Capítulo 11

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                         As meninas corriam, mas não sabiam onde procurar, a fazenda era enorme.



        - Pra que lado ela foi?  - Perguntou Berenice.

        - Eu não vi, fiquei com tanta raiva que nem me dei conta. Mas com certeza ela não está longe.





       - Meninas, esperem!   - Gritou Fausto ao lado de Celso
       - O que querem?  - Perguntou Ana Laura.
       - Nós achamos errado e desagradável o que o Barão fez.  - Respondeu.



       - Sim. E eu quero me desculpar com Maria Vitória. Começamos muito mal, e entendo a revolta dela.   - Respondeu Fausto.
       - Meu avô é especialista em ser desagradável! Mas o que mais me revolta é o fato de ninguém tê-la defendido, nem mesmo os pais.   - Disse Ana Laura.



       - O Barão é mesmo muito temido.   - Disse Celso.



       - Mas nós estamos aqui para ajudar, eu quero muito conversar com Maria Vitória.  - Respondeu Fausto
       - Chamou ela de menina mimada e arrogante.  - Disse Berenice.
       - Ela me insultou primeiro, nós dois começamos mal. Eu quero muito conhecê-la melhor, por isso quero falar com ela sem essa pressão de noivado e casamento.
       - Compreensível.  - Disse Berenice.
       - Então, vamos atrás dela!
       - Sim, vamos.




               Celso chegou perto de Ana Laura, e lhe falou:



        - O Barão é muito temido, mas pelo visto, não por você.
        - Por qual motivo diz isso?
        - O jeito que enfrentou ele e sua família, Ana Laura.
        - Sabes o meu nome?
        - Ouvi ele algumas vezes durante as discussões.   - Disse Celso sorrindo.
        - Alguém sempre interfere em minhas falas.  - Ela sorriu.
        - Mas não permita que façam isso. Você tem uma grande força, isso está nítido. Não permita que te calem!
       - Estou surpresa de ouvir isso de um homem que não seja o meu pai.
       - Então já sei de onde vem sua inteligência, do seu pai!
       - Está me elogiando?
       - Interprete como quiser!  - Sorriu.
       - Então muito obrigada! És muito inteligente também... O pouco que pude perceber, sua postura é de um homem de bem!
       - Teu elogio me vem como uma querida canção, acredite!


                   Fausto interferiu.


         - Vocês dois vão atrás da Maria Vitória, ou preferem ficar parados conversando?
         - Calma meu irmão, ela com certeza não está longe, creio tê-la visto ela ir ali, um pouco mais pra baixo.


         - Mas ali é onde ficam os escravos, um pouco mais longe talvez.  - Disse Ana Laura.
         - Então vamos até lá para ver. Ela com certeza está envergonhada.  - Disse Celso.



Escrava Sinhá [Concluída]Where stories live. Discover now