Capítulo 90 - Parte 2

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                         Fausto chegou até a entrada da fazenda, e deparou-se com Lázaro que estava de saída.




         - Fausto... Surpresa! O que houve?
         - Senhor Lázaro, que bom vê-lo! Na verdade, eu tive grande sorte em ainda encontrá-lo aqui.
         - Por que me diz isso?
         - Eu quero entrar na fazenda, para conversar com a dona Cila e a Dandára. Eu posso?
         - Bem... A dona Cila está desocupada na cozinha, já a Dandára é melhor não atrapalhar os fazeres dela.
         - Entendo.
         - Imagino sobre o que veio falar... Seria sobre você e Maria Vitória?
         - Sim, sim.
         - Foi o que pensei. Ouça, se quiser, entre e converse com a tal Cila, eu tenho certeza que será como conversar com as duas.
         - Tens razão!
         - Você tem a minha permissão, rapaz. Boa sorte!
         - Obrigado!   - Fausto passou pela porteira.






                     Dona Cila catava feijões na mesa da cozinha, e se surpreendeu quando percebeu a visita de Fausto.




         - Fausto? Rapaz... Que surpresa maravilhosa!
         - Dona Cila, permita-me entrar em vossa cozinha?
         - Nem precisa pedir, meu filho. Entra, por favor!   - Ela o abraçou.   - Essa cozinha nunca foi minha, mas vivo aqui. Sente-se!
         - Obrigado!
         - E então, a que devo a honra dessa visita? Veio para ver o senhor Lázaro?
         - Não, eu já o vi, estava de saída. Eu vim mesmo para conversar com a senhora, e com a Dandára.
         - Com nós duas?
         - Sim, mas o senhor Lázaro disse-me para não atrapalhar os fazeres de Dandára, então falarei apenas com a senhora.
         - Rapaz, meu coração se apertou. Foi alguma coisa com a minha neta, não foi? Fala logo, o que aconteceu com ela?
         - Calma! Até onde eu sei a Maria Vitória está bem, não se preocupe.
         - Ah, menos mal.
         - Mas o assunto diz respeito a ela sim, aliás, a nós dois.
         - Pois conte-me, o que há?
         - Dona Cila, eu terminei o meu compromisso com a Maria Vitória.














                     Berenice retornou para casa, e encontrou Maristela saindo da cozinha e a recebendo na sala.




         - Chegou minha filha... Que bom!
         - Estou sentindo um cheirinho... Hum... Por um acaso fez bolo?
         - Eu tentei, verei se ficou bom, está no forno.
         - Tenho certeza que ficou ótimo!
         - E quanto a você? Me parece animada. Como foi o passeio?
         - Muito bom! Encontrei o Lúcio e falamos sobre o nosso projeto. Mamãe, sinto que tudo dará certo.
         - Me alegra muito te ver tão feliz, minha filha.
         - E o meu pai, onde está?
         - Ele saiu, mas não deve demorar.
         - Já a senhora... Está um pouco desanimada, não?
         - Só estive pensando, refletindo sobre a vida, nada de mais.
         - Sabes que pode sempre conversar comigo, não sabe?
         - Eu sei, meu amor. Te digo o mesmo... Pode contar tudo para mim, pode confiar, sou sua mãe.
         - Eu sei disso, e conversaremos muito ainda, pode ter certeza!
         - Muito bom ouvir isso, Berenice.
         - Agora com licença, eu preciso trocar de roupa. Nos encontramos na cozinha para experimentar o bolo, sim?
         - Claro! Eu te espero.















Escrava Sinhá [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora