Capítulo 6: O batizado + final da primeira fase.

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...







                Dandára estava amamentando Maria Vitória em uma noite, quando Leôncio apareceu no quarto para ver a menina.


        - Ela está cada vez mais linda.
        - Sim Leôncio, veja esses olhinhos brilhantes!
        - São iguais os seus. Ela tem seus olhos, reconheceria esses olhos em qualquer lugar.
        - E essa boquinha? Acho parecida com a sua.
        - O semblante dela remete muito a mim, mas os olhos são seus todinhos.
        - Realmente... A Maria Vitória puxou um pouquinho de cada um, ao meu ver.
        - Ela é linda, obrigada por esse presente, Dandára.
        - Presente?
        - O maior de todos os presentes que tive na vida. Você me deu uma parte de mim, e de um amor que nunca vai sair do meu peito.
        - Não começa com essas coisas, alguém pode te ouvir, e não quero ficar longe da minha filha.
        - Mas nós dois sabemos como tudo aconteceu, e como foi intenso! Tanto que nasceu a Maria Vitória, e agora é o laço, o nó que vai nos unir por uma vida inteira.




      Dandára e Leôncio trocaram olhares, mas logo se voltaram para a menina. Leôncio ajoelhou-se atrás da cadeira, e assim os dois ficaram admirando a menina como se fossem um casal.









                 Eugênia chegou, e vendo a cena não conteve o ciúmes.



         - Maria Vitória já se alimentou?
         - Já sim, senhora.
         - Então não tem mais o que fazer aqui. Volte para os seus serviços, meu marido e eu queremos ter um momento a sós com a NOSSA FILHA.
        



                  Dandára encarou Eugênia, e respirou fundo.




         - Não ouviu? Saia daqui! Meu marido e eu queremos ficar a sós com a nossa filhinha.
         - Chega, Eugênia!
         - Leôncio...
         - Maria Vitória pode começar a chorar outra vez, Eugênia, abaixe seu tom de voz.
         - Eu apenas quero ficar a sós com ela, e claro, você, MEU MARIDO.




         - Se a Maria Vitória...
         - Sinhá Maria Vitória, você deve respeito a minha filha.  - Eugênia provocou.
         - Se a sinhá Maria Vitória precisar, estarei a disposição. Com licença!  - Dandára colocou a criança no berço, e saiu.




                  Leôncio foi saindo pela porta.


         - Espera, onde você vai?
         - Sair um pouco, preciso tomar um ar.
         - Não vai apreciar a menina?
         - Eu já fiz isso.
         - Então eu vou com você.
         - Não! Fique aqui, aprecie a sua filha, como você disse que faria. Até depois!






●●●





                   Chegou então o esperado dia do batizado, que aconteceu pela manhã. Maria Vitória estava em um vertido branco bordado as pressas pela a sua "avó", a condessa Malvina.




         - Ah, minha filha, como ela é linda! Mas ainda não me conformo de ter escondido sua gravidez!  - Disse a Condessa.

Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now