79 - Pistas Incertas

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  Duas horas...
  Duas horas de perda de tempo em que tive que suportar todas as dores que o médico que estava tirando a bala de dentro do meu corpo me causou. Ele só estava fazendo o trabalho dele, mas a questão do tempo que eu perdi lá dentro daquele hospital me deixava paranóica. Eu não queria ficar parada. Haviam provas, havia dna, e havia muito mais pistas espalhadas pelo território de Helltown, eu precisava me juntar a Mallya para apreendermos todas as informações possíveis antes que algum idiota tocasse naquelas preciosidades e acabasse danificando as provas.
  Eu sentia que ele estava perto, muito perto, como se o segundo Gap estivesse debaixo do nosso nariz o tempo todo, mas não conseguia entender qual era a peça que me faltava para completar o quebra-cabeça. De alguma forma ele sabia sempre onde estávamos ou pra onde íamos. Chegava a ser assustador a maneira que premeditava nossos passos e calculava siladas para brincar conosco. Ele era esperto. Muito esperto eu tinha que admitir. Ou então tinha algum mecanismo que colaborava para suas intenções se manifestarem. E agora eu precisa descobrir o que era e porquê.
  Pelo menos já tinha um encontro marcado a noite, a Mallya faria questão de ir, e eu de olhar na cara do JongUp e encontrar a prova que vai destruir a vida dele em pedaços. Já que ele é o nosso 2° Gap Dong, vai pagar caro pelos crimes que cometeu. E já que ele demosntrou que tem o Gap Dong original nas mãos, faço questão de armar a silada perfeita para pegar o verme com as minhas próprias mãos.
  Estava na cara que o Jongup estava se divertindo demais para permitir que apenas nós duas fossemos ao seu matadouro, aquela bendita boate, ele queria mais companhia, e eu não duvidava que ele atrairia o Gap Dong original para fazer parte da festa. Agora como ele conseguia fazer isso, simplesmente brincar com o primeiro assassino era intrigante demais. O que Jongup havia descoberto que era tão crucial assim a ponto do assassino se curvar às vontades dele? Tinha algo aí, e eu e a Mallya descobririamos o que podia ser.
  Esperei a enfermeira tentar me medicar e aguardei impacientemente até que ela saísse do quarto. Assim sendo eu me sentei, a mão pressionando o ferimento que estava quase cicatrizado já. Aquela coisa estava doendo, mas eu não teria paciência e muito menos tempo pra esperar regenerar. As cenas do crime estavam me implorando com gritos ensurdecedores para ir até lá.
  Me levantei da cama e sai do quarto do hospital.

- Mallya on-

  Sem demora eu e a Alícia havíamos pego um táxi e chegado a última cena do crime. Ver o bar novamente quase me causou ânsia. Eu ainda estava dolorida demais, prata nunca foi minha fortaleza.
  Saímos do carro sem se preocupar em pagar já que o Tae estava vindo e provávelmente iria tentar nos barrar.
  - O que estão fazendo aqui? - Indagou preocupado e eu apontei para o táxi.
  - Eu esqueci a carteira então ppr favor paga ele pra mim tá. - Pedi carinhosa e assim que ele soltou meu braços bufando um pouco eu e a Alícia escapulimos para dentro do perímetro lacrado de fitas amarelas escrito "não ultrapasse". Típico da Polícia.
  - O que estamos procurando? - Indaguei andando com a mão na barriga, não estava mais machucado, estava até terminando de cicatrizar, mas a pele estava traumatizada o bastante naquela região para que eu ainda pudesse ter vislumbres da bala entrando e perfurando a costela, rasgando pele e até raspando em ossos para perdurar o que havia por dentro. Balas eram tão frias que nem o sangue pôde aplacar meu estremecimento quando eu fui baleada pelo Jongup. Ainda dava pra sentir o divertimento dele, irradiando de suas roupas como se fosse um odor excitante.
  - Provas, ou então um porquê, e além disso os nossos pares de brincos que esquecemos aqui no meio da confusão.
  - Então você está decidida a ir? - Perguntei surpresa, eu sabia que muita coisa poderia acontecer naquela noite, mas não achei que depois de quase confrontar o assassino de sua mãe ela ainda estaria tão forte e em pé. Tinha algo de errado. Depois que Mark aprontou com a conexão dos dois ela estava ficando ainda mais fria e cruel do que normalmente. Parecia até sem controle, e isso poderia ser útil, mas perigoso de certa forma se ela resolvesse arriscar nossas vidas para conseguir o que quer. Passamos pela guarda e ppr alguns policiais que não nos barraram, e a Alícia roubou algumas luvas deles quando se viraram de costas.
  - Alícia por que eu estou sentindo que tem coisa a mais aí? - Indaguei pra ela vestindo as minhas luvas, já pondo as cartas na mesa e ao invés de esperar ela abriu as portas do bar. O cheiro forte de sangue que saiu de lá de dentro quase me desnorteou por breves segundos, e então entramos.
  - Eu quero a cabeça do Gap Dong, e quero o Jongup na cadeia. - Ela explicou e então nos voltamos para o bar, eu ainda queria indagar mais, porém notei algumas coisas que me fizeram parar e começar a maquinar sobre o caso.
  Meus olhos passearam por cada canto, até pousarem no chão, onde deveria estar os brincos e o bilhete, mas não estava lá.
  Os policiais não tiraram dali. Eles jamais removeriam uma prova, então quem faria isso? Só alguém que imaginasse que estava relacionado aos Gaps, que aqueles simples pares de brinco pudessem desencadear um encontro possívelmente perigoso. Mas o Tae não faria isso, então o único que poderia ter pego seria...
  - Estão procurando por isso? - A voz que indagou me fez estremecer, era o Mark.

Gente eu sei que não estou cumprindo com o cronograma, sorry, estoj tentando, mas aa vezes chego cansada demais do trabalho e já estou com bloqueio a meses, então fico travada pra escrever. Então vou bolar um novo esquema de postagens, eu não vou mais postar em dias definidos. Indefinidamente, irei postar três vezes por semana, mas sem dia certo pra isso.
  Três por semana estão garantidos, mas sem dia específico.
Bjs e até o próximo cap!😄💜😘

PRISON IIOnde histórias criam vida. Descubra agora