A condessa do Rio de Janeiro desceu para tomar um chá. O dia estava ensolarado e Maria Vitória já estava na mesa, terminando de comer uma torrada.
- Bom dia, vó! Como dormiu?
- Bem, obrigada! E Eugênia, onde está?
- Ih, ela saiu agora pouco, mas não sei para qual destino.
- Saiu sem dizer nada?
- Só avisou que passará a manhã fora, e eu também vou!
- Vai sair? Mas... E eu? Ficarei sozinha?
- Bom, se quiser, fico com a senhora.
- Não! É melhor que vá para o seu compromisso, não quero ser um peso.
- De jeito nenhum! Ia visitar uma das minha primas, mas não há problema em ficar aqui.
- Estou ordenando que vá! Faça o que tiver de fazer, sem a minha pessoa impedindo.
- Ficará mesmo bem?
- Óbvio! Se queres sair, vá sem medo.
- Mas então eu acompanho a senhora no café da manhã!
- Pensei que já tivesse terminado.
- Terminei, mas lhe farei companhia.
- Ótimo! Assim lhe contarei como eram os chás da tarde em minha casa na sua idade.
- Ah, não se preocupe, já me contou muitos vezes quando morei com a senhora e o meu avô.
- Você era pequena, cresceu e parece que esqueceu tudo. Eu vou contar do início, e se lembrará dos meus bons modos.
- Ah... Claro! - Ela revirou os olhos. - Pode começar.Berenice usava um vestido azul com branco, e um belo chapéu com flores. Estava sorridente, e chegou até os pais entre risos doces.
- Vejo que alguém acordou bastante feliz. Vais sair, minha filha?
- Sim, papai! Estou indo para o antigo armazém, Lúcio e eu daremos início ao projeto tão desejado.
- Mas que ótimo, que alegria! Precisa de ajuda?
- Não, nesse momento não. Vamos limpar, ver o que precisa ser feito, reformas e outras coisas para iniciarmos de vez nossos planos.
- Estou muito orgulhoso de você, minha filha!
- Aliás, nós estamos! Berenice é lindo ver a sua alegria e satisfação, minha filha.
- Tenho até borboletas na barriga de tão feliz! Mas eu já vou, mamãe, Lúcio já deve estar me esperando.
- Filha, não vai comer nada antes de sair? Se não, nem se aguentará em pé.
- Uma maçã é suficiente! E posso comer algo na confeitaria, não se preocupe.
- Que horas vai voltar?
- Talvez eu fique o dia fora, mamãe. Ainda não sei.
- Ai ai... Vai, pode ir. Depois vamos aparecer por lá.
- Será muito bom!
- Mantenha distância do Lúcio, ouviu? Não quero burburinhos por aí sobre o antigo armazém.
- Mamãe?!
- São as pessoas, Berenice... Algumas pessoas.- Deixe que ela vá realizar o que tanto quer. Vai filha, não deixe-o esperando, sim?
- Não vou deixar. Eu amo vocês! - Ela saiu apressada.- A felicidade dela é a nossa também, não é?
- De fato, sim, Maristela!
- Tão preciosa que é a Berenice, me acalma o coração saber que ela está em harmonia com a vida.
- Logo todos nós estaremos assim, meu amor. Eu prometo!
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...