47 - Bronca de Mãe

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Olá leitores, eu sinto muito por não ter postado ontem, juro q não foi por mal, mas é que eu estava tão ocupada estudando que mal tive tempo de respirar, mas pra compensar vcs hoje mesmo eu vou postar um capítulo, este que vcs estão prestes a ler, e amanhã dois. E é claro que contando com um spoiler no final desse cap como forma de me redimir. E prometo que não vou mais furar com o cronograma, segunda, quarta e sexta vão continuar sendo os dias de postar. Obrigada pela atenção e bom proveito!
E não se esqueçam de votar e comentar, eu amo quando interagem comigo!!!😄💜

- Alícia on-

  Peguei o Suguinha no colo e levantei a cabeça para o meu pai e o pai da Mallya, que diante de mim ainda estavam falando, isso a mais de uma hora inteira seguida. Mark, Tae e Mallya ocupando os demais lugares no sofá da sala de estar na casa do Tae também escutavam, mas não com tanta paciência. Wonho, um pouco afastado concordava com a cabeça em alguns momentos, com o ombro encostado no batente da porta da cozinha, até ele parecia cansado daquela conversa carregada de sermões, em que eu não estava assimilando metade.
  Minha cabeça vagava longe, buscando nas lembranças minha mãe e qual seria a reação dela se soubesse que eu capotei um carro, ou que eu quase atropelei minha melhor amiga e o namorado dela. Aos poucos, mesmo contra vontade eu compreendia minha reação com relação as broncas sucessivas do meu pai, minha mãe não estava mais entre nós para me dar broncar ou castigar, então eu estava sentindo falta disso, e meu pai, desconcertado tentava suprir aquela necessidade de correção a um filho indisciplinado.
  Não consegui sentir tristeza, a saudade já tinha me consumido junto com a raiva, e enquanto eu esperava impaciente naquela poltrona afastada dos demais, que meu pai finalmente calasse a boca para que eu pudesse começar a investigar, me limitei a acariciar a cabeça do gato, os pelos macios faziam cócegas nas pontas dos meus dedos e eu estava quase começando a fazer uma cena de desespero, para que meu pai achasse que eu me arrependi de correr com o carro e nunca mais fosse fazer sei lá o que, que o levava a continuar falando insistentemente. Foi quando ele se virou com a mão estendida pra mim que eu entendi que já estava na hora de prestar atenção de novo.
  - Entrega Alícia! - Ordenou meu pai e eu me contive para não franzir o cenho em confusão, se eu desse a entender que não estava prestando atenção ele corria o risco de começar tudo de novo, e eu prefiria mil vezes me jogar pela janela da sala e cair de cara na areia da praia do que escutar tudo de novo.
  - Não. - Neguei tentando enrolar e meu pai estendeu a mão outra vez, só que agora mais impaciente.
  - Não tem essa de não, você não vai mais dirigir nessa cidade! Passa sua carteira de motorista imediatamente pra cá. Ela vai ficar suspensa pelo resto da sua vida! - Meu pai se irritou e eu descobri o motivo da mão, sem relutância eu peguei ela do bolso e dei pro meu pai, me segurando com todas as forças pra não começar a rir. Eu quase nunca usava aquela porcaria, meu pai é o delegado, e todos os policiais me conhecem, ou seja, ninguém me para porquê acha que vai ser demitido pelo meu pai, por isso eu corro o quanto eu quiser. Então estar ou não com a carteira de motorista não faz diferença nenhuma pra mim.
  - Ok. - Respondi colocando o Suguinha de volta no chão para me levantar e meu pai cruzou o braços com a minha carteira em sua mão, pela maneira que ele estava irritado eu já conseguia deduzir que estava fazendo esforço para não rasgar a carteira na minha frente e depois jogar no chão e pisar. Nós dois sabíamos que isso não aplacaria sua raiva. Nem a minha.
  - Por favor não faz mais isso Alícia. - Pediu meu pai me puxando para um abraço e eu correspondi, notando aquela mesma falta de sensação de todas as vezes que tentei criar laços afetivos com as pessoas. Aquele simples gesto de carinho, o amor paterno não parecia fazer sentido. Era como estar abraçando um pedra, e o pior é que não era só com o meu pai, mas com todos ao meu redor. Era um típico dilema da psicopatia, que eu nunca consegui evitar.

Spoiler: Não existe apenas 1 Gap Dong, mas sim dois, um verdadeiro e um falso.😄

PRISON IIWhere stories live. Discover now