99 - Amor Verdadeiro

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  - Tae o que você... - Balbuciei embebida de desejo, e a boca dele foi descendo em beijos trilhados pela minha barriga, umbigo... E foi descendo até a virilha, depois eu pude sentir a boca dele na minha coxa direita onde havia aquela tatuagem de dragão. Ainda conseguia me lembrar perfeitamente da sensação das chamas, não estava muito diferente do que eu estava sentindo agora quando Tae descia aquela boca pro meio das minhas pernas, mas estava mais direcionado, o calor que subia pelo meu corpo, junto com os pequenos tremores do receio, do que poderia vir depois, eu estava tremendo nas mãos dele, com medo de uma primeira relação, mas desejando isso com todas as forças.
  - Mallya se você acha que eu estou indo longe demais, pode me mandar parar a hora que quiser. - Tae me disse, sua voz rebatendo bem na parte interior da minha coxa. Me fez estremecer mais, desejar ainda mais, meus dentes apertaram meu lábio, mordendo de um jeito ostil pra tentar amenizar a vontade que eu tive de gemer, enquanto negava que ele parasse.
  Ele ia tão devagar, tão sutil, que estava quase me deixando louca.
  - Quão longe você quer que eu vá Mally? - Ele indagou, agora levantando o rosto e fitando minha face, estava entretido, mas tinha algo mais, tinha um brilho nos seus olhos, aquele belo brilho rebelde que eu só via quando ele estava prestes a fazer algo que amava de paixão, mas que era especial demais para fazer sem saborear cada instante. Só via aquele brilho quando abria as asas. Era algo tão libertador e selvagem que me deixava anestesiada. Tanto que não sabia se havia demorado 10 segundos ou dez minutos para lhe responder.
  - Eu quero sentir você Tae... - Foi tudo que eu consegui dizer quando os olhos dele mudaram de cor.
  Quando dei por mim ele já estava em cima de mim outra vez, só que desta, ele me pegava no colo, com as minhas pernas enlaçadas no seu quadril, enquanto me carregava para o banheiro.
  Sem pensar duas vezes, assim que senti os pés de volta no chão, fomos direto pro chuveiro. Tropeçando nas primeiras roupas que tinham contato com o piso gelado, acho que minha calsinha se perdeu mais rápido do que a boxe preta do Tae, só vi o corpo dele invadindo o box e indo pra água. Quando me juntei a ele na água, não restava mais nada, só os nossos corpos desnudos. Colando o corpo um no outro e iniciando os toques, um mais perspicaz que o outro.
  Do jeito que fiquei de frente pra Tae, o encurralando na parede, eu já o puxei pra mim, a boca e a língua tão esperta, as mãos passeando e se enfiando entre os fios molhados daquele cabelo.
  E foi então que ele se revelou, sagaz demais para que eu simplesmente pudesse pensar duas vezes em recusar, eu queria mais.
  Tae agarrou uma das minhas coxas e ergueu minha perna, minha intimidade teve contato direto com a ereção dele. Era muito nítido que não estava calmo, mas eu estava delirando demais quando a boca dele começou a mordiscar meu pescoço pra me preocupar se tudo aquilo caberia dentro de mim ou não. Eu sabia que meu clitóris pulsava, quase implorando por atenção. E Tae era tão cruel, que como se pudesse ler minha mente, desceu uma de suas mãos pra lá. Foi rápido e trocou nossas posições, me pondo contra parede e massageando aquela parte tão sensível da minha intimidade. Não deu pra segurar, gemer foi a única opção.
  Era gostoso, e meu corpo inteiro se entregava àquela sensação que era tão boa.
  - Tae... - Balbuciou pendendo a cabeça pra trás, o cabelo molhando se espalhando pelo azulejo da parede, e aquela água gelada descendo em nossos corpos em pequenas correntes calculadas. Nem toda aquela água que o chuveiro podia proporcionar parecia poder me acalmar. Meu corpo estava fervendo por dentro, eu conseguia sentir desde os pés aos os fios na minha cabeça, fervilhava como se eu estivesse em água quente. Meu suor se misturava deliberadamente com a água do chuveiro. Parecia que eu podia enlouquecer.
