Capítulo 48

1.6K 141 1
                                    

Quando cheguei em casa eu estava me sentindo um caco. Joguei a mochila na escrivaninha e sentei na cama pensando que tirar um cochilo não faria mal. Quando eu estava começando a tirar o meu uniforme, o meu celular começou a tocar. O contato "herdeiro estúpido" apareceu na tela, fazendo o meu coração disparar de ansiedade.

— Companheira. Está livre?

— Oi! Estou sim! — Gaguejei de leve. Ainda parecia inacreditável demais acreditar que eu e ele estávamos namorando e que agora ele me trataria bem.

— Você está em casa? Vou aí te pegar! — Me pegar? Ele queria me ver? Senti um friozinho no estômago e mordisquei de leve meu lábio inferior enquanto tentava conter minha euforia. — E já avisa para a sua avó que vai jantar fora.

— Jantar? — Ele me levaria para jantar? Mas e essa história de namoramos escondidos? — Para onde vamos?

— Para casa. Caroline está com saudade, então meu pai pediu para te pegar e que deveria jantar conosco dessa vez. Caroline até está na cozinha aprendendo a fazer doces porque queria cozinhar algo para você.

— Uhn... — Então era só por causa da irmã dele? — Mas e você? Também sente a minha falta?

— Me encontre na esquina da rua nove em quinze minutos.

Antes que eu pudesse responder qualquer coisa ele já havia desligado a ligação.

— Sério que a primeira ligação do meu namorado foi para a irmã dele? — Murmurei comigo mesmo. Apesar disso, todo cansaço de hoje pareceu ter evaporado enquanto eu me trocava e corria para a porta da frente.

— Vó, vou sair. Não precisa me esperar para a janta.

— Parece animada! Aonde você vai?

— Na casa do alfa. A filha dele quer me ver. Ela tinha me pedido para ensiná-la a tocar piano, então talvez eu comece a ir lá com mais frequência. — Minha avó ficou boquiaberta. Dei um beijo rápido na bochecha dela e me despedi. — Até mais tarde! Depois te conto como foi.

Corri para a rua da frente e esperei na esquina como ele me pediu, olhando de relance para o relógio para ver se eu não estava atrasada. Esperei ainda quase cinco minutos antes de avistar o carro dele vindo em minha direção. A película de vidro escuro me impedia completamente de ver o que estava dentro, então fiquei em dúvidas se deveria simplesmente abrir a porta e entrar. Vendo a minha hesitação ele baixou o vidro e ordenou:

— Entra!

— Ok! — Assim que sentei e coloquei o cinto de segurança, senti meu corpo se desmanchar no banco. Era tão confortável! Além disso, estava feliz por estar com ele.

— Está cansada? — Perguntou-me. Suspirei profundamente e assenti positivamente.

— Estou. Não consegui dormir de noite, por sua causa... — Fiz um beicinho e cruzei os braços fingindo estar aborrecida.

— Bem, não quero ser o culpado por sua insônia. Talvez devêssemos terminar então.

— Você está falando sério? — Ele não respondeu, seu rosto estava inexpressivo, apenas focado na estrada à frente. — William, você estava brincando comigo de novo?

Senti meu coração se afundar. Namoro para mim é algo sério, então como ele podia dizer para namoramos e do nada soltar um rompimento desses menos de um dia depois? Senti as lágrimas escaparem dos meus olhos e não ousei a trocar mais palavras com ele.

— Chegamos. — Ele estacionara dentro da garagem. Rapidamente puxei a maçaneta e sai do carro. Eu não podia ficar um segundo a mais confinada com esse homem.

Destino: O herdeiro AlfaWhere stories live. Discover now