111 - Resultados de Discordia

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- O-o q-que? - Gaguejei perplexa, minha cabeça estava começando a formar aquele turbilhão novamente. Ele estava fazendo de novo, estava incriminando o Tae e se aproveitando da ingenuidade dele para poder se safar, não era de duvidar que até o álibi do Tae ele dele ter eliminado. Calculando tudo tão precisamente que precisaria de muito mais do que policiais e sim detetives para desvendar tudo que ele fez e por quê jogou tudo no Tae de novo. A história estava se repetindo, mas desta vez não havia mais maneiras de queimar as provas.
- Alícia, eu sei que é demais pra sua mente assimilar nesse momento... - Jung Kook começou - Mas eu já avisei seu pai que o Tae estava aqui, e vão leva-lo pra cadeia onde é o lugar dele, de monstros como ele.
Senti meu sangue ferver, não pela inocência de Kook em estar desprovido das coisas que provavam que Tae não era culpado, mas por saber que o Gap Dong estava fazendo o mesmo jogo de antes e eu sabia exatamente onde ele iria parar, e não tinha nenhuma ideia de como impedir.
Eu precisava da Mallya pra gente investigar, mas pior ainda, precisávamos esconder o Tae.
- Você está certo Jung Kook. - Falei forçando uma cara atordoada, - Eu não aguento mais ficar aqui, não quero ver quando a polícia levar ele. Preciso ir pra casa. - Assim que peguei minhas coisas e comecei a levantar do sofá Mark estava se levantando também.
- Eu levo você... - Começou a dizer, mas eu balancei a cabeça.
Precisava me livrar dele, se corria um risco dele ser o verdadeiro Gap Dong, ele não podia saber de jeito nenhum que eu pretendia ajudar o Tae.
- Eu acho melhor não Mark. Eu quero ficar um pouco sozinha. - Falei com cabisbaixa, e isso pareceu convencer as pessoas ao meu redor. Era a minha deixa, peguei o resto das coisas e sai da casa sem dar tchau.
Assim que consegui me enfiar no carro, já estava discando o número da Mallya.
Liguei o carro e assim que consegui pisar fundo no acelerador e entrar na rua, ela já tinha atendido.
- Fala! - Ela atendeu o telefone ofegante, parecia estar ocupada. Eu estava atrapalhando alguma coisa. Na mesma hora senti minhas bochechas queimando, com uma olhadela no retrovisor eu pude constatar que estava corada. Tomará que eu não tenha interrompido uma coisa dessas....
- Alícia? - Ela me recobrou que eu estava na linha e eu voltei a mim um pouco constrangida.
- É o Gap Dong. - Falei com menos firmeza do que esperava, minha mente ainda se prendia no último devaneio me arrastando de vergonha.
- O que tem ele? - Bastou escutar o tom dela, altivo demais para ter qualquer brincadeira que eu voltei a mim, e todo aquele ódio retornou.
- Ele armou pro Tae de novo, só que dessa vez com evidências, vamos esconder o anjo na minha casa, leva ele pra lá e não deixa ninguém saber.
  - Principalmente o Mark. - Ela atenuou do outro lado da linha e eu engoli.
  - Nem o Mark.

  - Eu não acredito nisso! - Tae estava furioso - De novo fazendo isso comigo! Eu estou cansado disso, esse cara nunca desiste, por que ele não se entrega e acaba logo com isso? Já acabou pra ele, e o infeliz não se toca disso.
  Do meu quarto eu conseguia ouvir o Tae reclamando, bravo e triste por estar numa situação dessas de novo, pelo menos dessa vez tinha aliados, era difícil, mas devia se tranquilizar, eu e a Mallya vamos pegar esse imprestável.
  Escutei saltos na escada.
  - Conseguiu acalmar ele? - Indaguei mordendo uma barra de chocolate enquanto folheava meus antigo s arquivos sobre rosas. Aquele caso era mais metódico do que pensei.
  Mallya encostou levemente a porta e adeentrou nos aposentos indignada. Pelo visto isso era um não.
  - Ele não quer se acalmar. - Ponderou, e então apontou pros meus papéis.
  - De quando é isso, pela poeira faz tempo.
  - Alguns meses. Lembra-se do padrão das rosas? Acho que sei qual pode ser a próxima.

PRISON IIWhere stories live. Discover now