Capítulo 31

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                   O jantar de noivado de Celso e Ana Laura, foi anunciado para toda a família Álvares Real, já que Celso e Fausto, não tinham família no Brasil.



               Ana Laura estava empolgada, e aconteceria no fim de semana. Era apenas para os familiares, e se aproximava cada vez mais rápido.










                   Na fazenda, Berenice estava ensinando os escravos, como já fazia a alguns dias. Muitos ainda estavam devagar, mas eram dedicados, e isso a fazia sorrir, pois via a força de vontade em cada um, principalmente em Tião.



         - Tião?!
         - Pois não, sinhá?
         - Vejo que presta muita atenção na leitura.
         - Sim, senhorita. Sabe, eu quero muito ler igual a sinházinha um dia!
         - A leitura deveria ser para todos, e todos deveriam conhecê-la, pois através da leitura sonhamos, e através dela, também podemos realizar. E você vai ler, muito melhor, pode ter certeza!
         - Eu? Ô Sinhá, que isso... Eu sou só um escravo, nada mais.
         - Um dia sairá dessa vida, Tião. Você é um dos mais esforçados, e tem muita garra, com certeza terá um belo fim.
         - Então que abençoem as palavras da sinházinha.
         - Amém!  - Berenice sorriu.
         - Tião, eu gostaria de ensinar-lhe a ler melhor, já que se fascina tanto pela leitura.
         - É mesmo? A senhorita faria isso?
         - É claro! Podes tentar ler aqui agora?
         - Aqui? Na frente de todos?
         - Sim! Aqui, na frente de todos...
         - Mas eu tenho vergonha...
         - Eu vou te ajudar, e vocês estão aqui para aprender, se por um acaso você errar, não terá problema.
         - E o que eu devo ler?
         - Hum... Vamos ver...
         - A Sinhá pode escolher algo simples?
         - Claro! Ou... Que tal se você ler para todos, um pequeno trecho desse livro que estou lendo, e que você também deseja ler?
         - Mas deve ser muito difícil...
         - Será difícil se você não tentar... Vamos?
         - Está bem! Qual trecho eu devo ler?
         - Uma pequena frase... Que tal... Essa?
         - Parece curta, eu leio sim...
         - Então eu peço a atenção de todos, pois o nosso querido Tião, fará sua primeira leitura para todos nós.

                 Os alunos cativos prestaram atenção, e Berenice levantou-se, ficando ao lado de Tião.



         - Tá... Eu vou ler...
         - Estamos esperando...  - Berenice sorriu.



              Sebastião começou:



         - Sii... Só... rir...  - Tião ficou nervoso.
         - Continua, está indo bem.  - Berenice o acalmou.
         - de... U...Um...Uma... Cica... Tri... z... Triz.
         - Isso mesmo, vai sem medo.
         - Quê... Quem... Quem... nunca... fi... foi... fé...
         - Fe... - Corrigiu Berenice.
         - Fe... ri... do. Ferido.
         - Muito bem, Tião! - Berenice começou a bater palmas, e deu uma abraço em Sebastião.  - Agora me diz, qual é a frase?

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