105 - Novo Aliado

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  - Ok, Já vou avisando que se esse Serial Killer for de alguma máfia que era contra a minha eu não tive culpa nenhuma, eu não cheguei a torturar ninguém. Então não criei nenhum psicopata por tortura-lo. - Daehyun já começou se explicando e eu revirei os olhos.
  - Relaxa rapaz, não foi você que o criou. - Tae deu risada e eu peguei meu sorvete de choco-menta da mesa e comecei a tomar enquanto revirava o caderno de anotações, aquelas perguntas que o Jackson preparou eram inúteis...
  Quer saber, eu mesma farei minhas próprias perguntas, arranquei aquelas três folhas do caderno e as amassei.
  É até bom por quê estou cheia de curiosidades sobre esse ser, se ele conhecia aquela peste de cabelo roxo, deve saber muita informação útil que não pode ser desperdiçada com perguntas de lixo. Joguei a bolinha de papel pro lado e comecei.

  Em meia hora havia descoberto tanta coisa que explicava a personalidade sociopatica do Jong Up que meu cérebro estava em êxtase. Não havia mais dúvidas, era ele quem estava fazendo tantas vítimas em Helltown. Fazia isso quase como uma necessidade, quase por doença, como se o remédio de seu câncer cerebral fosse pra cura-lo através de carnificina.
  Ele era doente de verdade, matava por necessidade, mas não uma necessidade mortal, mas sim uma necessidade insana por crueldade, se divertia em ver tanta confusão e dor, quanto pior era melhor.
  E Daehyun me explicou detalhadamente como viu isso com os próprios olhos, foi o próprio Jong Up, que era membro do grupo, que armou e matou pra própria máfia, tentou matar todo mundo, e teria dado certo depois de tantas torturas e siladas, a não se por uma ponta solta. Daehyun sobrevivera.
  Ele carregava uma forte sensação de vingança que o manteve vivo mesmo depois de ser baleado tantas vezes. Ele nos mostrou as cicatrizes, os tiros que levou no peito e abdômen e um outro no pescoço que por pouco não o matou. O último tiro citado aliás, foi o que Jong Up disparou a sangue frio, olhando em seus olhos.
  A única coisa que Daehyun não contou foi por quê queria se vingar. Não insisti tanto também, ele havia contato muita coisa, e eu já estava sedenta pra voltar a Helltown, estava sentindo uma sede enorme por justiça, que faria com as próprias mãos se demorasse muito.

  - Obrigada Daehyun, você ajudou muito na nossa investigação. - Agradeci dando-lhe um aperto de mão enquanto me levantava, Tae estava acabando de pagar a conta.
  - Foi um prazer Mallya. - Ele foi educado, e então se levantou também, mas ainda não tinha soltado minha mão - Por favor, em momento alguma não se esqueça com quem está lidando. - Ele advertiu e eu arqueei as sobrancelhas.
  - Como é? - Me irritei, preparada pra retrucar, mas ele se adiantou antes de levar a patada.
  - Não me refiro a nós, mas sim a Jong Up. - Ele remediou e eu me acalmei - Ele sabe que você também é parecida com ele, e vai tentar usar isso ao seu próprio favor.
  - Ele já usa, mesmo sendo parecidos até demais. - Engoli em seco, e Daehyun soltou minha mão gentilmente.
  - Semelhança não quer dizer igualdade Mallya, jamais se esqueça disso. - E então ele foi se retirando.
  Fiquei parada por alguns breves instante, apenas fitando ele ir embora, até Tae me recolher nos braços e me guiar pra fora também.

  - Como se sente agora que está com o caso nas mãos? - Perguntou Tae me aninhando no seu peito.
  - Não sei ainda. - Suspirei, eu achava que Daehyun ia querer ir junto, ele seria muito útil. Eu até tinha considerado a ideia de voltar pra Helltown só, mas com ele seria melhor. Ele teria um plano com certeza, dava pra ver a vingança escorrendo por seus olhos como se fosse fogo. E eu queria esse fogo pra acabar com a raça do Jong Up, assim pelo menos um estaria terminado. E quanto ao outro, acho que estava mais do que certo que ele e a Alícia tinham contas demais para acertar, eu não me meteria pra tirar o gosto de vingança dela. Lhe pertencia, tanto quanto a cabeça de Jong Up ao Daehyun.
  - Achei que estava ansiosa pra fazer justiça. - Tae comentou acariciando minha nuca, e eu levantei a cabeça para fitar seus olhos. A pouca luz do quarto só me dava vislumbres dos olhos dele, quanto ao resto não passava de uma silhueta, nem Huoyan eu não conseguia ver nos meus pés, nas sabia que ele estava lá, dormindo sossegado.
  - E eu estou, mas pra isso acontecer, preciso que todas as peças do jogo participem... - Quando estava terminando de falar meu celular começou a vibrar perto do me travesseiro. A luz da tela estava piscando.
  Era uma chamada desconhecida, no meio da noite, porém mesmo assim eu atendi.
  - Alô.
  - Espero não ter te acordado. - A voz de Daehyun se manifestou do outro lado da linha.
  - Eu já estava. - Comentei baixo, e escutei ele dar uma pausa para se intoxicar com alguma coisa, não precisava pensar duas vezes pra saber que era um cigarro.
  - Que bom. Espero que esteja ansiosa pra voltar pra sua cidade amanhã. Soube que um velho amigo do Jong Up vai com você.
  - Então não foi só uma indireta. - Semisserrei os olhos achando graça, e escutei ele rir do outro lado da linha.
  - Nos vemos no começo da estrada amanhã. Vou com vocês, e nós vamos pegar aquele serial killer.

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