Escrava Sinhá [Concluída]

Capítulo 22

                  Branca pediu que servissem algo para que pudessem comer. Lázaro chegou, e surpreendeu-se com as visitas.

           - Minha irmã?! Olha só, mas que surpresa boa!

                   Lázaro cumprimentou Maristela, e também Berenice. Perguntou por Peixoto, e virou-se para Celso.

           - Você por aqui rapaz?
           - Pai, esse é o Celso. Ele estava no almoço feito para Maria Vitória e o pretendente dela, se lembra?
           - Claro que lembro, como vai rapaz?
           - Muito bem, e o senhor?   - Celso respondeu de forma educada, apertando a mão de Lázaro.
           - Então... Quais a novidades que temos hoje?

           - Meu amor, Celso veio para conversar com você.    - Disse Branca um pouco séria, mas também estava animada.
           - Está bem. Vamos para o meu escritório.

                  Celso levantou-se, e seguiu Lázaro. Fecharam a porta do escritório, e lá mesmo tiveram a tal conversa.

           - Está me pedindo permissão para namorar uma de minhas filhas?
           - Sim Senhor. Quero assumir um compromisso sério, até já penso em casamento.
           - Calma, Rapaz!  - Risos.  - Qual das duas?
           - Ana Laura.

                  Lázaro abriu um sorriso.

           - Bom... Sabe, está pedindo para ter como sua um dos meus bens mais preciosos. Não é a mais, pois tenho ainda minha esposa, e minha outra filha.
           - Eu entendo o quanto vocês são apegados. E senhor, eu tenho as melhores das intenções com Ana Laura.
           - Se interessou tão facilmente por ela?
           - Com todo respeito, Senhor Lázaro. Mas não tem como não se encantar, interessar, e até se apaixonar pela Ana Laura.
           - Ela é uma menina de ouro. Gosta de você?
           - Bom... Tudo indica que sim.   - Celso deu um sorriso bobo.
           - Então está certo! Sem problema nenhum. Se vocês dois se gostam, tudo bem, podem assumir compromisso.
           - Ah, Senhor Lázaro, muito obrigada!

                  Celso sorriu maravilhado com a situação.

           - Só irei lhe fazer um único pedido. Que não magoe ela, faça muito a minha filha feliz.
           - É tudo que eu mais quero!

                  Ana Laura esperava inquieta na sala.

           - Ana Laura meu amor, eu te adoro, mas já estou ficando zonza com você andando pra lá e pra cá...
           - Ai tia, será que meu pai irá permitir?
           - É claro que ele vai, seu pai é como eu, a favor do amor... Assim... Nem sempre, mas te garanto que ele deixará!
           - Ah, tia. Só a senhora para me fazer rir, não é mesmo?
          - Bom... Eu tento. Não fique nervosa, não tem motivos, não é mesmo, Branca?