Leopoldo estava sentado em um banco de barro, feito na cela em que ele estava na delegacia. Enfermeiros e soldados chegaram carregando um homem nos ombros em uma espécie de maca, isso o fez saber quem deveria estar chegando.
- Barão Leopoldo Álvares Real, o ministro o chama no gabinete dele, juntamente com o delegado. Vamos?! - Disse um soldado.
- Mas é claro! Ah... Finalmente vou sair desse lugar imundo, mal posso esperar para chegar em minha casa.- Cuidado com ele, abaixa a maca devagar... Temos que colocá-lo em uma das camas. - Disse um enfermeiro.
Cipriano foi colocado em uma cama dura, e fina da cela. Ao se ajeitar, olhou para sua frente, e encontrou os olhos do temido patrão. O encarou até o momento em que Leopoldo saiu com o soldado, e deu um sorriso irônico, para ele mesmo.
Rosário aproximou-se da porta do quarto em que Maria Vitória dormia, e tentou abri-la, sem sucesso.
- Maria Vitória? Você está aí? - Ela perguntou enquanto batia.
- Ela deve ter saído. - Comentou Bento.
- Estranho, jurei ouvir algo vindo do quarto. Bom... Ela deve ter trancado pelos papéis que estão guardados aí dentro.
- Que papéis?
- Nada não... Vamos lá embaixo, Bento. Cortarei umas verduras, podemos fazer um caldo excelente! O que acha?
- Agora mesmo! - Saíram juntos.Virgínia estava imóvel sentada na cama.
- "Será que já foram embora? Melhor que fiquem bem calados. Gente intrometida!". - Ela permaneceu lendo os papéis.
Ana Laura experimentava vestidos, enquanto Branca olhava sempre pela janela tentando ver se Virgínia havia chegado.
- Esse aqui é lindo! Veja, está ótimo em meu corpo. O que acha mamãe? Ei... Mãe, está me ouvindo?
- Sim... Sim está lindo! Vai ficar com ele?
- Vou sim. Mas a senhora não me engana... Diga, o que há?
- Hum... Virgínia está demorando, não acha? Acredito que já deu tempo dela achar o tal leque.
- Também acho. Mas vamos dar esse voto de confiança a ela, sim? Virgínia vive reclamando que a tratam como criança, e ela tem razão!
- E se o seu pai chegar e ela não estiver aqui, hã? Na certa irá brigar comigo por tê-la deixado sozinha.
- Pode deixar que eu mesma falo com meu pai. Agora vem, mãe... Ajude-me com esses vestidos, veja só, que lindos!Fausto, Celso, Maria Vitória, e Eugênia se retiraram do gabinete. Lá permaneceu somente Lázaro, no aguardo pela chegada do Barão.
- O senhor Lázaro ordenou que fôssemos embora, ele quer evitar um encontro do Barão com Maria Vitória e dona Eugênia. - Cochichou Celso no ouvido de Fausto.
- E agora? Será difícil tirá-las daqui, elas sabem que ele virá.
- Elas terão que sair de qualquer maneira. Maria Vitória é sua noiva, Fausto... Convença sua futura esposa.
- Você fala como se fosse fácil, por acaso não conhece Maria Vitória?
- Conheço sim, mas o noivo é você. Anda!
- Não precisa me empurrar, eu já sei como convencê-la.
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...