35 - Serenidade

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  Calmamente eu levei as mãos até a sua que tapava a minha boca e a abaixei, fitando seus olhos. O chuveiro continuava ligado atrás de nós.
  - Alícia mesmo que você não me queira mais porque acha que eu sou perigoso, por favor não me afaste. - Pediu angustiado, tirando sua mão das minhas e ao leva-la até o meu rosto começou a acariciar minha bochecha com o polegar, o meu coração disparou - Eu não consigo viver sem o seu sorriso, sou apaixonado pelas suas manias, e amo quando você esfrega os olhos porquê está ansiosa ou irritada com alguma coisa, amo como você fica atraente quando começa a investigar, e aprecio muito o carinho que você tem pelos seus amigos. Você faria qualquer coisa pela Mallya, mesmo que ficasse machucada por isso. - Mark continuou, se aproximando mais, sem quebrar nosso contato visual - Você é uma mulher incrível, e eu jamais quis ter te machucado, foi um impulso que eu não consegui controlar lá no parque, mas eu posso garantir que não ocorrerá de nov... - Dessa vez fui eu quem tapei a boca dele, ficando na ponta dos pés para alcançar sua boca. Sem pensar duas vezes Mark tomou meus lábios nos seus, não demorou muito para suas mãos encontrarem a minha cintura e ele colar seu corpo no meu, num beijo calmo e demorado que me arrepiou.
  Quando sua língua pediu passagem, qualquer negatividade que tivesse sido existente à meia hora atrás foi embora enquanto vapor da água quente nos cercava. Já conseguia sentir o calor subindo pelo meu peito, queimando a minha pele e formigando nas minhas veias.
  Passei os braços pelo pescoço de Mark o puxando pra perto, e ele arfou. Lentamente eu, sem perceber já estava o levando pra debaixo do chuveiro, enquanto suas mãos desciam pelo meu quadril, me firmando junto a ele, com carinho e desejo.
  Mark se afastou para rir, já que havia ficado todo molhado por minha causa e eu desci minha mão pro seu rosto, vendo seus cabelos castanhos mudando pra preto à medida que eu me aproximava mais, instigando-o a continuar.
  - Eu também amo você, mas não quero que fique repetindo isso por aí, você é precioso demais pra ficar exposto. - Brinquei, olhando em seus olhos e ele se aproximou, e pude sentir, enquanto a água aquecida tocava minha pele, seu calor corporal se misturando ao meu, eu nem lembrava mais que havia levado uma facada horas atrás e que agora aquilo ainda me incomodava. Todo o meu desconforto foi embora quando eu pulei na cintura de Mark e ele me prensou na parede, me agarrando com as mãos fortes e espertas, enquanto eu dominava seus lábios, apreciando seus toques e sua boca sobre a minha, tão macia e perigosa.
  - A gente vai começar com isso de novo? - Indaguei arfando, a eletricidade havia começado a percorrer meu corpo, disparando ainda mais meu coração quando sua boca desceu pelo meu queixo e pude sentir seu sorriso na minha garganta.
  - Então, nesse caso acho que já posso rasgar sua camisa.

- Mallya on-

  - Tae já chega de me perseguir! - Pedi pela quarta vez e ele veio até mim na pia.
  - Eu não estou te perseguindo, só quero ficar perto de você Mally. - Esclareceu ele parando ao meu lado, e eu fitei sua figura alta, tentando entender o porquê de toda aquela perseguição sem muito sucesso. Minha cabeça estava doendo e eu ainda não me sentia muito bem desde que cheguei - Mallya? - Tae interrogou quando eu firmei as duas mãos na pia, e respirei fundo.
  - Não é nada Tae, foi só... - Quando comecei a responder que havia me sentido um pouco zonza, Jimin Jaebum apareceu na porta da cozinha com uma cartela na mão.
  - Eu encontrei o remédio pra do de cabeça que você pediu. - Avisou ele entrando no cômodo e eu estendi a mão, mas antes que Jaebum pudesse me entregar Tae havia tomado da mão dele o remédio e posto na minha mão.
  - Obrigado Jaebum, eu cuido dela agora. - Anunciou Tae e eu dei um empurrão no ombro dele.
  - Tae! Para de agir assim. - Reclamei e fui pegar um copo de vidro no escorredor de louças - Jaebum muito obrigada pelo remédio e não leve pro lado pessoal as atitudes do Tae, ele está um pouco estranho hoje. - Frisei enquanto pegava água e Tae, provávelmente achando que eu não estava vendo, bufou fitando Jaebum, num pedido irritado de que ele se retirasse. Jaebum continuou o ignorando na espera de eu avisa-lo que estava bem.
  - Tudo bem mano, eu vou ficar legal. - Avisei tomando um dos comprimidos da cartela de remédio com água e ele me fitou preocupado.
  - Você tem certeza? Não quer mesmo voltar pra casa ou ir a um hospital? - Insistiu e eu respirei fundo, cansada.
  - Não tudo bem, eu só vou pra cama, amanhã vou estar melhor. - Falei e Jaebum veio conferir minha temperatura, e assim que tentou se aproximar foi barrado por Taehyung.
  - O que você está tentando fazer? - Indagou desconfiado e quando Jaebum foi responde-lo irritado GDragon entrou na cozinha junto com Jimin, com dois copos de vinho cada um, vazios. Na mesma hora os olhos do Tae mudaram de cor.
  - O que tá rolando aqui? - Indagou GDragon e Jimin ameaçou se aproximar e foi fulminado por Tae. Eu já percebi o que tava rolando e resolvi dar no pé antes que começasse, não estava com cabeça pra aturar homem ciumento. Sem contar que não tenho paciência pra essas coisas.
  - Tae deixa de ser babaca. - Alertei e sai da pia, indo pra fora da cozinha.

  Quando cheguei na porta do meu quarto, só escutei os passos dele vindo atrás de mim, e um frio se alastrou pela minha barriga.

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