Capítulo 13

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       Leopoldo levantou-se e gritou:



       - Saia já daí, Berenice!
       - Venha, Berenice!  - Gritou Peixoto, ele foi atrás da menina.
       - Ai meu Deus, tira ela de lá, Peixoto!   - Disse Maristela.




               Rosário saiu de perto de Dandára, e correu até o local.



       - Você ouviu a Sinhá, pare com isso!  - Disse ela.
       - Saia já daqui sua escrava atrevida! Ou você será a próxima.



       - Não! Por favor, pare, não os machuque mais!  - Gritou Berenice.






               Ana Laura e Maria Vitória ficaram sem reação. Leopoldo estava revoltado, enquanto os outros homens e mulheres, não sabiam o que fazer.
Peixoto segurou o braço de Berenice e disse.


       - Vem Filha, saia já!
       - Pai?! O Senhor concorda comigo, não é?



          Berenice começou a chorar, e Peixoto lhe falou:



       - Filha, não vamos falar sobre isso aqui, por favor!
       - Meu pai, sei que és um homem bom... Me diz... Acha que o que está acontecendo aqui, é certo?




                Peixoto olhou para Cipriano, e disse:



       - Por favor, não o castigue mais.
       - Aqui as ordens vêm do Barão, senhor.



       - Está ouvindo filha?! Vem, o seu avô pode impedir isso.
       - Isso não é justo, meu pai!




                  Celso se aproximou do Barão, e disse-lhe:



       - Senhor, eu sei que sabes o que fazes, mas acho que esse escravo não terá coragem de fugir novamente. Pense comigo, se castigá-lo ainda mais, ele não terá forças para fazer o trabalho pesado, e garanto que o Barão não quer um trabalho mal feito, não é?





                 Leopoldo olhou para Celso, concordando com o que ela lhe falou.
Ana Laura olhou para Maria Vitória, e disse:



       - O que será que Celso fala com o nosso avô?
       - Eu não sei. Mas minha maior preocupação é com o escravo, e com a Berenice, veja, o tio Peixoto está tentando convencê-la a sair dali.




       - Vocês duas não vão atrás da nossa priminha, e se manifestar ao lado dela?  - Perguntou Virgínia, em tom de ironia.
       - Minha vontade era de acabar com todo esse sofrimento.  - Respondeu Ana Laura.
       - Pois eu acho que Berenice só quer chamar atenção. Imagina só, o escravo fugiu, tem que ser punido!



       - Como pode falar com tamanha frieza, Virgínia?  - Perguntou Maria Vitória.
       - Eu sou sincera, e estou com a razão.





Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now