A passeata pela liberdade - Parte 1
A tarde no Rio de Janeiro seria diferente. As pessoas veriam artistas e passeantes lado a lado, com a criatividade realizada, e um projeto a ser cumprido.
Berenice arrumava-se ansiosa, e tentava encontrar um colar que caísse bem com o vestido azul que escolheu.
- Filha... Conseguiu encontrar algum colar?
- Creio que terei que ir sem nenhum, nada fica bom! O que é uma pena, pois queria ir mais arrumada no dia de hoje.
- E vai! Toma.
- O que é isso?
- Abre a caixinha, minha filha!
- Mamãe... Mas esse é o seu colar de pérolas, quase não o usa.
- Usei em datas preciosas para mim. Era da minha mãe, e agora é seu. Use sempre que achar especial, e fica lindo com qualquer vestido.
- É maravilhoso, mamãe... Muito obrigada! - Berenice abraçou Maristela. - Mamãe, eu preciso conversar rapidinho com a senhora.
- O que foi?
- Não pense que vou lhe dizer só pelo colar, já passou da hora de lhe contar.
- Estou curiosa, Berenice!
- É que... Por favor, não se sinta traída, não fique chateada, eu escondi apenas pelas coisas ruins que vinham acontecendo...
- O que você me escondeu, Berenice?
- É sobre o Lúcio, é que... Nós dois estamos nos relacionando além de uma amizade, estamos juntos. Mas eu juro que esconder isso foi idéia minha, ele sempre quis contar de uma vez, eu que o impedia.
- Meu Deus, eu ouvi isso mesmo?
- Me desculpa, eu deveria ter contado, pedido permissão, não pensei direito.
- Por quanto tempo achou que esconderia isso, Berenice?
- Eu não sei, mas estou arrependida, lhe juro!
- Desde quando estão juntos?
- No dia do jardim, ele não havia acabado de chegar, ele chegou muito tempo antes, e se declarou para mim.
- Ah sim? Pois eu já sabia.
- Como? Não é possível.
- Não disse nada, esperei você me dizer. Nesse dia lá no jardim, o doutor tinha as mangas da camisa levantadas, ainda tinha terra nas mãos, obviamente não saiu do consultório daquele jeito.
- Ah, mamãe...
- Desconfiei, e você não sabe mentir, nem disfarçar. Sempre suspirando, saindo mais vezes, recebendo flores cartões... Seu pai e eu esperamos essa conversa durante todo esse tempo.
- Está chateada?
- Bem pouquinho. Estás feliz?
- Muito! O Lúcio é maravilhoso, e acho que alguém certo para mim.
- Então traga ele aqui, vamos resolver melhor isso, sim?
- Se soubesse como me sinto aliviada! Agora minha felicidade está completa.
- Também estou aliviada que finalmente se abriu comigo.
- Agora entendo algumas indiretas que ouvi todo esse tempo. - Risos.
- Agora vamos, minha filha, ou perderemos o início!
- Maria Vitória vai nos esperar, com certeza!
- Mas aposto que ela não quer perder um minuto! Ah, estou tão orgulhosa de vocês, essa ação será lembrada no futuro.
- E mal posso esperar para começar! Me ajuda a colocar o colar?
- Vem aqui... Pronto, está linda! Agora vamos, seu pai nos espera na sala.As duas chegaram na sala apressadas, mas foram surpreendidas.
- Querida... Eu já ia chamá-la, tens visita.
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...