Capítulo 55

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                    Berenice chorou, e foi para a casa de Ana Laura.


         - Me odeia, eu sabia...
         - Ah, para Berenice, você nem sabia que ele tá vivo.   - Questionou Virgínia.
         - Para, Virgínia, por hoje... O Tião está vivo, estou feliz... Porém, me odeia, me odeia com forças.



            Ana Laura a abraçou.



         - Não fique aflita, tudo acabará bem. Ele estava surpreso em te encontrar, e furioso com tudo o que aconteceu... Sabe-se lá o que ele passou.
         - É...
         - Mas ele está vivo, minha prima, está vivo! Não se alegra? Você não é responsável pela morte dele, ele está livre. Te odiando ou não, ele está vivo, alegre-se!



              Berenice abriu um sorriso.




         - É verdade... Está vivo! Devo me alegrar, e agradecer!
         - Exatamente, meu amor! Pense bem, quem sabe a vida não lhe dará a oportunidade de se explicar para ele, o que acha?
         - Verdade, Ana Laura, Verdade!    - Berenice abraçou a prima.   - Mas... Quem deveria ser aquela Iracema?
         - Disso eu não sei, mas com certeza, deve ter o ajudado muito!




                 Berenice ficou pensativa, mas voltou a lembrar-se, de que, novamente esteve com Tião.








                    Dandára implorava aos capatazes para ela ver Cila, para que a mãe, pudesse interceder por Maria Vitória, e Rosário, perante o Barão. Porém, tudo foi em vão, os capatazes não lhe ouviam, e seu coração se apertava, como o coração de uma mãe sentindo as dores de um filho.





               Cila ficou sabendo do ocorrido através de outras escravas. Desesperada, correu até o escritório do Barão, e abriu a porta sem nem bater.



         - Mas o que é isso? Você enlouqueceu?
         - Vim exigir, ouça bem, exigir que solte as meninas.
         - Mas de que meninas está falando, velha abusada?
         - Falo da Rosário, e da Maria Vitória, que estão amarradas no tronco.
         - Não estou sabendo disso, e muito menos me importo. Saia daqui!
         - Não saio! Não saio de nenhuma maneira. Solte! Solte as meninas, ou eu gritaria para os seus três filhos tudo que eu sei!




                  Leopoldo levantou-se, bateu na mesa, e segurou o vestido de Cila, perto do pescoço.



         - Está me ameaçando?
         - Nem que eu morra, mas eu conto!
         - Cala a boca sua infeliz! Não tem o que falar. Se quer tanto falar, fale o que VOCÊ FEZ!    - O Barão a soltou, e correu para a porta.    - Ciprianoo! Oh Ciprianoo.    - Gritou ele.



Escrava Sinhá [Concluída]Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