Capítulo 23

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                  Dandára olhou para Maria Vitória, a menina estava assustada, e chorava com desespero.



         - Maria... Maria Vitória?!
         - Eu... Eu não sei o que deu em mim. Me perdoe, Dandára!
         - Não, você não tem que se desculpar.




                  Maria olhou para Dandára completamente assustada.



         - E agora, será que ele está morto?
        - Morto?! Pelo amor, não diz isso, menina.
        - Eu não quero ficar com um morto na consciência...




                   Dandára chegou perto de Cipriano, e ouviu sua respiração forte, e seu coração batendo.



         - Não... Ele não morreu, fique calma! Uma pessoa ruim não morre tão fácil.
        - E agora?
        - Agora vamos sair daqui.
        - E deixá-lo?
        - É o único jeito.




                  Cipriano pareceu estar acordando, pois apertava os olhos, como se estivesse sentindo uma forte dor.



         - Vamos sair logo, não temos tempo. Ou eu fico e você vai.
        - Não! Isso não. Não vou sem você.
        - Não diz isso.
        - Eu estou com medo, Dandára.
        - Maria Vitória, por favor, confia em mim. Saia daqui!
       - Vem comigo, por favor. Se você ficar, com certeza ele vai acordar, e se vingar de você, sendo que eu o bati.



                 Maria Vitória soltou a madeira que estava em suas mãos.



         - Por favor, eu estou assustada.
         - Vem comigo, agora!





                  Dandára pegou a mão de Maria Vitória. A menina olhou em seus olhos e também segurou sua mão.




         - Vai ficar tudo bem, Maria Vitória. Eu prometo!







                  Dandára puxou Maria Vitória e as duas saíram correndo para longe da pequena casa. Elas corriam desesperadas, não sabiam aonde iriam, onde ficariam, estavam inseguras.



         - O céu está escuro, deve começar a chover.
         - Vamos para o estábulo.
         - Junto aos cavalos?
         - Ninguém irá nos procurar, lá, Dandára.
         - Maria Vitória?!
         - O que foi agora?



                   Dandára a olhou nos olhos e segurou em seu rosto.



         - Muito obrigada!
        - Não me agradeça, Dandára.
        - É necessário. Como você chegou naquele lugar?
        - Vamos para o estábulo, lá eu te explico.




Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now