  Eu só conseguia gemer, sentir os dedos dele passeando e brincando com aquela parte tão sensível, até entrar dois dedos de uma vez. As pernas se retrairam e se abriram mais quase que automaticamente, implorando por mais.
  - Oh - Escutei Tae suspirando no meu pescoço - Você está tão molhada Mally. - Parecia estar com água na boca do jeito que falou, perdido naquela sensação, mesmo que pudesse aparentar estar tão controlado. Eu finquei as unhas no seu ombro e roçei meus lábios na sua mandíbula, estava ficando tão calor.
  - Tae eu... - Tive que parar pra respirar fundo quando ele enfiou os dedos dentro de mim outra vez - Eu quero... sentir você... - Pedi e os olhos dele pescaram o meu debaixo da água, estávamos molhados, e excitados demais pra voltar atrás. Por um instante eu até pensei.
  Lembrando das palavras de Jong Up, sobre o Tae me abandonar depois que conseguisse o que quisesse, e isso me deixou insegura bem no momento que Tae estava se posicionando.
  - Mallya, - Escutei meu nome e levantei a cabeça, encontrando os olhos dele com incerteza.
  - Eu acho que... - Comecei mas parei, não queria esquecer tudo aquilo que estava acontecendo, não queria deixar passar, mas não sabia se era isso que estava disposta a comprometer. Eu conhecia Tae, e sabia que ele me amava, então queria que fosse especial - É a minha primeira vez. - Contei, sentindo o rubor se instalar de imediato nas maçãs do meu rosto.
  Isso fez os olhos de Tae faiscar de um jeito que eu mesma quase me perdi naquela magia angelical. Era confuso e atrativo de um jeito insano demais para que eu pudesse compreender.
  - Você sabe que eu sempre serei gentil. - Tae sussurrou na minha boca, e olhando nos meus olhos, ele me encaixou de forma que pudesse entrar.
  Por um instante, a maneira que ardeu a minha intimidade, pensei que Tae tinha sido irônico quando falou de gentileza, estava doendo, e era desconfortável de verdade, mas lá no final, bem aos poucos, sobre aquela dor eu pude experimentar outra coisa.
  Uma pequena dose que foi se instalando lá embaixo e aumentando conforme Tae saia e entrava outra vez devagar. Era forte e intenso de um jeito que bambeou as minhas pernas e me trouxe força de onde eu não sabia que ainda tinha pra corresponder.
  Voei na boca dele, arrancando de seus lábios um beijo tão apaixonado que fiz Tae perder o ar junto comigo quando entrou de novo.
  E de novo, e de novo, e eu já estava pendendo a cabeça e arranhando as costas dele instintivamente. Desesperada por mais, era insaciável, o prazer, o desejo... A pele dele na minha pele, o escutar se perdendo e perdendo o ar no meu ouvido. Ficando tão perdido quanto eu.
  - Oh Tae! - Gemi mordendo os lábios, e senti a mão dele apertar meu quadril, me segurando pra entrar mais rápido - Tae... - De novo, e de novo, e de novo. Até eu perder o fôlego, até ele perder.
  Mais rápido e mais direto, cada vez mais gostoso e prazeroso. De um jeito tão natural que eu me perdia naqueles toques, me perdia ao senti-lo dentro de mim. Balbuciava por ele e ele por mim.
  Era muito mais do que sexo, era amor de verdade, de um jeito tão lascivo e erótico que me deixou extasiada.

  Quando acabamos, eu mal conseguia me sustentar em pé, mas Tae aguentava, e me deu banho, cuidou de cada parte minha, e ao terminar me pegou no colo e levou pra cama. Nem acompanhei o que houve depois, do jeito que deitei no seu peito, me sentindo tão acolhida e dependente emocionalmente dele naquela hora, adormeci.

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