Capítulo 62

155 13 7
                                    











                    A carruagem que levava Iracema, e Rosário, chegou até perto da Fazenda.



         - Está pronta?
         - Se estou, viu... Mas espere, você tem que me amarrar.
         - Pra quê?
         - Para que pareça mais real.
         - Dê seus pulsos.




                   Rosário esticou.




         - Agora Iracema puxa Rosário com força, e Rosário faz cara de sofrida.
         - Exatamente!
         - Iracema tem vontade de atirar flecha em Barão.
         - Todos nós temos vontade disso, Iracema.
         - Barão é muito ruim, natureza não gosta de ser ruim!
         - Não mesmo...
         - Vamos?
         - Agora mesmo!




                  Rosário respirou fundo, e desceu da carruagem, sendo puxada por Iracema.








                   Chegando na fazenda, Iracema foi recebida pelo capataz que a reconheceu.



         - A senhora aqui de novo?
         - Selma quer falar com Barão. É... Eu quer falar com Barão. Vim devolver escrava!
         - Mas já? Algum problema?
         - Quero falar com Barão!
         - Sim, senhora. Só um instante.




                 O capataz entrou, e anunciou a chegada da tal senhora.



         - Ela está aqui? De novo?
         - Sim, senhor. Ela trás a escrava que o senhor vendeu para ela... Parece insatisfeita.
          - Insatisfeita? Não pode ser! Traga ela para cá.
          - Tem certeza?
          - Mas é claro! Estou mandando!
          - Sim, senhor, com licença!



              Rosário avistou o capataz chegando, e voltou a se fazer de cansada. Iracema a puxou pela corda, e esperou que o capataz ordenasse sua entrada.


         - Entre, senhora, por favor!
         - Obrigada! Onde Barão está?
         - No casarão, entre!
         - Sim, claro! Vem logo... É... Escrava inútil!



                 Iracema piscou para Rosário, e a escrava sorriu, fingindo estar sofrendo nas mãos da senhora.









                  Iracema chegou ao casarão, e foi recebida por Leopoldo, que a olhou de maneira estranha, e para ela assustadora.



         - Senhora Selma?! Olha só... De volta?!
         - É... Sel... Eu vim devolver escrava.
         - Devolver? Mas o que houve, minha querida?
          - Resolvi que prefiro escrava velha, marido é assanhado! Escrava velha é mais segura.
           - Eu entendi... Vais dizer que essa escrava jovem chamou a atenção de vosso marido?
           - Sim! É uma inútil, eu não quero!
           - Pois muito bem, será uma escrava velha para você... que, pelo mesmo preço da outra.
           - Está bem, aceito!
           - Deseja escolher a escrava agora? Deverias esperar um pouco, podemos conversar.
            - É... Tá bem.



Escrava Sinhá [Concluída]Donde viven las historias. Descúbrelo ahora