Maria acordou tristonha, e correu para o pequeno jardim na frente da casa, sentando-se na calçada, com os olhos cheios de lágrimas. Os pés de alguém a fizeram levantar rapidamente a sua cabeça, e um sorriso bobo lhe surgiu.
- Fausto?!
- Me perguntei se era muito cedo para vim vê-la, mas pelo visto não é.
- Que bom tê-lo aqui! - Ela se levantou e o abraçou.
- Ontem mesmo a Rosário me contou... Eu sinto muito, Maria Vitória! Imagino o quão difícil deve ser lidar com isso.
- Agradeço por vim até aqui. Realmente não está sendo fácil. Por favor, entre!
- Não, obrigado! Eu não ousaria entrar, mas dê os meus pêsames para a dona Eugênia e para a senhora condessa, sim?
- Claro! Serão gratas, tenho certeza.
- Eu não vim para demorar, apenas queria que soubesse que estarei aqui para o que precisar. Sorte encontrá-la na frente de casa!
- Sou muito grata pela sua gentileza, Fausto. Agradeço de coração!
- Bem... É... Eu a convidaria para um café, mas... Imagino que prefira ficar com a sua mãe e avó, não é?
- Você teve um certo! Elas precisam de mim. De qualquer maneira, tua presença já me melhorou bastante.
- Jura?
- Sim... Digo... Um abraço amigo.
- Entendi. Já comunicou o resto da família?
- É verdade, preciso falar... Fausto, comunique a Celso e Ana Laura, sim? Os demais falaremos aos poucos.
- Claro, farei o que pediu.
- Obrigada!
- Eu vou precisar ir agora... Ficará bem?
- Como eu disse, estou bem melhor!
- Perfeito! - Ele a abraçou. - Até logo, Maria!
- Até logo, Fausto!Maria sorriu, e tornou a entrar em casa. Ao fechar a porta levou um susto, ao ouvir sua avó adotiva, a condessa, lhe falar.
- Deveria ter convidado o seu noivo para entrar.
- Ai... Eu não vi que estava aí.
- Vim ver o dia da janela, e lhe avistei conversando com o seu noivo.- Como? Fausto esteve aqui? - Indagou Eugênia ao descer a escada.
- Educadamente ele veio me trazer apoio, inclusive o deixei encarregado de informar Ana Laura. Os outros enviaremos cartas para a missa.
- O rapaz já foi embora? Pensei que o convidaria...
- Convidei, mas ele não ousaria entrar. De qualquer forma, ele deixou os pêsames.- Mas como o seu noivo não ousaria entrar? Nem estás sozinha.
- Vó, o Fausto não é mais o meu noivo.
- Como não é mais? Que horror! Maria Vitória, precisa de um novo pretendente já! Mas o que houve para dispensar o rapaz?
- Tenho certeza que teremos tempo o suficiente para conversar sobre isso. Agora não é o momento.- Isso é verdade. Devemos nos preparar para a abertura do testamento. Eu ainda custo acreditar que estou falando isso...
- Não vai chorar outra vez, minha filha. O seu pai não estará satisfeito com isso!
- Hoje a tarde mesmo nós vamos na igreja, mamãe. Precisamos marcar a missa para o domingo.
- Como você quiser, minha filha! Agora enxugue essas lágrimas, deve se conter, ficar firme, todas nós!
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...