Capítulo 80 - Parte 1

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7 dias depois...









                Maria Vitória e a família estavam na missa de sétimo dia do Leôncio. Após a celebração, se reuniram na porta da igreja, cumprimentando aqueles que haviam ido dar o apoio necessário.



         - Foi uma missa muito bonita.  - Disse Branca.
         - Sim, realmente. O padre celebrou muito bem, e com palavras muito bonitas.  - Respondeu Eugênia.
         - O que você vai fazer agora, Eugênia? Bom... Não quero que pense que a estou expulsando da minha casa, jamais! quero entender... Essa situação é tão...
         - Eu sei o que farei, e para aonde vou. peço para ficar mais alguns dias em sua casa, até que o Barão seja mesmo preso de maneira permanente.
         - Não vai dizer para aonde vai?
         - Não, ainda não. Com licença, eu vou cumprimentar as outras pessoas.
         - Claro!



         - Como está se sentindo, prima?
         - Bem Berenice, na medida do possível, posso dizer.  - Respondeu Maria Vitória.
         - O que vai fazer depois daqui?
         - Vou me despedir dos meus avós, esperar viajarem, e depois vou para a fazenda. Preciso ver a minha mãe, minha avó, e o Edmundo... Ele está bom daquela surra que lhe contei, mas quero ter certeza de que não precisa de outra coisa.
         - Eu ainda não entendi a tal surra, o nosso avô fez isso apenas por maldade?
         - Posso dizer que sim, mas há outra coisa por trás.
         - E o que é?
         - Depois eu te conto, prometo.
         - Posso ir com você até a fazenda? Os capatazes estão permitindo a sua entrada, podem permitir a minha também.
         - Claro que pode! Mas aviso, eu nunca mais entrei no casarão, fui até a frente, apenas.
         - Não é do meu interesse entrar lá também. Afinal, nem seria possível, o casarão ainda pertence ao nosso avô.
         - Não diga "nosso avô", o Barão não tem parentesco algum comigo, ele mesmo me disse inúmeras vezes.
         - Certo, não direi mais nada sobre isso, sei como se sente.
         - Eu agradeço muito.



         - Que calor horrível! Ai, essa igreja estava cheia, hoje... não saí de lá de dentro para não parecer mal educada.
         - Virgínia, seria de muita falta de educação mesmo se você tivesse saído no meio da missa.
         - Ana Laura, o papai que não deixou. Aquilo tudo estava muito chato!
         - Melhor não começar a falar sobre, ou vai soltar alguma besteira.
         - bom, bom... Pois eu quero ir logo para a minha casa.
         - Não vai não. Os condes vão embora daqui a pouco, nossos pais querem se despedir.
         - Que coisa chata! Isso tudo está muito cansativo, e ainda terei que me despedir daqueles dois idosos?
         - Para! Alguém pode ouvir... Escute, Virgínia, se você ficar eu prometo que não se arrependerá. Fiquei de ver alguns tecidos para novos vestidos, pois veja, esse está apertado na minha cintura, mal fecha. Você pode me ajudar!
         - Ótimo! Servirei de dama de companhia para você, Ana Laura.

Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now