Capítulo 36

181 23 10
                                    










                    Berenice chegou na casa dos seus pais. Ela entrou correndo, direto para o quarto, e se trancou.
Maristela chamou por ela, mas ela não lhe respondeu, e isso causou o estranhamento dos pais, e Peixoto foi falar com o cocheiro, para saber o que havia acontecido.



         - Olha, senhor. Ela foi animada, e chegou na fazenda muito empolgada, mas voltou triste, sem falar nada durante todo o caminho, e várias vezes percebi que ela estava chorando.
        - Meu Deus, mas o que aconteceu?
        - Sem querer me intrometer, senhor, mas eu acho que tem alguma coisa a ver com as aulas dela, e o avô. Hoje ela não deu as aulas, e ouvi gritos vindo do casarão.
        - Muito obrigado pela informação!
        - Por nada, senhor! Licença.





                    Peixoto entrou dentro de casa furioso, e Maristela ficou sem entender.



        - Me diz, o que aconteceu?
        - Eu também ainda quero entender, mas com certeza seu pai fez alguma coisa.
        - O cocheiro disse isso?
        - Disse que Berenice não deu as aulas hoje, e que ouviu gritos vindo do casarão.
        - Misericórdia! Então vamos logo saber o que aconteceu.
        - Sim, vamos.



                        Maristela chegou no quarto de Berenice, ao lado de Peixoto, e chamaram pela menina.



        - Berenice, abra essa porta, filha! Sua mãe, e eu, queremos conversar com você.
        - Me deixem sozinha, por favor!
        - Nada disso, Berenice. Abra a porta, agora!
        - Por favor, me deixem quieta!
        - Filhinha, o que está acontecendo?   - Perguntou Maristela.
        - Eu quero ficar sozinha, prometo que depois falarei com vocês.




                 Peixoto ficou nervoso.




        - Calma, meu amor. Vamos deixar ela sozinha um pouco.
        - Você ouviu a voz dela? Está chorando!
        - Sim, eu ouvi, mas temos que ter muita paciência. Vamos respeitar o tempo dela, e então quando estiver pronta, falará conosco.
        - Você tem razão.



                Maristela falou com a filha:



        - Filha, nós estaremos na sala. Quando quiser conversar, nos chame, que nós vamos te ouvir.
        - Está bem. Obrigada!





                Maristela e Peixoto saíram, mas ainda preocupados como que poderia estar acontecendo.









                   Maria Vitória estava preocupada, queria falar com Berenice, ela precisava saber como estava a prima. Enquanto isso, Eugênia comentava com Leôncio sobre o ocorrido, e recebeu uma carta, que avisava que seus pais se mudaram para São Paulo, e na carta havia o endereço. Ela ficou surpresa, mas era típico da sua mãe enjoar fácil de um lugar.






Escrava Sinhá [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora