O Senhor saiu em sua carruagem. Alguém por trás chamou a atenção de Maria Vitória, era a voz de um homem.
- A mocinha bonita está perdida?
Maria Vitória virou-se e reconheceu o homem, Cipriano.
- Como disse?
- Perguntei se a mocinha bonita está perdida, nunca a vi por aqui.
- Fiquei muito tempo longe.
- Ah, então a mocinha veio de longe? - Disse Cipriano malicioso. - Eu posso ajudar a se encontrar com prazer.
- O Senhor deveria desviar esse olhar malicioso da minha pessoa.
- Calma moça, não quero lhe fazer mal.
- E nem pode, não se atreveria.
- Uau! - Cipriano sorriu debochado.
- O Senhor não está me reconhecendo, não é?
- Deveria?
- Sim! Sou sua patroa.
- Minha Patroa? Não me diga que és...
- Sou Maria Vitória, a Sinházinha dessa terra.
- Meu Deus menina, como você está grande!
- Sim, eu cresci, o suficiente para entender seu olhar malicioso para mim...
- Senhorita, eu não tinha lhe reconhecido e...
- Não diga mais nada! Espero que não lance esse tipo de olhar para nenhuma mulher, e muito menos faça algo contra qualquer uma daqui.
- Me perdoe, Sinházinha.
- Agora me ajude com as bagagens. Meus pais não estão?
- Não tem ninguém aqui, todos saíram.
- Saíram? Mas para aonde?
- Disso não sei, mas a senhorita era esperada somente amanhã.
- Resolvi fazer surpresa... Bom, mesmo assim irei entrar e descansar um pouco.
- Eu pego as bagagens...
- Como deve ser!Maria Vitória respirou o ar da Fazenda, e seguiu em direção ao casarão.
Entrando, Maria Vitória olhou para cada detalhe do lugar, sorriu, e sentiu alegria de estar novamente em casa.
- Pode deixar as bagagens aqui mesmo Cipriano, depois eu dou o meu jeito.
- Sim senhorita, com licença!No quarto, Dandára falou com Rosário.
- Acho que ouvi conversas na sala, acho melhor eu ir o quanto antes.
- Vá, só vou terminar de limpar a penteadeira, e desço em seguida.
Dandára desceu as escadas devagar. Maria Vitória estava na sala, e viu a mulher descer, então lhe falou:
- Olá?!
Dandára virou-se pronta para se desculpar por estar na casa. Ela só não imaginava que ali estaria a sua filha, foi uma imensa surpresa, ela ficou sem palavras. Maria lhe falou de novo:
- Olá?! Quem é você?
Dandára encheu seus olhos de lágrimas, sua boca tremia.
- Eu sou... sou Dandára.
- Prazer, Dandára! Como estás?
- Estou bem, obrigada!
- Eu nunca vi você por aqui, quando chegou na fazenda?
- Bem antes da Sinhá voltar.
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Escrava Sinhá [Concluída]
Historical FictionESSA HISTÓRIA VAI TE PRENDER DO INÍCIO AO FIM! Dandára, uma das mais belas moças, cativa da fazenda Álvares Real, apaixonou-se, e viveu um romance com Leôncio, o filho do Barão Leopoldo. Mas esse amor logo é interrompido pelo Barão, quando o me...