64 - Tempo de Afastar

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- Mallya on-

  - O que...? - Comecei intrigada com a ocasião inoportuna que o aparelho resolveu dar sinal de vida e Jung Kook se inclinou para ler na tela o que estava escrito, quem poderia estar aclamando sua presença naquele momento?
  - Quem é? - Perguntou a Alícia e o rosto de Jeon ficou branco, por um instante eu pude jurar que ele fosse desmaiar de pavor, mas não deixou que seu comportamento fosse notado, ele respirou fundo e desligou o celular, guardando-o no bolso.
  - Ningu... - Ele ia dizer e outro celular começou a vibrar, era o do Jimin, e sem espera o do Tae também começou, os três ficaram tensos.
  - O que está havendo? - A Alícia retomou irritada e Jimin e Tae também guardaram os celulares. De repente o de Jackson começou a tocar.
  Desconfiada eu fitei um por um, e menhum deles parecia estar assimilando o bastante para responder qualquer pergunta.
  Sem pensar duas vezes eu enfiei a mão no bolso do Tae pra tentar pegar o celular, mas ele segurou meu pulso e levantou minha mão, impedindo que eu conseguisse.
  - Não é nada demais. - Disse e então se lavantou - Eu preciso ir até o centro, volto na hora do almoço. - Avisou Tae e eu me levantei da cadeira.
  - Tae como assim? - O que está havendo? - Indaguei nervosa e quando tentei pescar o olhar dele, ele fugiu do meu olhar.
  - Acho que estou com problemas familiares. Não deve ser nada demais eu já volto! - E já estava pegando a chave da moto e saindo apressado.
  Jeon se levantou também, depois Jackson e Jimin.
  - O que agora? - Indaguei irritada - Vocês também tem problemas familiares pra resolver no centro da cidade?!
  - Na verdade eu vou pra delegacia, seu pai me ligou Alícia. - Jackson se justificou e Jimin saiu pela porta da cozinha sem dizer nada, enquanto Jeon apontou pras escadas e subiu correndo pros quartos. - Não nos entendam mal meninas, temos que correr, e acho que vocês também já que tem um lugar onde ainda não fomos. - Jackson apontou para os papéis nas mãos da Mallya.
  - O que tem isso? - Interrogou ela enquanto olhava pra folha que estava cheia de marcações. Jackson virou a folha e mostrou um ponto principal no meio de dois textos com uma grande atenção do marca texto amarelo.
  - A menos de um mês houve um massacre de uma máfia na cidade das Rosas. - Ponderou e eu busquei recordar onde ficava esse lugar, sabia que tinha ouvido falar, mas não lembrava onde.
  - É a cidade vizinha de Helltown. - A Alícia tomou a frente - O que tem lá além disso? - Indagou ela e Jackson apontou para outro ponto, agora com marcação vermelha.
  - Parece que vários casos semelhantes aos do segundo Gap Dong ocorreram em muitos becos. 12 meninas ao todo, com as mesmas características das nossas vítimas, naquela época as pessoas disseram que foi os fantasmas dos mafiosos que pegaram as doze meninas, como uma forma de sacrifício de ódio para se rebelarem contra a própria morte. - Jackson continuou, - As mortes pararam quando as nossas começaram. - Quando ele falou isso eu entendi o que estava havendo. O assassino trocou de cidade - Precisamos de mais detalhes e de dados do caso deles. - Falou e então olhou para nós duas.
  - Precisamos de uma de vocês aqui em Helltown para dar continuidade as investigações com os nossos oficiais, mas uma das duas precisa ir pra Rosas com o Wonho pra investigar.
  - Entendi. - Respondeu a Alícia e então olhou pra mim - Você sabe que vai ter que ir né? - Perguntou e eu suspirei, segurando as folhas com mais precisão - Você é a melhor em campo, eu sempre me dou melhor com os papéis. - Ela suspirou e eu olhei pra Jackson, ue parado a nossa frente esperava por uma resposta.
  - Ok, eu vou.

- Jeon on-

  - O que houve? Eu pensei que não teríamos mais que voltar! - Protestei quase esmagando o telefone na mão e escutei um rosnado do outro lado da linha.
  - Você sabia que mais cedo ou mais tarde nos reuniriamos novamente então vê se cresce e para de drama imbecil! - Ele berrou e então outro rosnado - Não vamos mais pra Los Angeles. - Disse mais calmo e eu sentei na cama, olhando fixo pro chão enquanto buscava encaixar aquela loucura aos meus planos, não ia dar certo, não estava destreinado, ainda sabia de cor e salteado cada uma das maneiras de realizar o que deveria ser feito, mas não queria que tivesse que fazer nada disso agora. Eu precisava ficar para cuidar da Alícia.
  - Então pra onde? - Perguntei, sabendo que não haveria escapatória e o outro suspirou irritado do outro lado.
  - Helltown. - Pronunciou e eu gelei - Estamos em guerra, perdemos contato com os Noir e os Seven Heaper estão invadindo nosso território e acabando com o negócio da família.
  - Mas como isso foi acontecer??! - Bradei me levantando da cama furioso, e escutei um palavrão, ele odiava que eu me alterasse, sempre odiou.
  - Apenas cala a merda da boca e escuta, os Wings se reunirão esta noite no museu, você tem que estar lá, e não pense em furar com a gente, o FBI está na nossa cola e vai ser fácil colocar sua cabeça cheia de sangue num saco plástico e dizer que foram eles que te mataram. - Alertou e eu engoli em seco, fitando a porta, havia escutado passos, mas ainda estavam na escada.
  - Vai pro inferno Yoongi, estarei lá. - Rosnei e desliguei o telefone, jogando ele na cama, foi quando de repente a porta do quarto foi aberta.
  - Quem é Yoongi? - Indagou uma voz feminina e a Alícia entrou no quarto, buscando qualquer sinal de culpa no meu comportamento.
  - Um velho amigo. Ninguém importante. - Expliquei e então fui até ela vagarosamente passeando meu olhar por seu belo rosto - Por que não começamos a preparar o almoço?

PRISON IIWhere stories live. Discover now