P2 - Capítulo 29

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Tomei um bom e longo demorado banho em meu quarto. A sensação de estar limpa e cheirosa é muito boa! Enquanto passava o creme hidrante na minha pele, não conseguia tirar da cabeça os últimos acontecimentos. Por qual motivo Edward queria me fazer acreditar que Fiona era o amor de Lohan? O que ele ganha com isso?

Vesti-me, penteei meus cabelos fazendo um penteado um pouco mais jeitoso e comecei a passar maquiagem. Minha mãe me dera um bom presente, pois essas coisas me ajudavam a me sentir mais segura de mim. Eu era bonita, e não perdia para Fiona em nada. Senti a energia de Lohan se aproximar da porta e sorri enquanto retocava o batom.

- Companheira, eu... - Ele ficou mudo assim que viu a forma como eu me produzira para ele.

- O jantar, certo? Vamos! - Essa percepção de intenção era uma arma e tanto. Me aproximei do meu companheiro e estiquei meus pés aproximando meu rosto do dele. Em vez de beijá-lo diretamente, apenas sorri e recuei. Minha intenção era só provocá-lo.

- Assim não! - Disse ele me puxando contra ele e reivindicando o beijo não dado. Seu beijo ardente e apaixonado não deixava dúvidas do que sentia por mim.

- Sinto muito! Falhei em te proteger. - Disse-me com a voz carregada de tristeza. Seus dedos deslizavam suavemente por meus braços enquanto seus olhos me sondavam com ternura.

- Preciso te dizer uma coisa. É importante! - Falei suavemente para ele. - Mas depois da janta. Estou faminta agora!

Lohan assentiu e tomei a iniciativa de segurar a mão dele. Estava feliz por estar de volta ao nosso quarto e mais ainda por estar perto dele. Assim que avistei a mesa de jantar, um casal se levantou imediatamente atento a nós. Podia dizer que meus pais não estavam nem um pouco preocupados por eu ter desaparecido por alguns dias.

- Majestade! - Meus pais cumprimentaram Lohan respeitosamente antes de se sentarem de novo.

"Definitivamente eles estão muito bem. Me preocupei por nada!" - Pensei enquanto me sentava. Comi em silêncio atenta aos sentimentos e reações deles. Esperava que fizessem ao menos uma pergunta sobre o que passei ou como me senti. Esperava que tivessem o bom senso de perguntar se eu ao menos eu estava bem.

- Vocês realmente são meus pais? - Perguntei abismada depois que terminei a refeição. Eles estavam a ponto de sair da mesa sem trocar uma única palavra comigo.

- De novo com isso, filha? - Perguntou minha mãe com um pouco de indignação. - Se está chateada com o que aconteceu, sinto dizer, mas você mereceu.

- Soubemos que desrespeitou o conselho dos anciões. - Interviu meu pai se colocando ao lado da minha mãe. - Alguns poucos dias presa é uma punição branda. Você saiu antes até do previsto. Não te criamos para agir por impulso!

- Pelo visto vocês não me criaram muito bem então. - Murmurei. A verdade é que eu praticamente me criei sozinha. Como podia esperar que eles me compreendessem.

- Filha... - Minha mãe suspirou profundamente. Seus sentimentos eram confusos, mas superficiais. Não parecia me levar a sério.

Olhei atentamente para os dois. Eles não vieram por conta, mas a mando de Damian. Provavelmente meu pai só me salvou daquela vez porque Damian mandou. Damian não estava aqui, então não podia contar com eles mais para nada. Agora só o que lhes importava era a missão deles.

- Quando me deram a Preciosa, pensei que eram os melhores pais do mundo, mas vocês nunca foram em um recital e nunca foram em único show que fiz. Vocês tanto queriam que eu me dedicasse a música, mas quando decidi ser cantora vocês viraram as costas para mim. Pai, quando minha loba despertou, lembra do que me disse? Que se eu não aguentasse o treinamento eu não era digna de ser sua filha. Eu tinha só doze anos naquela época! Para mim nada foi fácil, mas eu provei o meu valor e superei cada obstáculo com garra. Não vivi tudo isso para permitir que um bando de velhos que não sabe nada sobre mim me humilhem e digam que não sou digna!

Destino: O herdeiro AlfaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant