44 - Acidente

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  Ficou grande de novo😄😄mas valeu a pena! E já que vocês gostam, bom proveito! E não se esqueçam de votar e comentar💜.

  - Pro carro. - Mark, calmo e frio se dirigiu a mim, me pegando pelo pulso outra vez e eu senti a mão coçar por um tapa, mas me contive. A raiva incandescente, corroendo e borbulhando por dentro não me deixava fazer qualquer coisa que fosse além de odia-lo. E me odiar, por saber que se eu estivesse em seu lugar eu faria a mesma coisa.
  - Vai pro inferno.
  Foram as três palavras mais carregadas de ódio que eu já disse em toda a minha vida, e foram tão impactantes que Mark perdeu a cabeça de uma vez por todas. Contra o meu consentimento ele me agarrou pelo quadril e me jogou no ombro, tirando meus pés do chão.
  - Agora você vai pro carro. - Rosnou e começou a me carregar.
  Eu me debati e protestei até ser jogada no banco de trás, arranhando e tapeando qualquer região que soubesse que doía. Mesmo que estivesse atingindo a nós dois. Quando cai de costas no banco de trás, arquejando pelo baque, acabei levando Mark comigo, e ele caiu mesmo que sem querer em cima de mim, e a porta bateu com força atrás dele.
  - Isso vai ter volta! - Rosnei entre dentes e Mark, ofegando com uma mão a cada lado do meu corpo não resistiu e avançou. Me odiei mais quando aceitei a boca dele na minha, o toque pocessivo de seus dedos na minha cintura e o desejo irradiando dos nossos corpos enquanto ele devorava meus lábios e eu aceitava, passeando minhas mãos pelos cabelos vermelhos enquanto rodeava minhas pernas em sua cintura.
  Sem cerimônias Mark colocou as duas mãos na gola da minha regata, passeando em carícias pela minha garganta e então rasgou o tecido em dois, a violência de seus atos me deixou extasiada e não resisti gemer quando sua boca desceu pelo meu pescoço, mordendo minha pele, me marcando enquanto eu o apertava contra o meu corpo.
  O formigamento no corpo, a raiva e toda aquela pressão angustiante se misturando e nos enlouquecendo um pelo outro. Parecia que eu poderia ter um ataque cardíaco a qualquer momento, conseguia sentir, sem precisar olhar para constatar, as veias dos braços e pescoço se enegrecendo, até o meu celular começar a tocar.
  Resmungando e ofegante eu pesquei o celular no bolso, Mark me mordeu no ombro, marcando minha pele, por mais que tentassemos, não queríamos parar. Eu não queria parar.
  Quando apertei a tecla pra atender a chamada da Mallya, Mark foi pra minha boca, me impedindo de falar. Estava nervoso e parecia estar descontando de sua maneira a raiva em mim. E aquela era sua maneira de me enlouquecer. Mal atendi e a voz da Mallya ecoou pelo telefone.
  - Alícia precisamos de ajuda, o pneu da moto do Tae furou, estamos no meio do nada praticamente, numa ponte, está chovendo muito! - Ela começou a explicar um pouco alto e eu tive que me esforçar para não arquejar quando Mark deu um tapa ardente na minha coxa e mordeu meu lábio inferior, fazendo um corte fino no mesmo.
  - Eu devia punir você por tudo que me anda fazendo. - Rosnou ele no meu ouvido, a voz rouca de desejo e eu senti meu corpo inteiro arrepiar. Buscando todas as forças que ainda restavam para retrucar a ele e responder a Mallya.
  - Quem vai te punir sou eu! - Retruquei, e pareceu mais um comentário maldoso ofegante da minha parte do que uma ameaça, logo em seguida a Mallya já estava recapitulando do outro lado da linha.
  - Você vai fazer o que??
  - Estamos chegando. - Respondi e desliguei o celular antes que aquela conversa ficasse mais embaraçosa. Olhando para os vidros embaçados tentei conferir a força da chuva do lado de fora. Mark pareceu ter entendido que não dava mais para continuar, pois depois que eu desliguei, ele parou de me torturar e ficou me encarando.
  - Onde eles estão? - Perguntou arfando e eu notei que uma parte da manga de sua camiseta estava rasgada, aquilo era culpa minha, da mesma forma que os arranhões que estavam espalhados pelo pescoço e ombro de Mark. Mordi o lábio inferior tomando fôlego.
  - Atalho pra casa do Tae. - Respondi e joguei a cabeça pra trás para tentar recuperar o fôlego enquanto ele relutante saia de cima de mim. Quase o segurei para impedir, mas a responsabilidade falou mais alto. Logo em seguida me devolvendo a razão.
  - Eu preciso de uma camiseta. - Arfei me sentando e Mark me encarou de cima abaixo mordendo o lábio, os vidros estavam embaçados e a chuva parecia estar aumentando.
  - Tenho uma no porta-luvas. Vamos antes que eles peguem uma gripe. - Anunciou Mark e sem mais espera demos início ao caminho. Mark pulou pra frente, eu também logo em seguida, e assim que encontrei uma blusa preta no porta-luvas a vesti. Era quente, e depois de ter tomado um pouco de chuva parecia bem reconfortante até, mesmo que eu ainda pudesse sentir cada canto do meu corpo queimando.
  - Eu não conheço o atalho. - Mark avisou antes de ligar o carro e eu suspirei.
  - Vamos trocar.
  Com poucas manobras eu já estava no volante e Mark no banco do passageiro, ele vestiu o cinto e eu coloquei a primeira marcha pra sair.
  Quando passamos portão a fora do estacionamento da delegacia pisei fundo no acelerador, mudando uma por uma das marchas até chegar na quinta e eu estar correndo a 150km/h.

