Capítulo 69

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                  Edmundo fazia o pequeno Bento se alimentar, e Dandára o observava.


         - Olá, Dandára. Não te vi aí.
         - Olá, atrapalho?
         - Claro que não! Nosso pequeno Bento está apenas reforçando as energias, não é meu pequeno grande guerreiro?



         - É SIM!


         - Olha... Que maravilha! As meninas também vieram comer algo.
         - É...
         - Você não me parece muito animado, o que foi?
         - Não paro de pensar no Tião, e nos outros. Como será que estão?
         - Acredito que seguros, estão na tribo, junto aos indígenas. Se algo tivesse acontecidosaberíamos.
         - É mesmo, não é?
         - É o que acredito.
         - Tu tens razão, Dandára. Mas se preocupar nunca é demais.
         - É verdade, realmente.



      - É... Bom dia! E como está o nosso pequeno Bento?
      - Está aqui dona Cila, forte, e muito danado, não é?



                  Bento sorriu tímido.



         - Estou feliz de vê-lo sorrindo, Bento. Assim queremos te ter sempre, desse jeitinho.
         - Ouviu a Dandára, não ouviu? É pra ficar sempre assim, nós estamos aqui.



             Fausto se aproximou deles.



         - Olá, eu não quero atrapalhar, mas será que posso conversar com o Edmundo?
         - Claro, seu Fausto.
         - Vem comigo no escritório do meu pai, por favor!
         - Claro que sim!




                    Os dois entraram no escritório, e Fausto começou a falar.



         - Eu serei direto. Hoje cedo, antes de clarear, acho que vi capatazes rondando por aqui.
         - Tens certeza?
         - Tenho, é... Eu não vi bem, mas acredito que deveria ser.
         - As mulheres sabem disso?
         - Não! Nenhuma sabe, não quis falar nada para não assustar.
         - Sendo assim ninguém deve sair, acredito ser o melhor.
         - Exatamente! Os capatazes nos viram, eles farão de tudo para nos encontrar.
         - Diabos! Como podem... Será que não se cansam?
         - Não... Pior que não. Pelo visto não se cansarão nunca. Mas vamos manter a , meu amigo.
         - É, como sempre diz a dona Cila.
         - Agora temos que aguardar, esperar, e torcer para que desistam de procurar por aqui.
         - Acredito que isso será difícil de acontecer.



               Alguém bateu na porta do escritório.


         - Quem é?
         - É... Sou eu, Rosário, Edmundo está aí?
         - Ah, Rosário, está sim, pode entrar...



Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now