Capítulo 73 - Parte 2

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                 Celso estava deitado ao lado de Ana Laura. Os dois conversavam sobre a vida, e sobre o casamento deles. Celso contava mais sobre Portugal, e sua família, pois gostaria de levar sua esposa na próxima viagem.


         - Eu vou querer ir com você, com toda certeza!
         - E eu quero te levar, com toda certeza! (Risos).
         - Sua família não me conhece... Não ficaram mesmo chateados de não terem vindo para o nosso casamento?
         - Que nada! Tá tudo certo, não se preocupe.
         - Hum... E lá em Portugal, vais me dizer que não olhou para outra moça?
         - Não fale isso, Laura. Tenho olhos apenas para a minha esposa, e penso somente nela.
         - Eu já sabia disso... Mas queria ouvir outra vez.
         - Mas olha como você é...
         - Ah, meu amor, sorrindo assim, conversando assim... Até me esqueço da tempestade que está acontecendo.
        - Também consigo esquecer por um tempo... Mesmo que curto.
        - Você viu a reação do meu pai? Será que ficará com raiva de mim sempre?
         - Ele te ama, Laura! Eu entendo o que ele está sentindo, não é fácil descobrir que alguém que amamos, seja capaz de tanta barbaridade, principalmente sendo alguém como um pai.
         - Diz isso com tanta certeza.
         - Ah, meu amor, pela lógica... E também, eu sei bem como é.
         - Sabe?
         - Meu pai também não era muito boa pessoa, claro, não era o pior de todos os seres, mas muitas vezes custei a acreditar em suas atitudes.
         - Não fala mais, guarde apenas as boas lembranças que teve com ele.
         - E foram muitas, isso não posso negar.
         - Então guarde-as, lhe fará bem.
         - Eu sei bem disso, Laura.



                Hilde bateu na porta do quarto levando para eles o café da manhã.


          - Bom dia, senhores, eu trouxe o café da manhã.
          - Obrigado, Hilde! Pode deixar aí.
          - Certo, com licença!
          - Toda.


                   Celso levou a torrada com geleia de Ana Laura até a mesma, mas ela rejeitou.

         - O que foi?
         - Não sei, não estou com fome.
         - Laura, você está sem fome logo pela manhã?
         - É... Não sei, não sinto vontade de comer... Na verdade, eu nem quero olhar para a comida, me deu uma ânsia de repente.
         - Estás doente?
         - Não, é um mal estar, não se preocupe.
         - Não acha melhor chamar um médico?
         - Não precisa, fica tranquilo.
         - Sentiu-se mal assim, do nada?
         - disse, não é nada grave.
         - Estarei de olho em você, Laura.
         - Eu sei que sim, mas...
         - O que foi?
         - O cheiro está me deixando enjoada, pode comer um pouco afastado, meu amor?
         - Mas o que há com você, Laura? Fico preocupado.
         - Talvez eu precise de um pouco mais de sono.
         - Vou pedir a Hilde para fazer um chá para você, tá bom?
         - Tá certo, talvez me ajude.
         - Hum rum, eu vou lá, fica deitadinha.
         - Vou ficar.



Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now