No gabinete do ministro, Lázaro, Maristela, Eugênia, e Maria Vitória estavam reunidos para ouvir o que ele tinha para dizer.
- Eu quero saber da minha mãe! Ela está bem?
- O Barão felizmente foi impedido por um dos cativos e dois capatazes.
- Está louco! É um perigo para qualquer um que vive ali, senhor. Como souberam de tudo isso?
- Um capataz avisou o seu tio Lázaro do surto, e hoje cedo o seu tio me avisou. É mais grave do que imaginei.
- Tem que prendê-lo outra vez! Nem mesmo doente deixar de fazer ruindades?
- Entendo a sua revolta, Maria Vitória. Mandei chamar a defesa do Barão para uma reunião, não terá outro jeito, terá que ser detido, mas com todos os cuidados e precauções de saúde.- É um absurdo! Esse homem poderia ter atacado a Dandára, e sabe-se lá mais o quê!
- Dona Eugênia, acalme-se, sim? Não vamos ter reações que não ajudarão.
- Por culpa desse homem estou viúva, passei anos de inferno e humilhações naquela casa! Como acha que vou agir diante dessa situação?
- Entendo todos os sentimentos nessa sala, dona Eugênia, mas devemos agir seriamente, e garanto que ainda hoje será decidido.Maristela olhou para Lázaro e de novo para o ministro.
- Por mim está claro que o meu pai deve aguardar o julgamento preso como estava. Esses surtos podem se tornar um perigo para qualquer um! Além da doença terrível.
- Dona Maristela, então a senhora é a favor de que o Barão seja detido outra vez?
- É o certo a ser feito, senhor.- E o senhor Lázaro, o que pensa?
- Eu penso que o melhor a ser feito é tirar o meu pai daquela casa.
- Posso pedir uma consulta de um especialista?
- Creio que não é necessário! Tudo já está mais claro do que pensamos, senhor.
- A reunião ocorrerá ainda nessa manhã, como eu espero. Fiquem atentos, logo mandarei notícias.- Pelo menos isso está perto de acabar, não é?
- Em alguns dias seu avô será levado a julgamento, Maria Vitória.
- O Barão Leopoldo será julgado de acordo com suas obras, senhor ministro, e a justiça terá que levar cada uma....
Virgínia foi recebida na casa da irmã e sentou-se para conversar com a mesma, que estava aflita e curiosa pelos acontecidos.
- Virgínia... Minha irmã, o tanto que fiquei aflita sem notícias suas.
- Não precisava se preocupar, estou ótima!
- Não me engane, eu sei da briga que teve com o papai, e que ele a trancou em um quarto.
- Ele agiu como jamais agiria com você, minha irmã. Mas tudo bem... Estou acostumada.
- Não me jogue nessa fogueira! Eu sei bem que isso foi por um casamento o qual você negou. Virgínia, se não deseja se casar você...
- Chega desse assunto, Ana Laura. Me irrita! Eu vim para conversar. Nossa mãe ficou em casa, e nosso pai está no gabinete do ministro, já está sabendo que o vovô teve um surto de vez?
- Como assim? Que tipo de surto?
- Parece que andou dizendo que a alma da baronesa lhe apareceu esses dias. Ontem mesmo confundiu a Dandára com a dona Cila e tentou atacá-la.
- Misericórdia! E o que aconteceu? Como está a Dandára.
- Parece que tudo bem até o momento. Nosso avô trancado, e a escrava bem sim.
- Isso está piorando... E os dias que não passam logo?!
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...