  Não deu dois minutos e já estávamos a alguns metros da ponte, mas eu não conseguia enxergar, não havia sinal da Mallya e nem do Tae, sequer da moto. Os limpadores no para-brisa mesmo com todo esforço mal proporcionavam vista para as pedras que formavam o chão da ponte.
  Entrei, diminuindo a velocidade, e tanto eu quanto Mark nos atentamos a qualquer sinal de vida.
  Continuei, não estava numa velocidade tão alta, mas quando avistei uma poça enorme diante de mim, que provávelmente se seguia até o final da ponte, fiquei em dúvida se reduzia. Meu pai já havia me falado que carros dançam na água, e tinha me dado instruções sobre o que fazer numa ocasião dessas. Mas a memória estava me falhando.
  - Alícia você sabe o que fazer? - Mark perguntou receoso e eu segurei o volante com mais força, ele estava deslizando, o carro parecia estar solto, perdendo todo o controle.
  - Eu não lembro. - Comecei a tirar o pé do acelerador, o pânico estava começando a me invadir.
  - Calma, diminui a veloc... - Mark começou a me explicar e por uma breve fração de segundos uma silhueta pareceu surgir no meio do nada, mas desapareceu tão rápido quando surgiu.
  - Acho que vi alguém! - Alertei e Mark olhou pra frente, pensei em diminuir mais, o volante levemente escorregando entre os meus dedos em punhos cerrados. O meu esforço para não deixa-lo virar estava me deixando mais nervosa do que já estava.
  A chuva continuava em seu ritmo turbulento, não dando vista pra nada, pelo menos até eu me deparar com dois seres e uma moto na minha frente. Pisei no freio com tudo!
  O carro dançou e o volante virou com força antes que eu pudesse segurar, mal tive tempo de tentar evitar o acidente e a Mallya pareceu ter se transformado em alguma coisa, que não era ela.
  O carro, que antes estava prestes a rodar, foi lançado no ar. Só deu tempo de gritar.

PRISON IIWhere stories live. Discover now