Capítulo 43

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               Após sair da Fazenda de Maristela, Ana Laura seguiu para a do seu pai.



                  Ela chegou, e claro, muito bem recebida.



         - Filha! Que bom que você veio!
         - Eu disse que estaria sempre vindo, mamãe.



        - É muito bom te ter aqui, filha!
        - Obrigada, papai! Bom mesmo é estar com vocês... Onde está Virgínia?



         - Já estou aqui!  - Disse Virgínia, saindo do corredor, e abraçando a sua irmã.
         - Olha só, como ela está diferente! - Disse Ana Laura sorrindo.
         - Diferente como?
         - Está mais animada, e até mais bonita.
         - Pensei que fosse impossível ficar mais bonita do que sou.
         - É possível sim, mas você nunca muda totalmente, não é?
        - Essa sou eu.  - Virgínia sorriu.



                   Ana Laura sentou ao lado da irmã, e de seus pais.



         - Tenho algo para dizer para vocês.
         - Pode falar filha, seu pai e eu estamos te ouvindo.
         - Estão ouvindo, mas não sei se irão acreditar...
         - O que foi, Ana Laura? estou assustado.  - Perguntou Lázaro.
         - É que... Maria Vitória não é filha biológica da tia Eugênia.



         - O QUÊ?  - Perguntaram todos de uma vez.



         - É isso mesmo que ouviram.
         - Mas o que estás a dizer, Ana Laura? Isso não é possível!
         - É possível sim, minha irmã. Essa é a verdade. Maria Vitória é filha de uma escrava da Fazenda, e foi tomada da mãe quado recém nascida.




                   Virgínia levou a mão na boca, e ficou sem acreditar.



                     Ana Laura contou a história que ouviu de Maristela, e isso deixou Lázaro revoltado.



         - Bem que a Maristela sempre falou que havia algo de errado naquela gestação... Meu Deus...
        - É difícil acreditar, meu pai. Mas justamente a tia Maristela estava lá, e viu tudo, até o momento em que foi revelada a verdade.
         - Meu Deus... Mas que tipos de segredos ainda existem nessa família? Como o meu irmão foi capaz de esconder a mãe biológica da filha dele? Terei que ter uma conversa com ele!




      Branca se direcionou ao marido.




         - Meu amor, fique calmo! Eu... Também estou completamente sem acreditar, mas...
         - Mas nada, Branca! Acha isso comum?
         - Não meu amor, eu não acho, mas... Por favor, não vá falar com o seu irmão.
         - Ele, Eugênia, o meu pai... São todos iguais, Branca! Que ódio, e que desgosto dessa família...



Escrava Sinhá [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora