Capítulo 20

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         - Nossa, que delícia!  -Disse Cila ao experimentar o doce.
         - Nossa, realmente ficou muito bom!
         - Está de parabéns! Viu como não é difícil?
         - Sim, mas só ficou mesmo bom pela senhora ter me ajudado, muito obrigada por isso!
         - Ah, não tem que me agradecer.
         - Nossa, já ia me esquecendo...
         - De quê?
         - Preciso enviar as cartas que escrevi para as minhas primas.
         - Então vai, rápido!
         - Eu já vou, e muito obrigada pelo doce, e também por ter me ensinado. Espero ficar com a senhora sempre!




                  Maria Vitória beijou o rosto de Cila, sorriu, e saiu. Cila tocou no próprio rosto, e sentiu que choraria novamente, pois estava muito perto da sua neta, e ouvir ela chamando-a de " Vovó", era algo gratificante.












                 Eugênia olhava para a natureza, e observou o rio que estava um pouco afastado.



         - Leôncio, não quer nadar um pouco?
         - Eu?
         - Sim. Eu sei que gostas de rio e... Bom, você não faz isso há anos, certo?
         - Sim, isso é verdade.
         - Se quiser ir, pode ir. Eu não vou pois nunca gostei de nadar, aliás, eu nem sei.
         - Pois deverias, é algo maravilhoso, e ao sair da água, com certeza sentirá seu corpo mais leve.
         - Acha mesmo?
         - Mas é claro.
         - Mas Leôncio, eu não sei nadar, vou me atrapalhar e pior, atrapalhar você também.
         - Não diz isso, eu te ensinarei.
         - Terá paciência?
         - Sim, terei.
         - Acho que não é uma boa idéia, Leôncio.
         - Oras, não precisa ter medo Eugênia. Vamos?!




             Eugênia tirou as suas roupas de cima, e começou a colocar os seus pés dentro d'água. Leôncio fez o mesmo, mas já foi pulando no rio, e Eugênia bateu palmas.



         - Bravo meu marido! Que salto!
         - Venha, pegue minha mão, eu te ajudo.
         - Ai, calma, estou com medo.
         - Não precisa disso    - Sorriu.   - Estou aqui com você, pode vim.





                Eugênia segurou as duas mãos de Leôncio, e devagar entrou no rio, até que a água preencheu todo o seu corpo, até o pescoço.


         - Estou nervosa.
         - Tenha calma, coragem, eu vou te ajudar.



            Leôncio começou a ajudar Eugênia, e a soltar o seu corpo. Logo ela pegou o jeito.


         - Agora vou para debaixo d'água.
         - Eugênia... Tens certeza?
         - Tenho sim! Estou com meu marido... O que pode acontecer?
         - Assim que se fala! Então segure em minhas mãos, Eugênia, assim ficará tranquila.






Escrava Sinhá [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora