava beijos molhados gradativamente pelo meu pescoço, e descia para o colo, e depois os seios...
  Minhas unhas passearam por seus ombros quando senti a língua dele passeando pelo bico do meu seio esquerdo, que agora estava livre do sutiã. Tae era rápido.
  E estava enlouquecendo minha cabeça.