48 - Serial Killers

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- Você está linda. - Elogiou Mallya vindo por trás de mim para compartilhar o espelho, e eu levantei os olhos do vestido para olhar o vestido dela.
- Você também está linda. - Comentei passando o baton para completar o meu visual, concentrada no fato de que aquele curto vestido que eu estava usando chamaria atenção demais, e que eu além de me sentir desconfortável boa parte da noite teria de ir atrás dos Gap Dong's. Assim como no dorama agora eles eram dois, mas não havia nenhum sentido bom por trás disso. Enquanto no dorama o segundo Gap Dong estava refazendo as mortes do primeiro Gap para tentar descobrir a maneira de controlar seus instintos assassinos. Na vida real o segundo serial killer estava tentando usar o primeiro Gap para matar sem ser descoberto. Tarde demais pra ele.
Quando eu e a Mallya descobrimos isso pela tarde durante as investigações e análises dos documentos do caso, quase tivemos acessos de ódio. Já não bastava um psicopata matando a cada três ou quatro semanas, agora tínhamos um sociopata que achava divertido matar todos os dias.
E precisávamos pegá-los, os dois. E descobrir qual deles que realmente matou a minha mãe. Aparentemente foi o primeiro Gap, que ficava jogando a culpa pra cima do Tae, já que o segundo Gap só deu sinal de vida um pouco depois da poeira abaixar, mas ainda era uma afirmação incerta. Precisávamos investigar mais, de mais informação e que Wonho oferece-se sua ajuda mais uma vez para os três chegar a conclusões cabíveis nessa situação. Assim como ocorreu hoje a tarde.
Agora o dia havia se encerrado, estávamos preparados para fazer uma armadilha para pegar os dois Gap Dong's na mesma noite. Eles teriam que aparecer, ou pelo menos o segundo.
Mesmo se esforçando para camuflar todos os seus passos, o segundo serial killer também tinha um padrão, que estava quase sendo desmistificado pela Mallya e eu. Aparentemente ele gosta de atacar dançarinas de pole dance. Todas as vítimas anteriores foram dançarinas, com exceção de duas meninas que ainda não tivemos tempo de chegar direito, mas todas ou já foram, ou eram dançarinas. Então tudo que precisávamos fazer era dar uma isca para o Serial Killer, e deixar ele entrar em ação.
E eu seria a isca dessa noite.

- Você tem certeza que vai fazer isso? - A Mallya me despertou dos meus pensamentos com mais uma indagação preocupada e eu assenti guardando a arma na parte interna da coxa, com cuidado o bastante para que ninguém pudesse vê-la. Afinal, mesmo que o vestido fosse curto, pelo menos eu conseguiria esconder alguns truques nos adereços dele.
- Eu preciso olhar na cara dele e saber se foi ele ou não que matou a minha mãe. - Falei sem rodeios e me virei para ela, que parou de arrumar o cabelo para me puxar para um abraço, mesmo sem eu ter pedido ela sabia que eu precisava de um.
- Vai ficar tudo bem, eu vou estar lá, estou levando as facas envenenadas. - Avisou ela para tentar me confortar e eu ia fazer um comentário engraçado sobre isso, mas me segurei quando a porta do quarto foi aberta e o ser que entrou acabou acordando Huoyan e o Suguinha que estavam dormindo na cama do Tae.
- Desculpa. - Pediu GDragon engolindo em seco parecendo levemente atônito enquanto nos afastavamos e nos voltavamos para ele.
- Tudo bem, o que foi? - Perguntou a Mallya indo até a cama para ver os bichinhos que agora estavam voltando ao sono, e G Dragon engoliu em seco umas três vezes antes de tentar responder. Me segurando para não rir eu me virei novamente para o espelho, terminando de ajustar o decote para esconder um pequeno canivete no sutiã, só por precaução.
- É q-que. - Ele começou, mas teve que limpar a garganta antes de continuar, parecia realmente hipnotizado pela roupa da Mallya, que estava apertada e estilosa demais - É que os meninos estavam perguntando se vocês duas já estavam prontas. - Ele finalmente conseguiu dizer e eu olhei de relance pra Mallya, que assentiu pra mim.
- Já estamos descendo. Obrigada por avisar GD. - Agradeceu ela amigável e ele não se conteu e sorriu. Fechando a porta assentindo pra ela.
- Estou começando a ficar com dó dele estar com esse imprinting. - Comentei saindo da frente do espelho e ela encolheu os ombros.
- Já expliquei pra ele que gosto do Tae, ele entende, mas não consegue me deixar. - Respondeu ela sem culpa e eu suspirei olhando para os bichinhos dorminhocos na cama. Iríamos sem eles, e eu estava sentindo um leve desconforto sobre isso também. Querendo ou não o Suguinha tinha uma influência muito grande sobre mim, e eu temia que acontecesse algo perigoso demais se eu estivesse sem ele.
- Eles vão ficar bem. - A Mallya veio me consolar enroscando seu braço no meu como fazíamos quando íamos aprontar quando pequenas e eu assenti, suspirando outra vez. A Mallya também estava insegura sobre deixar o Huoyan.
- Eu sei. - Falei, tentando corresponder ao consolo dela, e então pegamos os celulares e bolsas e saímos do quarto, encostando a porta com o coração pesado no peito.

- Acho que vocês não podem ir assim! - Tae começou a por as mãos na cabeça alarmado assim que seus olhos bateram na Mallya e Mark ficou sério assim que seus olhos caíram sobre mim.
- Acho que elas não vão mudar de ideia. - Avisou Mark, me fitando da cabeça aos pés com um olhar faminto. E eu abri um sorriso ladino e maldoso.
- É, não vamos mudar. - Concordei correspondendo o olhar de Mark, que estava um verdadeiro pedaço de mal caminho com uma jeans preta cheia de correntes e rasgos e uma camisa social branca.
Tae, em sua camisa vermelha que a Mallya tanto amava, e sua calça jeans rasgada mal esperou a garota descer da escada para agarra-la e roubar um beijo bem intenso dos lábios dela.
- Agora podemos ir. - A Mallya conseguiu dizer meio atônita com o beijo repentino e eu dei risada. Estávamos ferrados, todos ferrados.

PRISON IIWhere stories live. Discover now