67 - Dados Específicos

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- Margaret, 23 anos, alta, magra, cabelos negros, dançarina da boate no museu -

... 6 horas antes...

  Andando, andando... Eu não deveria estar andando na rua a essa hora, ainda não amanheceu e eu estou andando pelas ruas sem segurança nenhuma. Bem que a Raissa, minha velha amiga com quem divido o apartamento me avisou pra não aceitar este trabalho, eles liberam num horário muito ruim, e assim eu acabei ficando vulnerável às ameaças do serial killer que ronda a cidade. Se bem que a chance dele me escolher ao invés de qualquer uma das prostitutas que ficam na rua a essa hora é mínima. Sem contar também que eu não sou muito o padrão que foi informado nos jornais, ele não tem motivos para querer me escolher. Não o suficiente.
  Apertei o sobretudo contra o corpo quando uma rajada forte de vento gelado atravessou as minhas roupas finas e me encolhi, estava com frio, eu não devia ter aceitado esse trabalho, mas eu precisava tanto do dinheiro... A Raissa não tem condições de trabalhar desde que sofreu o acidente de moto. Ela precisa se recuperar e descansar, e eu sustentar a casa. Ela sempre me ajudou, então é obrigação minha fazer o mesmo por ela, mesmo que esse bico de dançarina seja perigoso demais...
  - Ei! - Alguém gritou, e eu levantei a cabeça num susto, dos olhos pregados na calçada eu despertei apenas para me deparar com uma prostituta gritando desnecessariamente com um motorista bêbado, ele nem devia estar entendendo o que ela queria dizer.
  Revirei os olhos com desdém e olhei para o meu caminho, a rua estranhamente escura, com breves intimidações solares passeando pelos telhados das casas. Já eram seis da matina e eu teria que chegar em casa e dormir até as oito pra ir pro trabalho de garçonete no restaurante perto da estrada. Lamentávelmente cansada eu resolvi mudar a rota e entrar num beco do que ter que passar ao lado da cena que a prostituta estava fazendo. Nem havia a necessidade de perguntar o que estava havendo, era nítido que ela cobrou caro demais e só porque o motorista não está assimilando o quanto tem que pagar ela ficou furiosa.
  Dobrei a esquina, agradecendo ao barraco por ter de pegar um atalho e juntei mais o sobretudo no corpo, me sentia um pouco vulnerável naquela escuridão, os postes mal iluminavam a rua úmida e fria que o beco se encontrava, e mesmo que alguns raios de sol ameaçavam surgir não era suficientes para alcançar a região por onde eu estava passando.
  - Ei não entra ai! - Escutei a prostituta gritar outra vez, aquela voz irritante não parecia ser mais pro motorista bêbado, parecia vir do início do beco.
  Continuei andando sem me importar, até chegar na metade e escutar ela começar a gritar de maneira escandalosa. Sem paciência levantei o dedo do meio sem prestar a ação de olhar pra trás, e continuei andando. Pelo menos até um homem encapuzado e forte entrar na minha frente. Parecia um armário.
  Eu não fazia ideia de onde ele havia surgido, mas tinha sido tão de repente que só deu tempo de engolir em seco quando ele me pegou pelo pulso. E antes de sentir a lâmina afiada na barriga, atravessando a minha pele, eu consegui escutar a prostituta calar a boca na entrada do beco. Tarde demais...

- Alícia on-

  - Eu sabia! - Mallya bateu na mesa abruptamente e eu joguei o papel das análises da psiquiatra na mesa, abrindo um sorriso esperto, nem precisava dizer muito. Com essa nova evidência no caso, já sabíamos o que fazer pra pegar o segundo Gap Dong, e ainda por cima chamar a atenção do primeiro pra pegar ele também.
  - Um sociopata... Quem diria... - Comentei e imediatamente coçei os olhos num impulso nervoso - Dessa vez você vai ser a dançarina. - Me prontifiquei em dizer e ela levantou os olhos pra mim com um sorriso radiante nos lábios.
  - Com muito prazer, eu vou amar brincar com facas com esse serial killer, consigo me imaginar duelando com ele... - Ela fez uma imitação como se estivesse segurando facas e mirando para esfaquear seu adversário invisível e eu dei risada, imaginando que na hora do pega, ela estaria correndo e com o rosto tomado de raiva, e não calma e sorridente como agora. Quando a adrenalina a invade, ninguém consegue conter a Mallya, e muito menos as atitudes dela.
  - Ei tem algo que vocês precisam ver. - Jung Kook colocou a cabeça dentro da sala, mas continuou fora, e eu franzi o cenho, algo na expressão dele pareceu me alertar. Sem perguntas, eu e a Mallya saímos correndo pra fora da sala junto com ele.
  Com pressa corremos até alcançar o escritório do meu pai, e Jung Kook parou na porta e nos barrou.
  - O que está havendo? - Indaguei preocupada e ele olhou pra Mallya, e depois pra mim.
  - O Gap Dong matou hj... - Começou a dizer, só agora notei que ele estava nervoso - E temos uma testemunha que viu ele matar a vítima. Achamos que ela conseguiu ver o rosto dele.

Quem sentiu saudades??? Eu senti muito a de vcs! E estou voltando pra descobrirmos de uma vez por todas, quem é o Gap Dong...😄😄ah e vou voltar com o cronograma normal.

PRISON IIWhere stories live. Discover now